quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pêndulo de Foucault e Efeito Coriólis

Para quem leu o post anterior (Eixo Magnético da Terra), isto é quase uma "continuação", onde comentarei sobre o Pêndulo de Foucault, o efeito Coriólis, e, consequentemente, sobre o Eixo Magnético da Terra. 


Animação do Pêndulo de Foucault exibindo 
o sentido de rotação no hemisfério sul.
Um pêndulo de Foucault (pronunciado "fu-cô"), assim chamado em referência ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault, é uma experiência concebida para demonstrar a rotação da Terra em relação a um referencial, bem como a existência da força de Coriólis. A primeira demonstração data de 1851, quando um pêndulo foi fixado ao teto do Panthéon de Paris. A originalidade do pêndulo reside no fato de ter liberdade de oscilação em qualquer direção, ou seja, o plano pendular não é fixo. A rotação do plano pendular é devida (e prova) a rotação da Terra. A velocidade e a direção de rotação do plano pendular permitem igualmente determinar a latitude do local da experiência sem nenhuma observação astronômica exterior.
Resumo: O Pêndulo de Foucault (Foucault, 1851) é um dispositivo que demonstra a rotação da Terra em torno de seu eixo Sul-Norte. Em relação a referencial inercial, o plano de oscilação de um pêndulo mantém-se fixo no plano vertical pelo ponto de suspensão. Em relação a referencial girante (fixo á Terra), o plano de oscilação gira em sentido oposto ao do referencial.A cada meia oscilação o pêndulo se desvia para a direita no hemisfério Norte, para a esquerda no hemisfério Sul.

Pêndulo de Foucault em Filadélfia
(Franklin Institute)
Se considerar um ponto centrado ao nível do ponto de fixação do pêndulo (o teto do Panthéon, por exemplo), o pêndulo oscila sempre no mesmo plano (em relação a esse ponto); no entanto, a Terra gira em torno dele (o que é previsto pelas leis de Newton, e intuitivo se nos imaginarmos em um pólo). Em um referencial mais habitual, o da Terra, é então o pêndulo que vai sofrer uma rotação.
O pêndulo deve ser idealmente colocado em um dos pólos da Terra. Seu período de rotação do plano pendular é inversamente proporcional a latitude do local.
Por exemplo :
  • 1 dia sideral nos pólos;
  • 1,4 dias a 45o de latitude;
  • 2 dias a 30o de latitude;
  • infinito (ou seja o plano pendular permanece constante) com 0o de latitude, no equador.

Quem foi Léon Focault ? 
Jean Bernard Léon Foucault (Paris, 18 de Setembro de 1819 — Paris, 11 de Fevereiro de 1868) foi um físico e astrônomo francês.
Foucault era filho de um editor de Paris. Estudou Medicina, que ele abandonou rapidamente para se dedicar à Física. Interessou-se pelos métodos fotográficos de Daguerre.
Foucault é particularmente conhecido pela sua experiência demonstrando a rotação da Terra em torno de seu eixo (pêndulo de Foucault), tendo também determinado a velocidade da luz e inventado o giroscópio.
O asteróide 5668 Foucault foi assim chamado em sua homenagem.
Efeito Coriólis
“O Efeito Coriólis (nome devido ao seu descobridor Gaspard Coriólis), é a tendência que qualquer corpo em movimento sobre a superfície terrestre tem de mudar seu curso devido à direção rotacional e da velocidade da Terra. No hemisfério Norte, a atração é no sentido horário (para a direita) e no hemisfério Sul, a atração é no sentido inverso (anti-horário).” Uma das maiores evidências da existência do Efeito Coriólis é o sentido giratório dos furacões. Isso mesmo! Dos furacões!
Furacão Catarina, no hemisfério Sul
Furacão Katrina, no hemisfério Norte

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eixo magnético da Terra

Hoje, dia 12 de Novembro, eu estava na terceira aula de Geografia fazendo a correção do exercício sobre a América Andina. Papo vem, papo vai, e começamos a falar sobre o Equador, o "país de meio mundo". Estava igual a um zumbi na sala, dormindo-acordada, mas de repente, me interessei de verdade. A professora comentou sobre a linha do Equador, a famosa linha imaginária que corta a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. Porém, disso eu já sabia.
Depois, ela começou a falar do Eixo Magnético da Terra, e me lembrei do Efeito Coriólis. Acabei "descobrindo" que isso tudo tem a ver com a Linha do Equador.
Procurei na Internet e achei isso aqui:

“O Efeito Coriólis (nome devido ao seu descobridor Gaspard Coriólis), é a tendência que qualquer corpo em movimento sobre a superfície terrestre tem de mudar seu curso devido à direção rotacional e da velocidade da Terra. No hemisfério Norte, a atração é no sentido horário (para a direita) e no hemisfério Sul, a atração é no sentido inverso (anti-horário).”

Daí, me lembrei de um episódio de Os Simpsons, em que o Bart tenta descobrir pra que lado gira a água do vaso sanitário. No seu hemisfério, Norte, girava pra direita. Daí ele ligou para um "amiguinho" da Austrália (se não me engano) e girava pra esquerda.
A professora também comentou sobre um homem que, exatamente na Linha do Equador, colocou um ovo em cima de um prego, e ele ficou paradinho. Esse homem também ligou uma pia do lado Norte e outra do lado Sul, as duas giravam para lados opostos, e ninguém entendia nada.

