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domingo, 1 de abril de 2012

Vida de Astrônomo

Depois de muitos pedidos, trago à vocês esse post rs

A Astronomia é realmente linda, um estudo maravilhoso. É claro que exige muito esforço e dedicação, mas a recompensa... ah, a recompensa é muito gratificante.

Pesquisando na internet encontrei um site em que tudo é explicado de modo bem completinho. A revista Abril fez uma entrevista com alguns astrônomos brasileiros perguntando-lhes como ingressaram na profissão, seus obstáculos, conquistas, como é estudar Astronomia, (...), e eles também deram algumas dicas para quem se interessa pela atividade.


sábado, 31 de março de 2012

Re-blogando: Observações Nocturnas

OLÁ - NOVAMENTE - :D

É a terceira vez que posto hoje, estou meio que repondo o tempão que fiquei afastada; fora que, dando uma olhada nos blogs de meus amigos, achei muita coisa interessante que vale a pena re-blogar :)

Enfim... Meu amigo português Carlos Capela, do blog Observações Nocturnas fez uma postagem muito muito legal que eu gostaria de compartilhar com vocês...

Carlos sempre posta suas próprias experiências em relação à Astronomia. Esta é uma característica de seu blog que eu admiro muito, pois gera uma enorme troca de experiências entre ele e os leitores e é muito bacana ver essa relação, essa parceria mútua que enriquece o intelecto de ambos (aqui no PdA costuma dar certo também rs)

Sem mais delongas, visite a postagem, deixe seu comentário e siga esse blog, vale muito a pena!!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meus Agradecimentos

Olá meus amigos!

Reservei este post exclusivamente para agradecê-los.

Fui dar uma checada rápida nas estatísticas do Blog, e fiquei muito surpresa (emocionada também, confesso, lágrimas brotaram dos meus olhos).
O Princípios da Astronomia alcançou;
103.775 visualizações de página, por dia +72 e por mês +3.723;
sendo 92.018 do Brasil, 8.326 de Portugal, 771 dos Estados Unidos, 554 do México, 229 da Polônia, 171 da Angola, 94 do Japão, 86 de Moçambique, 65 do Peru, 64 da Alemanha e uma pequena porcentagem de outros países.

Isso me enche de orgulho... Não falo apenas pelo meu ego, mas sim por tudo o que eu tentei passar adiante com o meu Blog. É muito gratificante saber que não escrevo aqui à toa, que existem pessoas que realmente... estão lendo e levando algo com elas, um "pedacinho" de mim!

Ficam aqui meus agradecimentos infinitos;
obrigado por tudo meus queridos AstroLeitores!
e me desculpem se às vezes eu não dou conta, rs.

Thainá Mocelin do Nascimento; estudante, astrônoma amadora e eterna aprendiz.

domingo, 30 de outubro de 2011

Incentivar, não impôr.

Olá! 
Estou gostando de ver... Apesar de eu ter ficado afastada por um tempo, pude perceber que vocês ainda visitam meu humilde e pequeno espaço na Internet; meu cantinho para discussões produtivas e reflexões.

Ontem, quer dizer, na madrugada de hoje, eu postei o artigo anterior denominado Analfabetismo Científico, onde a Roberta do blog Observatório Extremo Sul coloca em discussão a educação científica das crianças; ou seja, o modo com que elas interpretam a Ciência.
Recebi comentários ótimos, e fiquei feliz.
Depois, vi que havia um outro comentário no artigo A Formação da Terra e dos Seres Vivos, abri, li, e fiquei intrigada. Muito mesmo.
O comentário é do Louis Morelli. Vou tentar explicar em partes.
Pra começar, gostaria de esclarecer algumas coisas que eu pensei já ter deixado claras assim que criei este Blog há 1 ano e 2 meses.
• Este é um Blog de divulgação científica, com especialização na área de Astronomia. Eu apenas capturo temas ou notícias; exponho minhas opiniões e nada mais, não sou eu quem determina certas coisas, pois não sou Astrônoma Profissional, professora de Física, Química, Ciências; nem trabalho na NASA nem em nada parecido. Sou apenas uma adolescente que ama olhar para o céu e pensar nas inúmeras possibilidades de estarmos aqui. Será que vocês me entendem?
• Eu não gosto de misturar meus pensamentos religiosos com temas astronômicos. Cada um tem sua opinião, e cada segmento tem suas teorias. Deixo claro mais uma vez que sigo o Ateísmo (não creio em deuses, em nenhum, por simples bom senso), mas isso não quer dizer que devo impôr à todos a minha vontade, não forço ninguém à acreditar no mesmo que eu, escolhi a Ciência como minha religião, mas isso não quer dizer que tudo o que a Ciência diz é certo. Aquilo ali e pronto. Fiz o Blog exatamente para isso: Para deixar questões em aberto, para que continuem buscando respostas. Nada está determinado nesse mundo, nenhuma teoria foi concluída de fato, está tudo aí na nossa frente para que pesquisemos e busquemos novas possibilidades e razões.
• Eu sou humana. Não estou sempre certa. Exponho o que penso aqui, na esperança de que vocês, que se juntaram à mim para trocar idéias e teorias, possam me dizer: "Thainá, talvez possa estar errado" ou "Essa idéia aqui é melhor que esta". Sabe? Temos que duvidar de tudo. Duvidar das teorias. Duvidar do que nos impuseram. Não se contentem com aquilo que lhe foi forçado, se arrisque à errar, à duvidar, à dizer: "Isso pode ser mentira".
Dados os esclarecimentos sobre quem sou e em quê o Blog consiste, vamos ao comentário.

Quando postei o artigo anterior, não quis dar à entender que você deve chegar para uma criança de 10 anos e dizer: "Ei, o mundo surgiu de uma explosão, você veio dessa explosão também, e é isso". Não é isso. Assim, você estará IMPONDO uma TEORIA, que pode ou não ser verídica. (1º caso)
A mesma coisa acontece na maioria das famílias, ainda quando as crianças são pequenas: "Reze para o papai-do-céu", "Reze antes das refeições", "Papai-do-céu não gosta de mentiras" e outras variadas frases que eu cresci escutando. Quando um pai ou mãe faz isso, está IMPONDO uma crença à seu filho. E assim, como a criança não tem conhecimento de outras crenças, logo se apega à aquilo que lhe foi imposto. Não se preocupa em pesquisar, em duvidar daquilo. Simplesmente aceita. (2º caso)
Tanto no 1º como no 2º caso, são imposições. Em ambos, a criança que recebeu tal imposição crescerá IGNORANTE, ANALFABETA. O que eu tinha em mente quando postei, era que os adultos oferecessem mais opções às crianças, não as sufocassem. As incentivassem à abrir suas mentes, à se tornarem pessoas desencanadas, dispostas à conhecer antes de concluir, abertas para as possibilidades.
Louis Morelli disse:

Thainá,… parabéns pelo blog. Tenho uma questão. Num artigo você aponta o problema da educação cientifica no Brasil. Sabemos quanto as doutrinas religiosas tem desviado a razão humana da realidade. Mas não seria uma errada educação cientifica tão perniciosa quanto as doutrinas religiosas? Um exemplo de errada educação cientifica é o titulo dêste artigo: “A formação da Terra e dos seres vivos”. Onde está a palavra “teoria”? Em seguida o artigo diz: ‘há evidências cientificas...”. Quais são estas evidências que não conheço? Quando e onde foi assistida a formação de qualquer astro celeste, um evento que deve se prolongar por milhões de anos?!
Ok. A palavra teoria não aparece ali no texto por que qualquer opinião referida à Ciência é considerada teoria até que se prove ou não o contrário. 
As evidências estão espalhadas pelo Universo. Astrônomos no mundo todo se dispõem à assistir formações celestes, que ocorrem basicamente com gases e discos de poeira, que se fundem, se super-aquecem, e se solidificam. Acontece que isso tudo demora bastante tempo para se concluir. Busque um pouco mais de fontes, pesquise mais sobre isso, e depois, me diga o que encontrou.