Só comentei aqui no blog porque era algo que eu nunca tinha ouvido falar muito. Se eu achar mais alguma coisa interessante relacionada a isso, eu posto aqui.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Como surgiram os Anéis de Saturno

Os Anéis de Saturno sempre foram um mistério para Astrônomos e Cientistas que levantaram inúmeras "possíveis" teses/teorias para o surgimento deles. As teorias mais "aceitas" são: 
Os anéis de Saturno são compostos, basicamente, de água, pequenas pedras
e poeira cósmica/espacial.
Fonte: todouniversoemumblog.blogspot.com
 • A descoberta de uma série de pequenas luas detectadas no lado mais externo dos sete anéis de Saturno apóia a teoria de que esses anéis são resultantes de uma desintegração de luas geladas ao longo de dezenas de milhões de anos. Astrônomos coordenados por Miodrag Sremcevic, na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, calcularam que oito pequenas luas de diâmetro de 60 a 140 metros e cercadas por resíduos provêm de um único corpo celeste de um diâmetro de 20 quilômetros. Os cálculos foram feitos com base nas imagens enviadas pela sonda ítalo-americana Cassini. Essa lua teria começado a se desintegrar há cerca de 30 milhões de anos, devido ao impacto de um cometa ou um asteróide.
Contradição: Segundo uma teoria diferente, os anéis nasceram ao mesmo tempo que Saturno e seriam restos não aglomerados com o planeta gigante e retidos em órbita.

• A teoria da cientista americana Robin Canup é de que os anéis de Saturno podem ter surgido após a colisão entre uma lua gigantesca e o planeta, apresentada à Associação Americana de Astronomia. Segundo ela, o choque teria sido forte o suficiente para deslocar um pedaço de Saturno e explicaria por que os anéis são compostos basicamente de água.
Contradição: "Em entrevista à rede de notícias BBC, o cientista Carl Murray, um dos astrônomos da missão Cassini, sonda que órbita Saturno, disse que a teoria da americana é um pouco confusa, já que o choque com outro satélite depositaria muito mais resíduos de rochas nos anéis."

• "Atualmente, duas teorias explicam a composição destes anéis. Uma delas afirma que um cometa de gelo poderia ter se 'desmanchado' ao se aproximar de Saturno. A outra aponta que pequenas luas foram sugadas pelo campo gravitacional, acabaram destruídas e passaram a cercar o planeta."
 
Resumo feito com base nos sites/blogs:
O Globo;
Folha Online.

domingo, 10 de outubro de 2010

Poluição Luminosa

É sempre bom olhar para o céu. Sempre foi, desde os tempos mais remotos, quando o usavam para contar o tempo e melhor se organizarem. Porém, isso está a ponto de mudar.
Estou falando da Poluição Luminosa, um mal que, aos poucos, está acabando com a beleza do firmamento e ao mesmo tempo, prejudicando a vida na Terra.
"Poluição luminosa" é o tipo de poluição ocasionada pela luz excessiva ou obstrusiva criada por humanos. A poluição luminosa interfere nos ecossistemas, causa efeitos negativos à saúde, ilumina a atmosfera das cidades, reduzindo a visibilidade das estrelas e interfere na observação astronômica."
Os astrônomos profissionais e amadores estão tendo que procurar lugares cada vez mais isolados para poderem observar o Céu. As luzes das cidades - principalmente as mais populosas - atrapalham a observação, transformando um céu bonito e cheio de estrelas em uma imensidão de poluição e luminosidade industrializada.

Imagem da Terra pelo Satélite. Repare na parte norte, que está super iluminada.
Está em situação de Poluição Luminosa.
fonte: apolo11.com
Segundo estimativas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, pelo menos 30% da iluminação em locais públicos no país é desperdiçada, gerando prejuízos da ordem de US$ 10 bilhões anuais. Isto acontece seja por uso inapropriado, como lâmpadas acesas de dia, ou por ineficiência, como spots e postes cujos raios ultrapassam a horizontal, iluminando o céu e não o chão, onde a luz é necessária e tem papel fundamental, entre outras coisas, na segurança pública. Estes últimos casos são a principal forma de poluição luminosa, pois criam clarões e perturbam o sono de moradores de áreas urbanas, por exemplo.
A preocupação com a preservação do céu noturno surgiu primeiro entre os astrônomos, que viram seu trabalho ficar cada vez mais difícil à medida que a urbanização crescia. Aos poucos, os observatórios em grandes cidades como Londres, Paris e Rio tornaram-se inúteis para as pesquisas, voltando-se apenas para fins educacionais. E mesmo no interior o aumento da iluminação trouxe prejuízos, como conta o astrofísico Carlos Veiga, chefe da Divisão de Atividades Educacionais do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Em 1981, a instituição inaugurou no Pico dos Dias, em Brazópolis, Minas Gerais, o maior telescópio em território brasileiro, com um espelho principal de 1,6 metro de diâmetro. Com o crescimento da cidade e da vizinha Itajubá, porém, o equipamento já é muito pouco usado pelos cientistas.
No mundo animal, a poluição luminosa também leva a consequências variadas. Recente levantamento do Instituto Max Planck de Ornitologia, na Alemanha, mostra que o clarão das cidades está afetando o comportamento dos pássaros, fazendo com que comecem a cantar cada vez mais cedo. A cantoria no amanhecer serve tanto para atraírem as fêmeas para procriar quanto para marcar território.

Campanha conta a Poluição Luminosa
fonte: silvestre.eng.br
 Pois é. Até o céu, uma das coisas mais "naturais" desde a Antiguidade, o Homem é capaz de destruir, de arrancar a beleza da coisa mais bela que podemos ter, da nossa "porta" para o longínquo Universo que nos rodeia.
Precisamos mudar isso, JÁ!!!


A Harmonia das Esferas Celestes

Da plataforma terrestre, aparentemente imóvel, os planetas percorrem o céu dentro de um estreito cinturão, que os antigos chamaram de Zodíaco. Hoje sabe-se que essa “avenida” do espaço é o perfil achatado de um enorme sistema em forma de disco, dentro do qual a Terra e os demais planetas acham-se aprisionados pela gravitação, condenados a girar, enquanto existirem, em torno de uma estrela central, o Sol. O complexo Sistema Solar não compreende apenas os nove planetas, mas também 31 luas ou satélites menores dos planetas, 30.000 asteróides ou planetas maiores, milhares de cometas e um número incontável de meteoros, que penetram todos os dias na atmosfera terrestre, abrindo caminho a fogo e em seguida volatizando-se.

Apesar dessa sua complexidade, o sistema solar revela uma ordem e uma harmonia extraordinárias. As órbitas dos planetas vão desde Mercúrio, que gira a 57,6 milhões de quilômetros do Sol, até o longínquo Plutão (não mais considerado planeta) cuja enorme órbita situa-se a 5.870 milhões de quilômetros de distância.
Os planetas do Sistema Solar e suas principais luas (satélites)
Fonte: commons.wikimedia.org
Os planetas efetuam suas revoluções em órbitas elípticas, a distâncias e velocidades variáveis. Deslocam-se mais velozmente quando se aproximam do Sol e mais lentamente quando se afastam deles. Os movimentos dos Planetas são governados pelo frágil equilíbrio que existe entre a inércia (isto é, sua tendência a prosseguir em linha reta) e a atração gravitacional do Sol. Este equilíbrio impede, por um lado, que eles se projetem através do Espaço e, por outro, que se precipitem na massa incandescente do Sol. As mesmas leis comandam os cometas: quando eles se afastam em suas órbitas alongadas, a força gravitacional do Sol os freia e os atrai de volta; quando tornam a se aproximar do Sol, a força da inércia leva-os a ultrapassar o astro em vez de chocar-se com ele.

Para o habitante da Terra, que vive a 149 milhões de quilômetros do Sol, as dimensões do Sistema Solar parecem fantásticas. Seu pequeno planeta tem um diâmetro de 12.640 quilômetros, menos que a décima parte do diâmetro do grande planeta Júpiter, e menos que a centésima parte do diâmetro do Sol. Seriam necessárias 1,3 milhão de esferas do tamanho da Terra para atingir o volume do Sol – e este, por sua vez, não passa de uma estrela de tamanho médio. Se imaginarmos o Sol como um esfera de 15 centímetros de diâmetro, a Terra estaria a 15 metros dele, Plutão a 800 metros e as estrelas mais próximas a quase 5.000 quilômetros de distância. E estas são as vizinhas mais próximas da Terra, na imensa Via Láctea.
Escala do Tamanho dos Planetas
do Sistema Solar
Fonte: site apolo11.com


A Via Láctea e suas Companheiras

“Como um anel de luz pura e infinita”, a Via Láctea envolve o céu de um pólo a outro. Ao admirar sua luz cor de pérola e imaginar as distâncias incomensuráveis que ele encerra, o homem deixou-se frequentemente levar-se pela fantasia. Só recentemente é que se descobriu o que a Via Láctea realmente é – uma imensa torrente de sóis, de campos estrelados, aglomerados de massa e névoa que compõem a parte visível da galáxia onde se move o sistema solar. A dificuldade em visualizar a arquitetura da Via Láctea decorre ao fato de nos encontrarmos dentro dela. No último século, entretanto, os astrônomos conseguiram superar esta limitação de perspectiva e verificaram que a porção da Via Láctea que pode ser vista da Terra é apenas o arco interior de um enorme aglomerado de estrelas, semelhantes às galáxias do Espaço Exterior. A partir da Terra, situada a cerca de 30.000 anos-luz do centro da Via Láctea, pode-se distinguir apenas uma fração das bilhões de estrelas que esta galáxia contém, apenas um segmento do seu diâmetro total de 100.000 anos-luz.
Representação do arco interior da Via Láctea que conseguimos ver da Terra,
Já que estamos dentro dela.
Fonte da foto: site astropt.org
A maior parte da matéria existente na Via Láctea – estrelas, névoas escuras de gás e poeira cósmica – encontra-se entre o disco principal da galáxia e seus braços espiralados. O conjunto da galáxia executa um movimento giratório, completando um revolução a cada 200 milhões de anos e carregando com ela a Terra e o Sol. Movimenta-se a uma velocidade de aproximadamente 950.000 quilômetros por hora. Em seu vôo pelo espaço, o imenso disco é acompanhado por um enxame de aglomerados globulares, cada um deles contendo centenas de milhares de estrelas que giram em torno do centro da galáxia.

Na vastidão do Universo, nossa galáxia não passa, contudo, de um dos membros de um agregado cósmico ainda maior, o chamado Grupo Local. Este Grupo compreende dezessete ou mais sistemas mantidos dentro de um raio de 1,5 milhão de anos-luz, pelo efeito da força gravitacional. Numa das extremidades desse vasto supersistema, move-se a “roda” luminosa da Via Láctea; na extremidade oposta situa-se a grande espiral da galáxia Andrômeda.
Galáxia Andrômeda
astronomia-algarve.blogspot.com


domingo, 26 de setembro de 2010

As Galáxias do Espaço Exterior

Quando se dirige o telescópio para além das constelações conhecidas, ultrapassando as nuvens de estrelas e os aglomerados mais distantes da Via Láctea, distingue-se um número crescente de manchas difusas e luminosas suspensas no vácuo como teias de aranha. São as galáxias exteriores, também chamadas "universos ilhados". Cada uma delas é composta de milhões de estrelas, tão profundamente enterrados no abismo do espaço que a luz que denuncia sua presença requer milhões de anos para vencer a distância que as separa da Terra. Na bacia da Grande Ursa, ou seja, um retângulo que corresponde apenas 2 milésimos de toda a esfera celeste, observam-se lanpejos de luz muito débeis, que revelam a existência de um grupo de mais de trezentas galáxias. Em comparação, nosso Grupo Local, com seus dezessete componentes, é um aglomerado minúsculo. Em geral, as galáxias do espaço exterior tendem a formar conjuntos de aproximadamente quinhentos membros. Esses agrupamentos, verdadeiras "galáxias de galáxias", são unidos entre si pela gravitação e às vezes se cruzam no curso de suas grandes viagens.