Mas a principal questão é: quais eram as fôrças naturais e os elementos ou substâncias que existiam na Terra antes das origens da Vida e que atuaram nas origens das propriedades vitais, tais como replicação e depois reprodução sexual? Ciclo vital, metabolismo, etc? E estas fôrças não atuaram tambem na formação do planeta?
Se você tem um mínimo de conhecimento sobre a Evolução do Universo, da Terra e dos Seres Vivos; a resposta fica clara. A Terra criou condições para a vida - água, no geral; atmosfera e climas favoráveis - mas não à vida humana, em seus primórdios. Nosso planeta abrigava apenas condições para a vida das bactérias - seres unicelulares; depois planktons, e assim por diante. Levando em conta que tudo isso levou muito tempo, foram passos longos, um de cada vez.
Conforme foram se evoluindo, tanto a Terra - que foi criando cada vez mais condições essenciais à vida - quanto aos organismos - que devido às condições propícias foram adaptando e evoluindo seus sistemas - se conectaram. Ou seja, quanto mais a Terra evoluía, os seres vivos também se evoluíam; e vice-versa. Até que ficou tão evoluído, mas tão evoluído, que nós aparecemos. Não assim, "do nada", mas em uma jornada de milhões de anos. Sabe... Evoluir não é algo tão simples. Mas eu ainda prefiro acreditar que viemos do macaco, do que acreditar que viemos de um "sopro divino", do barro, de um estalo, ou seja lá do que for :)


Não existe um elo evolucionário racional entre estas teorias das origens do planeta e da origem do que depois êle produziu: o primeiro sistema celular vivo. Algo está tremendamente errado aí. E êste êrro tambem desvia as mentes das crianças da realidade. a não ser que sejam alertadas em palavras grifadas: isto é uma teoria mas a questão continua em aberto para que vocês continuem procurando a verdade. 
Como eu disse: Tudo não passa de teoria; até que se prove ou não o contrário. É por isso que quero incentivar, não impôr idéias. Incentivar a pesquisa, o espírito investigativo, a desconfiança positiva, as dúvidas produtivas.


A propósito, existe um outro modêlo “teórico” cosmológico que sugere quais eram e onde estavam as tais fôrças na formação do planeta. Mas é algo totalmente inédito que será dificil captar e entender numa primeira vista. E não existem fatos cientificos comprovados anulando o modêlo.O importante é que o modêlo nos desperta para a existência de outras alternativas e mais lógicas ou racionais. ( se interessar veja em http://theuniversalmatrix.com ). Abraços e... que tenha fôrças para continuar esta obra benemérita.
Enfim... Quem estiver interessado, entra no site! 
Espero ter esclarecido algo à vocês; não levem à mal o meu jeito "rústico e sistemático", rsrs.
Adoro discussões positivas, isso constrói nosso caráter e incentiva a busca pela verdade.
Abraços! e não se esqueçam de deixar comentários se discordam ou concordam com os argumentos do texto :)

Analfabetismo Científico.

Olá! Estou re-blogando esse artigo do Blog Observatório Extremo Sul, da minha querida amiga Roberta. Sempre fiquei muito indignada com a educação científica das crianças brasileiras, e também, de outros países. A Ciência é a base da humanidade, dela se abrem novos caminhos, novas oportunidades. Isso deve ser valorizado. E foi exatamente isso que a Roberta indagou em seu Post. Boa leitura à todos, e deixem comentários (:

Hoje vamos colocar em pauta um tema importante para nossos estudos em Educação em Ciências: A Alfabetização Científica dos cidadãos brasileiros.

Certo dia me surpreendi em sala de aula, quando, comentando conceitos de analfabetismo funcional da população do nosso país, (falando da falta de criatividade e respeito com a capacidade intelectual da população, por parte da programação da TV aberta...), falei que há também o analfabetismo cientifico. Os alunos ficaram em silêncio com carinha de “hã?”.


Mais surpresa ainda fiquei eu, de perceber que eles não haviam pensado nisto! E se você, caro leitor também ficou com carinha de “hã”, pense comigo:
Nós, em geral – mas sem generalizar – sabemos explicar como ocorrem fenômenos corriqueiros e que interferem de forma direta nas nossas vidas? Por exemplo, as estações do ano? As fases da Lua?
Não. Isto sequer passa pela nossa cabeça, porque não é nada que se peça em concursos, não precisamos saber disto para realizarmos as atividades básicas de sobrevivência como por exemplo: comer, reproduzir, trabalhar, rezar, viajar... Mas isto é um mero engano...
Se não fosse a curiosidade e insatisfação de muitos homens e mulheres, até hoje estaríamos vivendo em cavernas. Se você também acha que saber “essas coisas” não é importante, pense que, sem o desenvolvimento dos conhecimentos das estações do ano – e do mapeamento do céu pelas cartas celestes, a agricultura estaria ainda condicionada aos Deuses e nossas oferendas...
E, como bem coloca Sagan:
“Não sei até que ponto a ignorância em ciência e matemática contribuiu para o declínio da Atenas antiga, mas sei que as conseqüências do analfabetismo científico são muito mais perigosas em nossa época do que em qualquer outro período anterior. É perigoso e temerário que o cidadão continue a ignorar o aquecimento global, por exemplo, ou a diminuição da camada de ozônio, a poluição do ar, o lixo tóxico e radioativo, a chuva ácida, a erosão da camada superior do solo, o desflorestamento tropical, o crescimento exponencial da população”. (p.22)
A ignorância – ou analfabetismo científico como gosto de dizer – é a causa de nossa falta de conscientização com relação aos problemas ambientais e sociais que estamos vivendo. Com isto, não nos preocupamos (e consequentemente não lutamos) por uma efetiva mudança nas políticas públicas, por exemplo. E é nessa hora que, para mim, Chico Mendes é o grande exemplo. Seringueiro inteligente, usou conhecimentos científicos e os popularizou em favor da mudança e da preservação da Amazônia. O que aconteceu com ele? E o que nós fazemos para evitar que outros “Chicos e Chicas” da Amazônia tenham o mesmo destino?
Eis algo importante para nós, professores de ciências ou não pensarmos. Não defendo a idéia de que a Ciência salva, como bem é possível perceber do texto, penso que AS CIÊNCIAS são uma possibilidade de mudança, de crescimento e de transformação.
Carl Sagan – O Mundo assombrado pelos demônios - 3º reimpressão – São Paulo; Companhia de bolso – 2006.

Por que ler horóscopos?

Olá meus adoráveis Astroleitores!

Reservei um post simplesmente para fazer esta pergunta: Por que ler horóscopos?

É... Pelo menos uma vez durante sua vida você estava lá, sem fazer nada, e de repente, viu aquela revista de bobeira em cima de mesa ou no armário. Resolveu folheá-la. Quando percebe, está na seção "Astrologia" - Sua vida é o que está escrito aqui, não tem como mudar, aceite - (Estou sendo sarcástica).