Representação de duas galáxias se encontrando

Galáxia NGS 4594, da constelação de Virgem,
é uma espiral totalmente Bobinada.
Os astrônomos estimam que cerca de 1 bilhão de galáxias se encontram ao alcance dos maiores telescópios. Reconhecem-se três principais categorias: as galáxias elípticas, representando 17 % das catalogadas; as espiraladas, perfazendo 80 %; e as irregulares, completando os 3 % restantes. Como giram em velocidades diferentes, as galáxias elípticas variam de tamanho, passando de esferas perfeitamente simétricas a discos achatados, em forma de pires. Pela mesma razão, as espirais também assumem formas variadas, desde as solidamente bobinadas, passando pelos novelos mais frouxos, como a Via Láctea, até as bem abertas, semelhantes a girândolas de fogos de artifício. O terceiro grupo de galáxias é formado por sistemas irregulares, como as Nuvens de Magalhães. São galáxias disformes, sem núcleo e sem movimento rotativo simétrico.

Uma espiral aberta, com seu núcleo
alongado, roda como girândola
de fogos de artifícios.
Certos astrônomos modernos tentam enquadrar os vários tipos de galáxias numa sequência evolutiva, sugerindo que as galáxias irregulares e turbulentas são sistemas de origem recente, destinados a transformar-se em espirais, de rotação rápida e, posteriormente, em galáxias elípticas de movimento mais vagaroso. Entretanto, a maioria dos astrônomos sustenta que todas as galáxias têm aproximadamente a mesma idade. Afirmam que os vários tipos de galáxias adquiriram sua feição característica em virtude da diferente aceleração que receberam no momento de sua formação. A velocidade inicial de uma galáxia determinou a porção de sua matéria primitiva que aglutinou para formar estrelas e a porção que continuou a vagar livremente sob a forma de nuvens de gás e poeira.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 20.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Lua e os Planetas vistos de Perto

O lançamento do primeiro Sputnik, em 1957, abriu perspectivas inéditas para a investigação planetária. Os foguetes enviados nos anos seguintes em direção à Lua puderam colocar-se em órbita ao redor desta, fotografando pela primeira vez sua face oculta, até então desconhecida. Posteriormente, a tecnologia evoluiu de tal maneira que foi possível ao homem explorar diretamente a Lua, recolhendo materiais de seu solo, fazendo observações detalhadas sobre suas condições naturais e deixando ali numerosos instrumentos científicos, inclusive estações automáticas móveis, capazes de percorrer dezenas de quilômetros em sua superfície.
Utilizando estes recursos técnicos foi possível estabelecer um mapeamento extremamente detalhado da Lua, comparável ao da própria Terra. A origem das crateras lunares pode ser atribuída com segurança ao impacto de meteoritos de todos os tamanhos. Em alguns casos, os meteoritos tinham massa tão grande, que deram lugar a uma acumulação anormal de massa no centro das crateras produzidas. Essas concentrações de massa puderam ser descobertas devido à perturbação que exercem sobre a órbita dos satélites artificiais da Lua. A instalação de sismógrafos em vários pontos da superfície lunar forneceu informações precisas sobre as camadas interiores do satélite, tornando plausível a hipótese de ainda existir ali certa atividade vulcânica. Além disso, os refletores de raios laser colocados sobre sua superfície permitiram refletir impulsos emitidos da Terra, possibilitando a medida da distância entre os pontos da Terra e da Lua com precisão de decímetros.

Superfície Lunar, fotografada pela espaçonave Apollo 11
mundomelhor96.blogspot.com
Com relação aos planetas, a pesquisa espacial já permitiu acumular dados importantes, embora infinitamente menos detalhados que os obtidos sobre a Lua. Sondas automáticas atravessaram a espessa camada de nuvens que recobre permanentemente o planeta Vênus, fornecendo informações relativamente precisas sobre sua estrutura, massa, temperatura, pressão e também seu campo magnético. Sabe-se, assim, que a atmosfera de Vênus é 15 vezes mais densa que a terrestre; que o seu campo magnético é despresível; que o gás carbônico é o principal constituinte da atmosfera; que esta contém menos de 0,1 % de vapor d' água e, enfim, a temperatura chega a 280ºC junto à superfície do planeta.Marte já foi fotografado a pequena distância, revelando uma superfície bastante semelhante à da Lua. Tanto nas calotas polares quanto nas regiões mais amenas do equador marciano, vêem-se grandes crateras criadas pela queda de meteoritos, levemente erodidas pela atmosfera rarefeita do planeta. Até agora não foi encontrado o menos traço de vida, inteligente ou não, em sua superfície, embora não estivesse excluída a possibilidade de que ele pudesse, de alguma forma, gerar ou abrigar estruturas vivas. Os planos atualmente em curso prevêem a continuação da exploração desses astros e também a dos outros planetas, desde Mercúrio, nas vizinhanças do Sol, até Netuno e Plutão, nos limites mais longínquos do Sistema Solar.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 32.

As Nuvens Cósmicas


Um dos mais profundos mistérios do Universo são as massas informes de matéria que deslizam no espaço, formando nuvens de gás e poeira. Flutuando entre as estrelas, nos braços das espirais e em grandes porções das galáxias irregulares, esse material denuncia a sua presença quando reflete a luz das estrelas adjacentes ou quando as obscurece atrás de lençóis opacos. Sua densidade é de 1 átomo por centímetro cúbico, o que supera o vácuo mais perfeito produzido na Terra. Entretanto, em algumas regiões, essas nuvens difusas são tão amplas que igualam em massa a totalidade de estrelas próximas.