Enfim...

Admito que POR DIVERSAS VEZES, eu li meu horóscopo. É uma coisa habitual, ou pelo menos, era.
Sempre lia o meu e o da minha mãe. Até que um dia, já há algum tempo, percebi que havia algo estranho...
Os escritores dos horóscopos usam um método muito "baixo" para nos revelar o futuro, ou, como eu prefiro dizer, nos enganar:
Eles simplesmente embaralham os horóscopos à cada edição mensal. Como descobri isso? O meu horóscopo era o mesmo da minha mãe, na edição seguinte.
COMO ASSIM?!
Isso mudou a minha vida, realmente. (Sarcasmo está reinando em mim hoje).

De qualquer forma...
Vou explicar o por que de NÃO ler horóscopos, com base num texto. Fui dar uma olhada no meu e-mail pelo Yahoo, e acabei entrando (por curiosidade) na seção Horóscopo. Fiquei totalmente revoltada e indignada com o artigo A Astrologia e Suas Interfaces

Basicamente, esse post diz que a astrologia é o que dá sentido à vida humana, que os planetas têm sentimentos e "vontades próprias" e que nós somos ligados ao Cosmos (no sentido espiritual). Para comentar sobre isso, vou deixar meus instintos Ateístas de lado; e partir para argumentos astronômicos e racionais.

Leiam o tal artigo citado acima, e descubra motivos para parar de ler horóscopo.
Sua vida não está limitada à um pedaço de papel sem lógica alguma, escrito por uma criatura sem quaisquer conhecimentos verídicos e guiado por uma doutrina/crença sem nenhuma fonte confiável.
Estamos sim conectados ao Universo, mas parcialmente. Nos estamos incluídos nele, não somos o seu centro. Somos apenas uma célula, em meio à bilhões e bilhões de células, num sistema muito complexo. Os planetas não possuem sentimentos e "vontades próprias", sabemos que eles são a junção de gases e poeira; base de praticamente tudo o que conhecemos até hoje.

Não vou ficar aqui citando diversas opiniões pessoais; demoraria uma vida. Só vou deixar esta pergunta "no ar" para que vocês pesquisem, nem que seja uma pesquisa rápida: revejam seus conceitos. Não quero que ninguém mude sua mente, sua opinião, apenas porque eu estou falando. Gostaria que vocês procurassem saber um pouco mais antes de qualquer conclusão. "O maior erro do ser humano é concluir sem saber o que está concluindo."


Na minha opinião, os horóscopos e a astrologia em si foram criadas por pessoas sem mínimos conhecimentos reais, apenas para "controlar as massas" (Assim como Deus, Buda, Alá, sejam lá o que for; mas aí entram meus instintos Ateístas; que vou deixar para outro post), compreendem? Assim... Se o seu horóscopo diz que sei lá, você vai conhecer alguém diferente. Se você for uma pessoa influenciável, automaticamente você vai ficar com isso em sua cabeça, e a primeira pessoa com quem você esbarrar SEM QUERER, AO ACASO, no mercado ou na rua, vai achar que é o tal "alguém diferente" do horóscopo.
Ou, se você for muito influenciável mesmo, e o seu horóscopo diz que algo ruim acontecerá com você; automaticamente TUDO o que acontecer de negativo contigo, como um pouco de café manchar sua camisa, quebrar um copo, um tombo, enfim; você vai achar que qualquer coisa do tipo é a tal "coisa ruim que aconteceria com você".
Está tudo no modo de agir do nosso cérebro, ele está meio "programado" para esse tipo de coisa: Ele recebe uma mensagem (no caso, o horóscopo) e consequentemente, conclui que aquilo deve acontecer de qualquer modo. Tudo depende se você vai deixar seu cérebro ser enganado por essa bobeira. É simples: Não leia mais horóscopos. Deixe essa "antenação" de lado, não deixe que isso mude seu dia, ou defina o resto da sua vida :)

E por favor, não confundam Astronomia com astrologia; são coisas completamente e totalmente diferentes. Eu não gosto muito quando confundem, me sinto inferiorizada; todos somos humanos e temos o direito de errar, mas persistir no erro é burrice.

Bom... pensem nisso! Espero ter abrido os seus olhos ou dado o primeiro passo para isso.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sentiram minha falta? :) (1 ANO DE PdA!!!)

Olá meus queridíssimos AstroLeitores!

Fiquei um bom tempo ausente do Blog, e novamente peço desculpas à vocês. Minha vida está um tanto quanto complicada... Antes eu me distraía olhando pro céu, admirando minhas eternas e  melhores amigas - A Lua e as estrelas - que sempre me consolam. Mas, sem perceber, eu cresci; não posso viajar para esse meu mundo lindo e incrível sempre que quero, agora tenho algumas responsabilidades, tenho que ser forte pela minha família, tenho que me concentrar em certas coisas importantes para o meu futuro. Por favor, espero que entendam os períodos que fico 'longe de vocês' :D

Como sempre, vou tentar atualizar as notícias mais relevantes. Se vocês souberem de algo que perdi (algum fato, fenômeno ou qualquer evento astronômico que tenha ocorrido), por favor, me avisem!

Por último, gostaria de compartilhar minha enorme felicidade... Dia 06 de Agosto, o Princípios da Astronomia (PdA) completou 1 aninho de existência! Pode não parecer importante para muita gente, mas para mim, foi um grande passo; quem acompanha o Blog à bastante tempo sabe o quanto eu amo Astronomia e o quanto eu me esforço para repassar informações e conhecimentos...
E eu só tenho que agradecer à vocês, por todas as dicas, o apoio, os estímulos, as críticas, os elogios... Tudo!
MUITO OBRIGADO! 
Espero comemorar muitos e muitos anos de 'vida' do Blog, junto de vocês ♥

Abraços, Thainá Mocelin.


sábado, 23 de julho de 2011

As 7 maravilhas da Astronomia: Observações Nocturnas.

Olá meus queridíssimos Astroleitores!

Estava meio desanimada para atualizar o Blog, não haviam muitas "novidades".
Mas aí...
Estava vendo as atualizações dos Blogs dos meus amigos Astroautores, e um deles me chamou atenção. O meu amigo português Carlos, do Blog Observações Nocturnas; postou uma coisa REALMENTE interessante.
Vou resumir...

Ele resolveu criar as 7 maravilhas da Astronomia, assim, bem como, temos as 7 maravilhas do Mundo, disso, aquilo, e tudo mais. Por que não fazer uma seleção dentro deste estudo maravilhoso que é a Astronomia?
Pois bem. Fiquei muito fascinada com a atitude dele, e vamos combinar que na Astronomia existem diversas maravilhas, coisas incríveis, que deixam a Muralha da China e/ou o Cristo Redentor à desejar, rs.

Ele decidiu separar em categorias:
- Sistema Solar, - Catálogo de Messier, - Nebulosas, - Galáxias e - Outros.

No Blog dele está tudo mais específico, onde e como votar, e as imagens/fatos que estão à votação.

Visitem, votem e sigam o Blog do Carlos!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dicas para a OBA

Olá Astroleitores!
Como vocês estão vendo, estou postando mais ou menos uma vez por semana. É que ultimamente não estou acompanhando diariamente as notícias, então, não tem como postar várias vezes ao dia, como eu fazia antigamente.