As nuvens cósmicas são a matéria-prima com que se formou o Universo. Cerca de 10 mil milhões de anos atrás, de acordo com as teorias mais recentes, nossa galáxia era uma fantástica massa de hidrogênio, girando invisível num espaço sem estrelas. À medida que essa nuvem se enrolou, formaram-se turbulências e destas originaram-se turbilhões. Dentro deles, a força da gravidade começou a soldar partículas em corpos cada vez maiores. Depois, quando essas massas em expansão passaram a sofrer a compressão da gravidade, sua temperatura interna elevou-se. Em dado momento, no centro delas, os núcleos atômicos começaram a fundir-se e os átomos de hidrogênio transformaram-se em átomos de hélio. Acenderam-se assim as primeiras estrelas. Segundo se acredita, a Via-Láctea e todas as galáxias formaram-se dessa maneira. Os astrônomos afirmam que, nas imensas nuvens difusas visíveis no espaço, pode estar ocorrendo atualmente o mesmo e lento processo de criação estelar.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 22.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vizinhos próximos no Espaço

Os primeiros homens a observar o céu, às margens do Eufrates e do Nilo, perceberam que cinco estrelas luminosas mudavam de posição de uma noite para outra, seguindo um caminho aparentemente caprichoso entre as constelações. Os gregos as chamaram de planetai, que significa errantes. Hoje sabe-se que não são verdadeiras estrelas, em combustão no espaço longínquo, mas apenas companheiros frios do Sol, cuja luz refletem, como a Terra. Sabe-se também que, além dos cinco planetas visíveis a olho nu, outros três podem ser vistos ao telescópio. Por estarem próximos da Terra, o homem muitas vezes se perguntou se algum desses mundos vizinhos não abrigaria uma forma de vida semelhante à sua. 
Todas as respostas a essa questão se apóiam num postulado básico da ciência: o princípio da uniformidade da natureza, segundo o qual os elementos encontrados na Terra existem em todo o Universo e obedecem às mesmas leis físicas. Entretanto, a existência de vida nos cinco planetas externos do sistema solar está afastada. Eles são excessivamente frios, pois a temperatura superficial varia de - 110ºC em Júpiter a - 230 no longínquo Plutão (não mais considerado Planeta). Todos eles, salvo talvez Plutão, apresentam-se envolvidos por espessas nuvens de gases tóxicos. Quanto a Mercúrio, além de ser desprovido de ar, suas temperaturas atingem limites extremamente elevados. Vênus está envolto em nuvens de dióxido de carbono. As propriedades isolantes deste gás são tais que a temperatura na superfície do planeta está próxima da água fervente.
De todos os planetas, resta apenas Marte como possível reduto de vida. Embora sua temperatura máxima não atinja 10ºC, podem-se observar variações periódicas de cor neste planeta, semelhantes às produzidas pelas mudanças de estações na Terra. Só se pode afirmar, contudo, que as condições ambientais de Marte possibilitaram a existência de uma vegetação primitiva. Se existirem formas superiores de vida em outro lugar além da Terra, estas devem ser procuradas fora do sistema solar, nas vastidões estreladas da Via Láctea ou nas galáxias distantes.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 13.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Faixas marrons de Júpiter sumiram por um tempo

A atmosfera de Júpiter é composta basicamente por hidrogênio e hélio, mas também por traços de água, amônia e metano. A velocidade dos ventos supera facilmente os 500 km/h, o que deixa o ambiente bem turbulento. Basta notar os incontáveis vórtices e manchas salpicadas na “superfície”.
A principal mancha, a Grande Mancha Vermelha, é uma tempestade que já dura mais de 400 anos e não dá sinais de enfraquecer. Ela parece estar ficando cada vez mais intensa.
Outro aspecto marcante de Júpiter e sua atmosfera é a coloração das nuvens, basicamente alternando faixas mais claras, quase brancas (chamadas de zonas) e faixas mais escuras e marrons (chamadas de cinturões). As diferenças entre as cores são decorrentes das diferentes composições químicas e as reações que ocorrem na atmosfera. Agora duas das faixas marrons simplesmente sumiram!

Repare na foto direita, na parte debaixo de Júpiter: As faixas marrons
sumiram!
Desde o ano passado já se notava que duas faixas marrons conhecidas como Cinturão Equatorial Sul (SEB, em inglês) estavam sumindo. Agora em maio elas desapareceram de vez. Esse tipo de desaparecimento já foi observado antes em várias ocasiões, mas até agora não há explicações para o fenômeno. Em geral, dura dois anos, mas não ocorre em intervalos regulares.
Uma hipótese para esse sumiço misterioso é que na verdade a SEB esta lá, mas escondida abaixo de nuvens de gelo de amônia, que são mais claras. A questão é saber o que causou o aparecimento dessas nuvens em escala planetária. Uma explicação leva em conta as mudanças na direção dos ventos que trouxeram material rico em amônia sobre a SEB.
Ainda assim, por que o material somente se acumulou sobre essas duas faixas ao sul ? Enquanto teorias são formuladas e debatidas, podemos ver como ficou Júpiter sem esse cinturão sul. Por exemplo, a Grande Mancha Vermelha ficou isolada.
Normalmente essas faixas são bem fáceis de se observar, mesmo em pequenos telescópios. Espera-se que elas reapareçam em um grande retorno. Nas outras ocasiões em que a SEB desapareceu, sua volta foi marcante. De início uma pequena mancha apareceu em Júpiter. Em seguida, uma série de tempestades violentas, com vórtices pronunciados, se espalharam por toda a região sul.
Esse reaparecimento é esperado para qualquer momento nos próximos dois anos. Será um espetáculo acessível para qualquer telescópio de pequeno porte.

Fonte: G1

Nasa descobre dois planetas em trânsito


Concepção artística mostra sistema com dois planetas transitando diante da
mesma estrela
A sonda Kepler, da Nasa, descobriu dois planetas em trânsito, passando pela linha de visão entre a Terra e sua estrela. Os planetas descobertos foram batizados de Kepler-9b, que têm massa um pouco menor que a de Saturno e está mais perto da estrela, com uma órbita de aproximadamente 19 dias, e Kepler-9c, com uma órbita com cerca de 38 dias.
A câmera de precisão da sonda Kepler consegue medir variações no brilho das estrelas, algo que ocorre quando planetas transitam diante dessas estrelas. O tamanho do planeta e sua distância em relação à estrela podem ser avaliados a partir dessas reduções; e a identificação do sistema foi possível após a observação de 156 mil estrelas, trabalho que durou sete meses. A missão Kepler tem como objetivo localizar planetas do tamanho da Terra fora do nosso Sistema Solar.
Segundo Matthew Holman, cientista da missão Kepler do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, em Cambridge, esta é a primeira detecção clara de mudanças significativas nos intervalos de um trânsito planetário para o outro, o que chamamos de variações de tempo de trânsito, e isso é uma evidência da interação gravitacional entre os dois planetas.
Além da confirmação dos dois planetas gigantes, os cientistas identificaram o que parece ser um terceiro planeta em trânsito nas observações do Kepler-9. O sinal é compatível com o de um planeta escaldante com cerca de 1,5 vez o traio da Terra, a uma órbita de 1,6 dias da estrela. Observações adicionais são necessárias para determinar se esse sinal é mesmo de um planeta, ou de um fenômeno astronômico que imita a aparência de um trânsito.