Exatamente por isso, estou "sem idéias" para postar. Uma coisa ou outra (que eu achei interessante) eu postei, já que não dá pra postar qualquer coisinha que ocorre por aí. Não gosto disso, hoje em dia a Astronomia está bem avançada (dentro do possível), então têm coisas que são "normais" nesse campo, diferente de quando acontecem fatos raros. Aí eu rapidamente posto pra vocês ficarem por dentro! (:

Peço a ajuda de vocês nessa questão. Me mandem sugestões, temas bacanas, dúvidas sobre determinados assuntos ou assuntos que vocês já conhecem, e que querem compartilhar com os outros. Fiquei feliz quando vi dois comentários de leitores pedindo dicas para a OBA. Isso me deixa contente, pois mostra o quanto estão interagindo comigo, lendo o blog.  Bom, não sou "muito" experiente na prova, pois só fiz ano passado, já que antes nunca foi apresentado algo do tipo na escola. É como eu disse: Eles só falavam que a Terra é redonda, e pronto. Mas pelo o que eu vi, algumas regrinhas básicas contam... Bá-si-cas! Não fiquem achando que quem fez a prova já sabe tudo. Eles vão surpreender, inovar! Cada um tem suas regras quando vai fazer algo importante, como uma prova, uma entrevista de emprego ou um encontro.

Uma coisa que me pegou ano passado foram os conteúdos. Eu entrei na página da OBA, vi os conteúdos do meu nível e vasculhei, fuçei, mexi, naveguei e procurei feito louca cada um dos temas, à fundo. Quando chegou a hora da prova, tinha esquecido tudo. E o pior: na prova só caiu o básico, o básico mesmo, que no meio de tantos estudos, eu acabei esquecendo. Portanto, como são muitos conteúdos, eles passam apenas o básico de cada um na prova, as partes mais importantes daquele tema. Aí vai a dica: Estude o tema em si, mas guarde apenas o principal. Não vale a pena estudar tim-tim por tim-tim, nem tudo vai cair na prova e é muito provável que você esqueça a maioria do que estudou.
Outra coisa que eu reparei são os truques das questões. Todos pensam que, por ser uma prova de Astronomia, um nível elevado da Ciência, não há "pegadinhas" nas questões. Sempre tem uma ou outra que nos engana. Portanto, aí vai mais uma dica: Preste muita atenção na questão, leia-a várias vezes e tente entender o que DE FATO se trata. Quando a questão é fácil demais, a pessoa pensa que é tal resposta e pronto, mamão com açúcar. Não é bem assim. Às vezes a questão é boba, e muita gente erra porque não prestou atenção. Dêem uma olhada no gabarito do ano passado no site da OBA e veja a questão 4 do nível 3.
Uma outra coisa que vocês precisam saber é reconhecer o Céu. Tinha uma questão super fácil, onde haviam três fotos e tínhamos que escrever o que era cada uma delas. Era a Lua, algumas estrelas bem azulzinhas e Júpiter. A maioria colocou, na segunda foto: Estrelas Azuis. Eram as Plêiades. Qualquer um que tenha pelo menos um pingo de conhecimento sobre o Céu, acertaria a questão. Várias outras questões requeriam esse conhecimento. Então: Estude pelo menos o básico sobre isso (como se localizar pelas constelações - estrelas, saber identificá-las, enfim). Se as questões desse ano seguirem esse mesmo sentido, quem estudar esse tema vai se dar bem.
Bom, essas foram minhas 3 dicas básicas. Pequenos pontos devem ser considerados:
• ler e reler a questão, mesmo que ela pareça fácil, e tentar interpretá-la de todas as maneiras, encontrando a resposta certa.
• saber identificar determinados planetas, luas, estrelas, constelações - aglomerados estelares.
• ter noções de proporção, tamanho. (Veja a questão 3 do nível 3)
Isso foi o que eu pôde passar à vocês, e que com certeza (eu espero) valerá a pena. Me desculpem se não ajudei muito, é que eu não posso me basear totalmente na prova do ano passado. Haverão mudanças nas questões, é óbvio, estão não tem como eu "passar respostas" ou dizer como as questões devem ser resolvidas. Ninguém sabe o tipo de questões que serão formuladas. Bom, espero ter deixado claro alguns pontos importantes para se realizar a prova (:

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Astronomia é importante.

Oi pessoas!

Ontem, após postar aqui, fiquei pensando numa coisa; minha cabeça estava tão ligada em Astronomia, estava tão no mundo da Lua mesmo, que fiquei pensando na prova da OBA, nos aperfeiçoamentos do Blog, nas últimas notícias astronômicas, enfim. Daí, comecei a pensar nas pouquíssimas pessoas que se aprofundam no tema Astronomia, no caso os meus colegas de escola, os alunos; que assim como eu, à partir da prova, se interessaram e estudaram mais à fundo. Eu acho, tenho certeza, de que Astronomia é importante.

No fim do ano, lá na praia, um primo meu ficou comigo observando o céu. Foi demais; praia, céu bom, cheio de estrelas, não há nada melhor. O clima é incrível! Reconhecemos constelações e lembrei de que antes, bem antigamente, quando não haviam bússolas, GPS e outros meios de localização, as pessoas se localizavam por meio do Céu. Esse é um dos meios mais antigos de localização, e uma das utilidades da Astronomia. O melhor é que não precisa ser um grande Astrônomo para poder se localizar pelo Céu: basta apenas saber reconhecer algumas constelações inconfundíveis.

Eu ia postar aqui as formas de Reconhecer o Céu - tema que cairá na OBA! - mas já postei isso há algum tempo... Então, quem quiser dar uma olhada, fica a dica: http://principiosdaastronomia.blogspot.com/2010/08/constelacoes-e-reconhecimento-do-ceu.html

Voltando ao assunto...
Fiquei pensando em como a Astronomia era importante na Antiguidade, para localizações, para se encontrar no tempo, marcar ciclos de colheita, enfim. Como não haviam essas tecnologias de hoje, a única alternativa era aprender à usar o Céu conforme suas necessidades. E esse foi o maior legado que - astronomicamente falando - os antigos nos deixaram, na minha opinião. Com isso, aperfeiçoamos aparelhos de localização e relógios. Foi bom, claro, mas a Astronomia foi meio que "deixada de lado", ninguém mais se preocupa em olhar pro Céu, identificar uma constelação e se localizar. Pense você, num barquinho no meio do mar, como saber pra onde é leste, oeste, norte, sul? Não adianta responder GPS ou bússola, porque infelizmente eles caíram no mar (haha). A única coisa à se fazer é olhar pro Céu. Você sairia dessa?

Comentamos aqui sobre Exploração Espacial, sobre divulgação da Astronomia, principalmente nas escolas. Eu, na minha opinião, acho que o conteúdo que os professores de Ciência passam sobre Astronomia está bom, é o "básico". Uma, porque não é uma disciplina determinada, ainda. Segundo, muitos alunos não gostam, a maioria. A minoria que resta, por si mesmo, estuda mais à respeito. Mas, ainda assim, acho que falta um conteúdo nas simples aulinhas de Astronomia nas escolas: Reconhecimento do Céu. Não é tão importante como antigamente, mas faria os alunos pensarem no exemplo do barco, acima; também pensariam em como era importante saber se localizar antigamente, pelo céu. Seria bem legal e sei que a maioria ia gostar, afinal, é sempre bom olhar para o céu!

Bom, acho que falei muito! Um abraço e continuem no mundo da Lua...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Botão de Atualizar: Lucas.

Pois é, fiquei uns tempinhos fora, e aí, perdi muitos eventos, notícias e fatos astronômicos, deixando de repassá-los à vocês. Mas, tenho uma arma secreta, o Lucas, do site Observatório (Por Lucas). Pedi pra ele me atualizar, me passando algumas notícias interessantes; e ele me passou três, as mais importantes.
Achei bem legal; vejam aí:

Colisão de anãs brancas esta prestes a ser registrada!

 Duas anãs brancas, estrelas de mesma massa do que o Sol só que bem menores e fracas, estão fazendo uma dança da morte. As binárias estão localizadas na constelação de Cetus à 7.800 anos-luz de nós. Esse par binário esta girando em uma distância de 220.000 km uma da outra ( menor do que a distância Terra-Lua ) e giram em torno delas mesmas a uma velocidade incrível de 430km/s ou 1,6 milhões km/h e a cada 39 minutos.! E a cada volta que elas fazem, elas se aproximam mais, ate uma hora que se chocaram. Mas esse choque não é como você ta pensando, elas realizam uma fusão de núcleos, assim elas criam uma nova e mais maciça. E essa nova anã poderá ou não se transformar em uma estrela novamente.! E é isso que esta deixando os astrônomos tão ansiosos: com a fusão elas iram voltar ao estado de estrela, ou criaram uma nova anã branca bem mais pesada.? Essa resposta esperamos sentados!

As binárias mais frias da Via Lactea!

  Segundo o telescópio VLT, observatório do Chile, junto com outros dois da ESO, foram encontrados um par binário de estrelas mais frias já catalogadas. As estrelas na verdade, são o final de uma estrela média que perdeu quase todo seu combustível: Anãs Marrons, ou Castanhas. A estrela mais gelada é a CFBDSIR-1458+10B e possui uma temperatura de um chá... Pode parecer loucura, mas anãs com temperaturas baixissímas não são tão raras, mas sim difíceis de se detectar. Essa, por exemplo, foi encontrada há, apenas, 75 anos luz da Terra... Em escalas astronômicas, muito perto.! Anãs Marrons sempre despertam interesses, e bem brevemente estarei colocando um artigo bem detalhado sobre elas!

Gliese 581g realmente existe?

  Ano passado, um grupo de pesquisadores começaram a divulgar a descoberta de um planeta... Não só um planeta qualquer, mas o Gliese 581g que possui uma grande potencial de ser habitável.! E as esperanças se mantiveram ate agora, quando o astrônomo e cientista Mikko Tuomi do Reino Unido colocou a descoberta em prova. Segundo ele, depois de reanalizar os dados do Haps, da ESO, e o Hires, da NASA, percebeu que não havia dois planetas orbitando a Gliese 581, mas apenas um.! E então o mundo começou a olhar naquela direção para por em prática o que antes foi falado com tanta clareza e certeza. Inclusive o Corot, o satélite europeu com participação brasileira, e segundo Eduardo Jonot da USP, "Esse planeta não existe". Mas Vogt e Butler, os responsáveis na descoberta dos planetas, continuam defendendo sua teoria... Eles foram responsáveis por detectar e divulgar centenas de planetas e dizem sempre fazer do mesmo modo, sendo impossível o erro. Bem, só saberemos a resposta quando nossos equipamentos evoluírem alguns patamares!
Bom, estes foram os textos escritos por ele mesmo, com suas próprias palavras e interpretações. Quanto à terceira e última notícia, fiquei meio confusa e até comentei com o Lucas. Não pelo texto em si, mas pelo sentido, pelo tema. Existe ou não este planeta? Cada dia uma nova história se apresenta. E se existir, quais são nossos benefícios? O que isso adiantará? Não temos tanta tecnologia para tais viagens. Não é tããão simples ir de um planeta à outro assim, pelo menos, não agora. Como eu disse numa outra postagem, a humanidade está pensando muito em explorar outros planetas, e se esquece da Terra, que por enquanto, tem seu lugar exclusivo como único planeta habitável. Ainda há muito o que se estudar aqui, há muita coisa que ainda não se sabe, mistérios à serem desvendados. Sempre digo e nunca vou parar de dizer que a Exploração Espacial é SIM bem importante, para o conhecimento humano, talvez até para a sobrevivência humana, digamos que um dia o nosso planeta "acabe" e tivemos de nos "mudar" - não sendo isso tão simples. Mas isso não deve ser o ponto mais importante na vida de todos nós, certo?
Espero que tenham gostado, e não se esqueçam de visitar o site do Lucas, meu mais novo parceiro de blogs e sites ;]

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Menina de 10 anos descobre Supernova

Este Post é sobre uma notícia muito legal que um amigo meu me mandou. Achei bem interessante, fico feliz quando acontecem estas coisas... Espero que também gostem!

Kathryn Gray, uma garota canadense de dez anos de idade se tornou, neste domingo (02/01/2011) a pessoa mais jovem que já identificou uma Supernova. 

Kathryn Gray, a pessoa mais jovem a identificar
uma supernova.
Ela estava estudando o céu com seu telescópio amador quando a identificou. Levou as fotos para seu pai (astrônomo amador) que ajudou Kathryn a fazer a descoberta, descartando que se tratasse de um asteroide e verificando a lista de supernovas já conhecidas.
A descoberta foi averiguada e registrada pela Sociedade Real de Astronomia do Canadá (RASC, na sigla em inglês), que considerou Kathryn a pessoa mais jovem que se tem conhecimento a conduzir tal feito
.
"Estou muito empolgada. É uma ótima sensação", disse a menina ao jornal canadense "Star".

"É fantástico que alguém tão jovem demonstre paixão pela astronomia. Que descoberta incrível", disse Deborah Thompson, da RASC.

A supernova de uma magnitude 17  - batizada de 2010lt - foi localizada na galáxia UGC 3378, a cerca de 240 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Camelopardalis, ou da Girafa.


Para identificar esses eventos é preciso observar imagens antigas de campos estelares e compará-las com imagens novas. A supernova se revela como um ponto mais brilhante que estrelas comuns, por isso, pode ser vista por meio de um telescópio simples.
Os eventos interessam aos astrônomos porque produzem a maioria dos elementos químicos que fizeram a Terra e outros planetas e porque supernovas distantes podem ser usadas para estimar o tamanho e a idade do Universo, disse a RASC em um comunicado.

Fontes: Folha.com e Tvi24.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Astrônomos flagram estrela devorando outra e gerando planetas

"Uma equipe de astrônomos pode ter flagrado uma estrela no ato de devorar outra e criando uma segunda geração de planetas a partir do disco de "sobras".
Usando dados do Observatório de Raios X Chandra, o grupo de Joel Kastner, do Instituto de Tecnologia de Rochester, encontrou sinais de que uma estrela variável na constelação de peixes, BP Piscium, não é a estrela jovem que aparenta ser, mas sim uma gigante vermelha que engoliu uma estrela ou planeta da vizinhança, diz nota divulgada pelo instituto.
O artigo científico que descreve a hipótese será publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Ilustração de BP Piscium, com disco e jatos de matéria
Foto: Estadão
Desde que foi descoberta há 15 anos, a estrela vem confundindo os cientistas, ao apresentar características tanto de um astro jovem quando de uma estrela velha.
Kastner atribui a possivelmente enganosa juventude da estrela a duas coisas: um disco de material que lembra os discos onde se formam planetas ao redor de estrelas novas e os jatos de material que partem dos polos do astro. Uma estrela jovem acumula material do disco, que cai em sua direção, absorvendo cerca de 90% do que cai e reciclando o restante para o espaço, através dos jatos.
Outros detalhes, no entanto, apontam na direção oposta. Por exemplo, a estrela existe isolada, enquanto que a maioria das estrelas jovens se formam em aglomerados.
Os dados do Chandra mostram que a estrela é uma fonte pobre de raios X, o que vai contra a hipótese de juventude. Em nota, Kastner refere-se a esse dado como "o prego no caixão" da ideia de que BP Piscium seria uma estrela de formação recente.