*Com informações do estadão.com.br

Omega Centauri/Imagem

Imagem de Omega Centauri feita pelo Wise, telescópio de luz infravermelha.
Nasa
Omega Centauri ou NGC 5139 é um aglomerado globular situado na constelação de Centaurus.

O telescópio orbital Wise, da Nasa, fotografou este alvo predileto dos astrônomos amadores, que pode ser observado a olho nu no hemisfério sul.

Omega Centauri contém aproximadamente 10 milhões de estrelas e fica a cerca de 16.000 anos-luz da Terra. A imagem do Wise cobre uma área do céu equivalente à de um retângulo de 3 x 2 luas cheias.

Acreditava-se que Omega Centauri era uma estrela, mas identificou-se como uma nebulosa em 1677. Em 1830, John Herschel determinou que se tratava de um aglomerado globular de estrelas. Aglomerados globulares são grupos esféricos de estrelas unidas pela gravidade.

Omega Centauri é uma espécie de "ovelha negra" dos aglomerados globulares, já que tem diversas características que o diferenciam dos demais. Por exemplo, tem dez vezes a massa de um aglomerado típico e agrega estrelas de diferentes idades, enquanto que os outros aglomerados são compostos por uma única geração de astros.

Pesquisas recentes indicam que existe um buraco negro no centro de Omega Centauri. Isso sugere que o aglomerado é, na verdade, uma galáxia anã que de algum modo perdeu suas estrelas mais externas.
"Estadão"

Nasa quer enviar sonda para a atmosfera Solar


Impressão artística de sonda SPP chegando perto do Sol (Foto: NASA)
A Nasa (agência espacial americana) anunciou o plano de lançar uma nave não-tripulada para tentar chegar mais perto do que nunca do Sol.
Cientistas esperam lançar a sonda Solar Probe Plus (SPP), com o objetivo de alcançar a camada mais externa da atmosfera do astro, antes de 2018.
Antes de ser destruída por temperaturas acima dos 1.400°C, a nave terá que obter informações valiosas sobre o Sol.
O custo do projeto da sonda solar deve ficar em torno de US$ 180 milhões (cerca de R$ 306 milhões).
Para suportar as temperaturas e a radiação, os instrumentos serão protegidos por um enorme escudo anticalor, feito de um composto de carbono, que ainda precisa ser construído.
O Sol é um dos poucos lugares para os quais o homem ainda não enviou naves espaciais.
"Tentar entender como o Sol influencia a Terra é algo um tanto importante hoje em dia", disse à BBC News Richard Harrison, físico solar do laboratório britânico Rutherford Appleton.
"A única coisa que nós nunca fizemos é realmente ir lá. Você imagina uma nave espacial voando até Marte ou Vênus, mas com o Sol, é um pouco diferente. [Mas nós somos capazes de enviar] uma nave perto do Sol e este é o plano para a próxima geração da navegação espacial", afirmou.
Lika Guhathakurta, cientista do programa Solar Probe Plus na sede na Nasa, em Washington (EUA), disse que, "pela primeira vez, nós seremos capazes de tocar, sentir o gosto e cheirar o nosso Sol".
A nave sera equipada com vários instrumentos, entre eles um detector de partículas do vento solar, uma câmera 3D e um dispositivo para medir o campo magnético.
A camada mais externa da atmosfera do Sol é chamada de "coroa" e é muitas centenas de vezes mais quente que a fotosfera, ou a superfície visível da estrela.
Harrison afirma que, para muitas pessoas, pode parecer estranho que o Sol realmente tenha uma atmosfera.
Mas ele tem, segundo ele explica; "É este plasma de milhões de graus, [feito de] partículas carregadas, presas em circuitos magnéticos, algo como supercampos magnéticos".
Um dos objetivos da missão SPP é entender a natureza do "vento solar", a massa de partículas carregadas que se propaga para longe do Sol e em direção do espaço.
"Os experimentos selecionados para o Solar Probe Plus são especificamente projetados para resolver duas questões-chave da física solar: por que a camada mais externa da atmosfera do Sol é tão mais quente que a sua superfície visível, e o que impulsiona o vento solar, que afeta a Terra e o nosso Sistema Solar", diz Dick Fisher, diretor da Divisão de Heliofísica da Nasa, em Washington.
"Nós temos confrontado estas questões por décadas e esta missão deve finalmente nos trazer as respostas".
O SPP não é o único projeto em andamento para se chegar próximo ao Sol. Tanto a Nasa quanto a Agência Espacial Europeia estão trabalhando em outra missão chamada Solar Orbiter, um satélite que também pode chegar à estrela até o fim desta década.
No entanto, o professor Harrison diz que o SPP tem objetivos bem mais ambiciosos.
"A sonda solar vai literalmente atravessar uma parte da atmosfera do Sol, e isso nunca foi feito antes", afirma.
"O verdadeiro desafio será tirar as medidas - você não quer somente medir os efeitos que você levou à atmosfera [por meio da nave espacial]".
"É um pouco como se você estivesse conduzindo um barco por um rio e medindo algo sobre a superfície - você não quer medir as ondulações causadas pelo barco. É um verdadeiro desafio, mas é algo factível".
"Globo.com"