BP Piscium (no centro) e prováveis discos
e jatos de matéria "saindo" dela.

A taxa de emissão, de acordo com ele, é compatível com a de estrelas velhas que giram rapidamente, de uma classe que, acredita-se, surge quando uma estrela engole outra.
"As companheiras dessas estrelas gigantes caíram dentro delas e fazem com que girem mais rápido", explica Kastner. "Nossa hipótese de trabalho é que estamos olhando para a estrela bem no ponto em que ela acabou de engolir a companheira e, assim, formou o disco. pare do material que compunha a companheira caiu na estrela, e parte foi expelido em alta velocidade, e é a isso que estamos assistindo".
Embora planetas próximos que eventualmente existissem tenham sido engolidos quando a estrela se tornou uma gigante vermelha, uma segunda rodada de formação de planetas pode estar em andamento no disco, centenas de milhões de anos após a primeira.
Outro artigo científico, baseado em dados do telescópio espacial Spitzer, indica evidência de um planeta gigante no disco. Esse pode ser um novo exoplaneta, ou um que sobreviveu ao cataclismo."

Fonte: Estadão

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Como é a vida de um Astrônomo

"Noites e noites em claro, passadas na companhia de poderosos telescópios que apontam a imensidão do céu, num silêncio apenas quebrado pelo barulho do vento e o tritilar dos grilos. Essa é a visão mais tradicional do astrônomo, esse profissional da ciência tantas vezes confundido com adivinhos. Mas, por incrível que pareça, é uma visão bem distante do dia-a-dia dessa profissão. A Astronomia é diferente da maioria das outras ciências em que podemos interagir diretamente com o objeto de estudo. Afinal, não é possível dissecar, pesar, tocar ou realizar outros experimentos similares com uma estrela! Por outro lado, a luz que os corpos celestes emitem carregam informações que podem ser compreendidas pelo astrônomo. Seu trabalho consiste, resumidamente, de uma sistemática em que é preciso saber formular questões, pesquisar e obter dados relevantes, levantar hipóteses e então testá-las."
Com certeza, a vida de um astrônomo não é fácil!
Primeiro, pra ser um astrônomo tem que estudar muito, pra se formar demora bastante! Bacharelado: 4-5 anos, pós-graduação; mestrado: 2-3 anos, doutorado: 4-5 anos. Desde o ingresso no vestibular deve demorar uns 10 anos para se tornar doutor em astronomia. Mas a boa notícia é que já começamos a ganhar bolsa de estudos ainda no bacharelado (bolsa de iniciação científica). Nenhum estudante que eu conheça faz ou fez pós-graduação sem bolsa de estudos. A bolsa não é alta mas dá para viver. Tudo isto é válido para estudar no exterior também. Alguns países não exigem o título de mestrado antes de cursar o doutorado. Mas no Brasil é regra geral fazer mestrado. Existem alguns casos de alunos de doutorado sem título de mestrado, mas são casos especiais.
Segundo: Tem que ser muito dedicado, amar Astronomia mais que tudo pra aguentar tudo o que vier, noites mal dormidas, vários dias observando 'tal' ponto determinado, aquele tema.


Navegando pela Internet, sempre encontramos o que queremos. Assim foi comigo. Entre sites e blogs, achei este blog aqui, que me chamou bastante atenção: Mulher das Estrelas. A dona do blog é uma astrônoma, pelo que eu entendi, e ela responde perguntas sobre a sua profissão; o que precisa pra ser um astrônomo, quanto tempo demora, enfim. Aqui vai o post dela sobre como é a vida de um astrônomo.
"Primeiro, o astrônomo precisa obter tempo de observação em algum telescópio. Para tal é necessário enviar projetos para os diversos observatórios que possuem os instrumentos adequados à pesquisa em questão. Por exemplo, digamos que eu esteja interessada em saber porque as estrelas possuem cores distintas, e se as cores estão relacionadas com as outras propriedas físicas das estrelas, como por exemplo idade, massa, tamanho. Neste caso eu teria que observar uma amostra de estrelas de diversas cores com um instrumento que possa medir a intensidade do brilho utilizando diversos filtros de diversas cores. Neste caso eu estaria fazendo fotometria e necessitaria de uma câmera CCD (parecida com uma câmera digital acoplada ao telescópio) de boa qualidade e equipada com diversos filtros e boas condições atmosféricas durante a observação. Eu teria então que estimar quantas noites seriam necessárias para completar as observações e enviar o pedido para o observatório escolhido. Depois de julgado por uma comissão de especialistas o projeto poderia ser aprovado ou não. Caso fosse aprovado, bastaria comprar a passagem para a viagem, fazer a reserva no hotel do observatório e seguir para alguma montanha do mundo. Devo mencionar que geralmente o astrônomo vai observar com tudo pago por alguma agência de fomento à pesquisa. Os observatórios oferecem a logística necessária para o astrônomo se desligar do mundo e se concentrar nas observações. São várias noites, e em alguns casos até meses de observações e anos de preparação e análise dos dados. A vida de observador é uma vida fora da realidade, inclui dormir poucas horas, tomar café da manhã na hora do almoço e preparar o telescópio para a noite que em certas latitudes durante o inverno pode ser bem longa, chegando a mais de 13 horas consecutivas. Em alguns observatórios, o lanche da meia-noite é o high-light da noite. Astrônomos se revesam com os assistentes e colaboradores para um lanchinho que pode ser degustado no restaurante do observatório. No inverno, a esta altura o astrônomo já está observando a mais de 5 horas e um omelete quentinho tem um sabor inimaginável e recarrega as baterias para as outras 6-7 horas que vem pela frente.
Observatório Astronômico de La Silla (no Chile).
Em outros observatórios, o lanche da noite é preparado com antecedência pelos cozinheiros e entregue ao astrônomo antes de subir para observar ao entardecer. Hoje em dia o astrônomo passa pouco tempo na cúpula aberta onde fica o telescópio. Como tudo é computadorizado, o astrônomo, muitas vezes acompanhado de um assistente noturno, fica em uma sala de observações monitorando tudo pela tela do computador Uma sala típica de observação tem de tudo: computadores, livros, calculadoras, frutas, sanduíches, biscoitos, muito, muito café e música de fundo. Dependendo do tipo de observação o intervalo entre um objeto e outro a ser observado é relativamente grande. Muitas vezes o mesmo objeto precisa ser observado durante um longo período de tempo para que se obtenha uma boa imagem. Seria como tirar uma fotografia com o obturador da máquina aberto. A espera pode ser entediante e a internet ajuda a passar o tempo e a preparar os dados recém obtidos para a primeira análise. Mais para o fim da noite o cansaço vai batendo e a produtividade caindo. Eu combato o cansaço com música bem alta, e se estou sozinha canto e danço entre uma observação e outra. Sair caminhando pela montanha a noite é super interessante. Várias cúpulas abertas com os telescópios apontando para a escuridão da noite e muita música de fundo. Às vezes se acha algum astrônomo passeando com uma lanterninha na mão a caminho do hotel. Isto é sinal de que algo de errado aconteceu durante as observações e tiveram que fechar a cúpula. Pode ser um problema técnico ou nuvens! E nas noites nubladas o restaurante é mesmo a única opção, a não ser que alguém organize alguma reuniãozinha. Alguns observatórios tem sala de projeção para um cinema, sala de jogos, videos e televisão. A internet mantém o astrônomo, que está alienado na montanha, informado do que se passa no resto do mundo e ajuda a passar o tempo. É na montanha também que os astrônomos têm a oportunidade de conhecer outros astrônomos do mundo inteiro"
Concluindo, a vida de um astrônomo não é fácil mesmo! Mas quando se ama uma coisa, ah, enfrentamos tudo o que vier pela frente. Esta profissão, apesar do cansaço de várias noites em claro observando, é muito gratificante. É totalmente lindo cada descoberta, cada estrela ou planeta que se observa, se estuda. Vale muito a pena!
Em breve, postarei mais sobre Como é a vida de um Astrônomo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Astronomia na Era Espacial

     Paradoxalmente, o planeta mais estudado depois do advento da era espacial foi a própria Terra. A força de atração que ela exerce sobre os corpos que a circulam não é igual em todos os pontos de sua superfície, devido à distribuição desigual das massas em seu interior. O movimento dos satélites artificiais da Terra, sendo constantemente influenciado pela atração que o planeta exerce sobre eles, permitiu estabelecer com precisão o campo gravitacional (de atração) da Terra. A sensibilidade desses métodos de observação é tão grande que tornou-se possível avaliar pequeníssimas deformações sofridas pelo globo terrestre, sob a influência do Sol e da Lua, que recebem o nome de marés terrestres.
     Os satélites permitiram determinar com enorme rigor a forma da Terra, observando também o fenômeno de movimento (deriva) dos continentes e os deslocamentos dos pólos terrestres. Acima da atmosfera, eles encontraram os cinturões de Van Allen, nos quais uma infinidade de partículas elétricamente carregadas são prisioneiras do campo magnético terrestre. As fotografias meteorológicas obtidas através dos satélites possibilitam conhecer quase instantaneamente o estado da atmosfera em qualquer lugar do mundo,  aumentando a eficácia dos serviços de previsão do tempo. Além disso, certos satélites altamente sofisticados permitiram realizar um mapeamento detalhado da superfície dos continentes e do fundo dos mares, determinando com precisão as camadas geológicas da Terra. Importantes jazidas minerais puderam ser detectadas por esse processo.
Sonda espacial Voyager
Foto: ccvalg.pt
     O envio de satélites e foguetes de grande altitude para além da atmosfera terrestre possibilitou também um grande progresso na Astronomia. A maior parte dos corpos celestes emitem radiações em vários comprimentos de onda, que vão desde a luz visível até os raios/raios gama. Entretanto, a atmosfera terrestre limita grande parte do nosso poder de observação dessas radiações, pois ela deixa passar quase que exclusivamente a luz visível e as ondas curtas de rádio, e também impedindo em grande parte a passagem do infravermelho, do ultra-violeta e dos raios X. Os telescópios e instrumentos de observação enviados acima da atmosfera puderam captar essas últimas radiações, ampliando enormemente o conhecimento sobre os corpos celestes que as emitem. Revelaram inclusive a existência de misteriosos corpos emissores, as fontes pontuais de raios X.
Na década de 1960 a 1970, foram descobertas duas novas categorias de objetos celestes: os quasars e os pulsares. Os quasars havia sido até então associados a estrelas azuis. Entretanto, o exame do espectro de suas radiações demonstrou que esses corpos se encontram mais distante que todas as galáxias. Outra descoberta extraordinária da radiastronomia foi a dos pulsares, que emitem pulsações de grande regularidade, cuja duração é de apenas frações de segundos. Uma vibração tão curta só poderia ser emitida por objetos de dimensões extremamente pequenas. Assim, as observações sobre os pulsares levaram à conclusão de que seu diâmetro é da ordem de 20 km. e sua massa é equivalente à do Sol. Essa densidade justifica-se pelo fato de serem constituídos quase que só de nêutrons. A rápida rotação dessas estrelas explica as pulsações que emitem. Os pulsares formam-se como resultado da explosão das chamadas estrelas supernovas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Os foguetes brasileiros (foguetes de sondagem e o Veículo Lançador de Satélites-VLS).

Os Foguetes Brasileiros

Foguetes de Sondagem
"Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do espaço, capazes de lançar cargas úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. Inserido no escopo do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), em seu programa decenal, e executado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o projeto iniciou-se em 1965, quando o foguete Sonda I fez o vôo inaugural, constituindo-se no primeiro lançamento de um foguete nacional do então Campo de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI). Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse tipo"
Resumindo: Foguetes de sondagem, como o próprio nome diz, são foguetes enviados ao espaço com sondas 'imbutidas' (não sei se é a palavra certa pra usar) nele para estudo e exploração do espaço sideral.
Foguetes Brasileiros de Sondagem
"Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30, versão do foguete VS-30 acrescido de um estágio para aumentar a capacidade de carga útil e tempo de microgravidade. O desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre a Agência Espacial Alemã e a AEB. Desde então, já foram realizados um lançamento no Brasil e dois na Suécia, todos bem-sucedidos"

SONDA I, projetado para estudos da alta atmosfera e para transportar cargas úteis meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude

SONDA II, depois de 1966, o Sonda I evoluiu para o Sonda II, usado para transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas, de 20 a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 a 100 Km de altitude, com inovações tecnológicas, como novas proteções térmicas, novos propelentes e testes de componentes eletrônicos.

SONDA III. Em 1969, o IAE iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III com propulsores do 1º e 2º estágios carregados com propelente sólido, capaz de transportar cargas úteis científicas e tecnológicas de 50 a 150 kg para experimentos na faixa de 200 a 650 km de altitude, com certeza super mais moderno e com novos sistemas, controladores, etc

SONDA IV. Projeto preliminar do foguete biestágio Sonda IV, com propulsores carregados com propelente sólido, especificado para permitir o domínio das tecnologias imprescindíveis para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de 300 a 500 kg para experimentos na faixa de 700 a 1000 km de altitude.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Corrida Espacial e a Guerra Fria


Guerra Fria

Guerra Fria: A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Corrida Espacial:
EUA versus União Soviética
 EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

 
Ligação entre Guerra Fria e Corrida Espacial

Em 1957, União Soviética envia no foguete
Sputnik um cão, primeiro ser no espaço

Como viram, os Estados Unidos e a União Soviética eram países super inimigos, então, um queria ser melhor que o outro, em todos os aspectos como economia, política, etc. Isso não foi diferente em relação à Conquista do Espaço. Os dois países queriam chegar à Lua, descobrir o Universo, um mais rápido do que o outro, primeiro do que o outro. Essa disputa ocorria porque eles queriam mostrar qual era o melhor sistema. A União Soviética enviou uma nave com um cachorro dentro, enquanto os Estados Unidos, anos depois, mostrou ao Mundo a vitória do Homem na Lua.
O melhor dessa disputa era que, quanto mais eles iam competindo, tentando ser melhor do que o outro, os dois países rendiam muito, pois criavam novas tecnologias (como o do homem chegar à Lua) para a nação.




Em 1969, o Homem norte-Americano
chega à Lua


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os satélites brasileiros (SCD e CBERS)

Os satélites brasileiros



CBERS:
Satélite Cbers, captura as imagens do espaço
CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite, que em português significa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) é uma cooperação entre Brasil e China no desenvolvimento de tecnologias espaciais, que resultou no satélite CBERS-1, lançado em 1999, e no CBERS-2, em órbita desde 2003. Desde que o acordo foi feito em 1988, os dois países já investiram mais de US$ 300 milhões para a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional.
Hoje, dezessete anos depois, o Brasil é um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo. O que é ótimo para um país que até então dependia exclusivamente de imagens fornecidas por equipamentos estrangeiros.
A parceria não inclui a transferência de tecnologia entre os dois países, e cada um precisou transpor os obstáculos que surgiram no desenvolvimento daquele que era o primeiro satélite do gênero tanto para o Brasil como para a China. Antes do CBERS, os brasileiros haviam construído o SCD - Satélite de Coleta de Dados, de menor porte. "Do SCD para um satélite grande como o CBERS foi um grande passo", resume Janio Kono, coordenador do Programa Sino-Brasileiro no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que tem a missão de desenvolver e construir os satélites do Brasil. Na China, o programa está sob a responsabilidade da CAST - Chinese Academy of Space Technology. Além do conhecimento tecnológico, o programa espacial também traz benefícios sociais, demonstrados durante o "Seminário de Aplicações do CBERS-2 - 2º Ano de Sucesso", realizado pelo INPE nos dias 19 e 20 de outubro. A utilidade das imagens foram apresentadas por alguns dos maiores usuários do satélite, como Petrobras, IBGE, Incra, Embrapa, Ibama, ANA, organizações não-governamentais e empresas de geoprocessamento. O IBGE, por exemplo, usa os dados para atualizar seus mapas em projetos de sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior impacto econômico e social devido às dimensões continentais do Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão extenso seria quase impossível. É importante destacar que neste dia 21 de outubro, quando o CBERS-2 completa seu segundo ano de operação, o Brasil fecha um ciclo de desenvolvimento tecnológico na área espacial. Quando foi assinado o contrato com a China, previa-se a construção de apenas dois satélites de sensoriamento remoto, cada qual com vida útil estimada em dois anos. O sucesso do programa pode ser comprovado pela renovação do acordo, firmada durante a visita do presidente da China ao INPE em 2002. Com número cada vez maior de usuários, o CBERS não terá seu fornecimento de imagens interrompido, pois até 2011 deverão ser lançados outros três satélites, mais sofisticados, que renovam o desafio para a engenharia espacial brasileira.

Lançamento do Satélite CBERS 2
O Satélite: O CBERS-2 é equipado com câmeras para observações ópticas de todo o globo terrestre, além de um sistema de coleta de dados ambientais. O satélite está em órbita síncrona com o Sol a uma altitude de 778 km, completando 14 revoluções da Terra por dia. Este tipo de órbita faz com que o satélite sempre cruze o Equador às 10h30 da manhã, hora local, provendo assim as mesmas condições de iluminação solar para tornar possível a comparação de imagens adquiridas em diferentes datas. Além do módulo com a carga útil, o satélite possui ainda outro módulo para os equipamentos de suprimento de energia, controles, telecomunicações e demais funções necessárias à operação. Os dados internos para monitoramento do estado de funcionamento do satélite são coletados e processados por um sistema de computadores antes de serem transmitidos à Terra. Uma das maiores vantagens do CBERS-2 é a diversidade de câmeras com diferentes resoluções espaciais e freqüências de coleta de dados. No período aproximado de cinco dias, obtém-se uma cobertura completa do globo. Além disso, qualquer fenômeno detectado pelo WFI pode ser focalizado pela Câmera CCD, para estudos mais detalhados no máximo a cada três dias. A Câmera CCD opera em 5 faixas espectrais incluindo uma faixa pancromática de 0,51 a 0,73 µm. As duas faixas espectrais do WFI são também empregadas na câmera CCD para permitir a combinação dos dados obtidos pelas duas câmeras. São necessários 26 dias para uma cobertura completa da Terra. Sua resolução é ideal para observação de fenômenos ou objetos cujo detalhamento seja importante. As bandas da CCD estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos. Atualmente, apenas a CCD está em operação. Em abril deste ano, um problema no suprimento de energia do CBERS-2 exigiu o desligamento das outras duas câmaras, para economia de energia. A falha não afetou significativamente os usuários, porque as imagens da CCD correspondem a cerca de 90% da demanda.

SCD:
Satélite SCD 2
Os satélites SDC (Satélites de coleta de dados) são equipados para captar e retransmitir dados meteorológicos, ambientais e da química atmosfera, coletados por plataformas (PCD) instaladas em terra ou por bóias oceanográficas. Os dados são retransmitidos a uma ou mais estações terrenas de recepção. O INPE é o responsável pela especificação, projeto, desenvolvimento, fabricação e operação desta série de 4 satélites, o SCD-1, SCD-2, SCD-2A e SCD-3.
Estão em órbita somente os satélites SCD-1 e SCD-2.
O SCD-1 foi colocado em órbita em fevereiro de 1993 e encontra-se operando até hoje, com uma vida útil além do período, inicialmente previsto, de um ano. Sua órbita foi escolhida de forma a cobrir inteiramente o território brasileiro, se mantém com aproximadamente 760 Km de altitude e 20º de inclinação em relação ao plano do Equador. Seu período orbital é de 98º passando pelo Brasil cerca de 8 vezes ao dia. Ele é o primeiro satélite da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) que prevê o desenvolvimento e a construção de outros três, o SCD-2 (já concluído) e dois satélites de sensoriamento remoto (SSR-1 e SSR-2) para observações de recursos terrestres.
O SCD-2 foi lançado, com sucesso, em 1998, por meio de um veículo Pegasus, a partir do Cabo Canaveral. Atualmente opera de forma conjunta com o SCD-1. Pretende-se, desta forma, ampliar a prestação dos serviços de coleta de dados.
Novamente, o satélite SCD 2
O SCD-2A foi perdido no lançamento inaugural do VLS-1, em 1997.
O SCD-3, projetado para órbita circular equatorial a uma altura de 1.100Km, permitirá, do ponto de vista de coleta de dados, uma varredura territorial complementar a dos demais satélites SCD e a dos satélites CBERS, além de propiciar a ampliação da capacidade de recepção e transmissão de dados. além de desempenhar as mesmas funções dos anteriores, apresentará nova configuração e desenho. Este novo satélite terá órbita circular com altitude de 1.100 Km e fará testes de um sistema de voz móvel para transmissão de mensagens na Região Amazônica. Seus objetivos são o de coleta e comunicação de dados ambientais. Proporciona aos pesquisadores possibilidades de estudos mais precisos nos campos da meteorologia, oceanografia e química da atmosfera, em função da maior freqüência e regularidade de obtenção das informações. Adicionalmente, deverá promover um experimento de comunicação de voz e dados.  
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