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Luzes brilhantes


A névoa esverdeada é composta de HPAs, que formam as estrelas;
inclusive essas duas estrelas super brilhantes (amarelo)
Duas estrelas muito brilhantes iluminam uma névoa esverdeada nesta imagem de "GLIMPSE360", o Telescópio Espacial Spitzer da pesquisa. Essa névoa é composta de hidrogênio e compostos de carbono chamados de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que também são encontrados aqui na Terra em veículo coberto de fuligem e gases de escape em grades de ferro retorcido. No espaço, formam-se HPAs nas nuvens escuras que dão origem a estrelas. Estas moléculas fornecem aos astrônomos uma maneira de visualizar as periferias das nuvens de gás e estudar as suas estruturas em grandes detalhes. Eles realmente não são verdes, mas são codificadas por esta cor nestas imagens para permitir que os cientistas vêem seu brilho no infravermelho.
Esta imagem é uma combinação de dados de Spitzer e o "Two Micron All Sky Survey", (2MASS). Os dados do Spitzer foram tomados depois do líquido de arrefecimento Spitzer secarem em maio de 2009, marcando o início de sua "missão morno"

Crédito da imagem: NASA/JPL-Caltech/2MASS/SSI/Universidade de Wisconsin

Ataque Maciço/Massivo


Ataque Maciço/Massivo
Esta imagem mostra a erupção de um galáctico "super-vulcão" na galáxia M87 maciça (massiva), como testemunhado por Chandra da NASA X-ray Observatory e NSF Very Large Array (VLA). A uma distância de cerca de 50 milhões de anos-luz, M87 é relativamente perto da Terra e está no centro do aglomerado de Virgem, que contém milhares de galáxias.
O cluster em torno M87 é preenchido com gás quente brilhando em raios-X (e mostrados em azul) que é detectado pelo Chandra. Como este gás se esfria, ele pode cair em direção ao centro da galáxia onde se deve continuar a arrefecer ainda mais rápido e formar novas estrelas.
No entanto, observações no rádio, com o VLA (vermelho) sugerem que, em M87, jactos de partículas muito energéticas produzidas pelo buraco negro pode interromper este processo. Estes jatos levantariam o gás relativamente frio, perto do centro da galáxia e produziriam ondas de choque na atmosfera da galáxia por causa da sua velocidade supersônica. A interação desta "erupção cósmica" com o ambiente da galáxia é muito semelhante à do vulcão na Islândia Eyjafjallajökull que ocorreu em 2010. Com Eyjafjallajökull, bolsões de gás quente foram soprados através da superfície da lava, gerando ondas de choque que podiam ser vistas passando a fumaça cinza do vulcão. Este gás quente, em seguida, sobe na atmosfera, arrastando a fumaça cinza escuro com ele. Este processo pode ser visto em um filme do vulcão Eyjafjallajökull onde a propagação de ondas de choque na fumaça são seguidas por um aumento de nuvens de cinza escuro para a atmosfera.
Na analogia com Eyjafjallajökull, as partículas energéticas produzidas nas proximidades da subida do buraco negro através do raio-X emitem no ambiente de cluster, levantando o mais legal do gás perto do centro de M87 em seu rastro. Isso é semelhante ao que os gases quentes vulcânicos arrastam as nuvens de cinza escuro. E, assim como o vulcão aqui na Terra, ondas de choque podem ser vistos quando as bombas de partículas energéticas do buraco negro chegam no gas cluster.

Créditos da imagem: X-ray: NASA / CXC / KIPAC / N. Rádio Werner et al: NSF / NRAO AUI / W /. Algodão

A Nebulosa do Véu

Se tiver alguma palavra ou frase errada, me desculpem. Estava em inglês e não sei se a tradução ficou totalmente correta! Obrigada. 
A Nebulosa do Véu
Delicadas na aparência, estes filamentos de choque, gás brilhante, drapeado no céu do planeta Terra em direção à constelação de Cygnus, compõem a Nebulosa do Véu.
A nebulosa é um remanescente de supernova grande, uma nuvem de expansão, nascida da explosão (morte) de uma estrela massiva.
A luz da explosão da supernova original provavelmente atingiu a Terra mais de 5.000 anos atrás.
Também conhecido como o Cygnus Loop, a Nebulosa do Véu agora mede cerca de 3 graus ou cerca de 6 vezes o diâmetro da Lua cheia.
Isso se traduz em mais de 70 anos-luz na sua distância estimada de 1.500 anos-luz.
Na verdade, a Nebulosa do Véu é tão grande que suas partes mais brilhantes são reconhecidas como independentes, incluindo Vassoura da Bruxa (NGC 6960) na parte inferior desta visão deslumbrante do céu e do Triângulo Pickering (NGC 6979) abaixo e à direita do centro. Na parte superior é o Assombro IC 1340.

Caos no Coração de Orion

Se tiver alguma palavra ou frase errada, me desculpem. Estava em inglês e não sei se a tradução ficou totalmente correta! Obrigada. 

A mancha amarela (centro da imagem) são as estrelas que formam o Tra-
pézio; os redemoinhos em verde são pelo Hubble e os  fios de vermelho e
laranja são pelo Spitzer. Lindo!
"Os Telescópios Espaciais "Spitzer" e "Hubble" uniram-se para expôr o caos que estrelas bebês estão criando à 1500 anos-luz de distância em uma nuvem cósmica chamada Nebulosa de Órion. Este composto notável indica que quatro estrelas monstruosamente grandes, chamadas coletivamente de "Trapézio", no centro da nuvem, podem ser as principais culpadas, na constelação de Orion, por uma visão familiar na queda e no céu da noite de inverno no hemisfério norte. A comunidade pode ser identificada como a mancha amarela, perto do centro da imagem.
Redemoinhos de verde, e exibição de luz ultravioleta visivel vindas do Hubble revelaram hidrogênio e gás de enxofre, aquecidos e ionizados pela radiação ultravioleta intensa de estrelas do Trapézio. Enquanto isso, a visão de infravermelho do Spitzer expõe as moléculas ricas em carbono, chamado de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos na nuvem. Estas moléculas orgânicas foram iluminados pelas estrelas do Trapézio, e são mostrados na composição como fios de vermelho e laranja. Na Terra, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são encontrados na torrada queimada e em veículos automotores.
Os ventos estelares a partir de aglomerados de estrelas recém-nascidas espalhadas por toda a nuvem gravadm todas as cristas e cavidades bem definidas em Órion. A cavidade grande perto da direita da imagem foi provavelmente esculpida pelos ventos das estrelas do Trapézio. Localizado a 1.500 anos-luz de distância da Terra, a nebulosa de Órion é o ponto mais brilhante da espada de Orion, ou Constelação "Hunter". A nuvem cósmica é também mais próximo da nossa fábrica de formação de estrelas massivas, e os astrônomos acreditam que ele contém mais de 1.000 jovens estrelas."

Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / STScI

A Nebulosa Roseta (da Rosa)


A Nebulosa - Roseta.
Foto: Site Nasa/Image of the Day
Localizada a cerca de 5.000 anos-luz da Terra, essa imagem composta mostra a Roseta, região de formação estelar. Os dados do Chandra X-ray Observatory são pintados de vermelho e delineado por uma linha branca. Os raios X revelam centenas de estrelas jovens no cluster central e aglomerados fracos de ambos os lados. Dados ópticos do Digitized Sky Survey e o Observatório Nacional Kitt Peak (roxo, laranja, verde e azul) mostram grandes áreas de gás e poeira, incluindo as colunas gigantes que ficaram para trás depois de intensa radiação de estrelas massivas corroeu o gás mais difusa.
Um estudo recente do Chandra cluster no lado direito da imagem, chamada NGC 2237, fornece a primeira prova das estrelas de baixa massa do aglomerado de satélite. Anteriormente, apenas 36 jovens estrelas foram descobertas em NGC 2237, mas o trabalho de Chandra tem aumentado esse exemplo para cerca de 160 estrelas. A presença de vários raios-X emitem estrelas ao redor dos pilares e da detecção de uma saída - normalmente associados com muito jovens estrelas - proveniente de uma área escura da imagem óptico indica que a formação estelar continua em NGC 2237. Combinando esses resultados com estudos anteriores, os cientistas concluem que o cluster central formado em primeiro lugar, seguido pela expansão da nebulosa, o que provocou a formação de dois clusters vizinhos, incluindo a NGC 2237.

Crédito de imagem: raios-X (NASA / CXC / SAO / Wang J et al.) Óptica (DSS & NOAO / AURA / NSF / KPNO 0,9 m / Reitor T. et al)

Hubble fotografa planeta com cauda de cometa

Planeta-Cometa
Usando o Telescópio Espacial Hubble, astrônomos confirmaram a existência de um exoplaneta extremamente quente que poderia ser chamado de "planeta cometário".
O planeta gigante gasoso, chamado HD 209458b, está orbitando sua estrela a uma distância tão pequena que o calor está fazendo sua atmosfera ferver e escapar para o espaço.
Os gases que escapam formam uma espécie de cauda, típica dos cometas - daí o nome de planeta cometário, ou planeta-cometa.
"Desde 2003 os cientistas vêm teorizando que a massa perdida está sendo empurrada para trás, formando uma cauda, e eles até mesmo calcularam a aparência provável [do planeta-cometa]," conta Jeffrey Linsky astrônomo da Universidade do Colorado em Boulder.
"Acreditamos agora ter a melhor evidência observacional para apoiar essa teoria. Nós medimos o gás sendo ejetado do planeta em velocidades específicas, uma parte chegando até a Terra. A interpretação mais provável é que nós medimos a velocidade do material em uma cauda," diz o astrônomo.

Os gases que escapam formam uma espécie de cauda, típica dos cometas -
daí o nome de planeta cometário, ou planeta-cometa. Esta é uma visão
artística do HD 209458b. [Imagem: NASA/ESA/G. Bacon(STScI)]
Elementos pesados
O planeta, localizado a 153 anos-luz da Terra, pesa um pouco menos do que Júpiter, mas orbita sua estrela a uma distância 100 vezes menor.
O exoplaneta, que está sendo literalmente cozido, gira ao redor de sua estrela em apenas 3,5 dias - para comparação, o planeta mais rápido do nosso Sistema Solar, Mercúrio, orbita o Sol em 88 dias.
Um dos instrumentos do Hubble detectou os elementos pesados carbono e silício na atmosfera superquente do planeta - que atinge quase 1.100 graus Celsius. Isto revela que sua estrela-mãe está aquecendo a atmosfera inteira, permitindo que até mesmo os elementos mais pesados escapem do planeta.
Isto torna o fenômeno radicalmente diferente do que ocorre com os demais planetas, inclusive com os planetas do Sistema Solar, que também "perdem" elementos para o espaço. Recentemente, uma sonda da NASA fotografou a "cauda" do planeta Mercúrio. Mesmo a Terra perde toneladas de atmosfera para o espaço todos os anos.
A fuga de material do exoplaneta agora estudado, contudo, é muito lenta. Os cientistas estimam que o planeta, que é muito grande, não será totalmente consumido em menos do que um trilhão de anos.

Fonte: Inovação Tecnológica

Superfície de Marte teve contato com água líquida

"Novos dados proporcionados pela sonda Phoenix Lander sugerem que água líquida interagiu com a superfície marciana ao longo da história do planeta, informou a Nasa nesta quinta-feira. A Phoenix também proporcionou novas evidências de que houve atividade vulcânica no Planeta Vermelho em tempos geológicos considerados "recentes", há vários milhões de anos.
Embora o robô, que chegou a Marte em 25 de maio de 2008, já tenha deixado de funcionar, a Nasa segue analisando os dados recolhidos durante seus dois anos de missão.

Estudos afirmam que há água em Marte!
Estas descobertas recentes se baseiam nos dados sobre o dióxido de carbono, que constitui cerca de 95% da atmosfera marciana. "O dióxido de carbono atmosférico é como um produto químico espião", assinalou em comunicado Paul Niles, cientista do Centro Espacial Johnson, em Houston.
"Cada parte do dióxido se infiltra na superfície de Marte e pode indicar onde e quando houve presença de água", explicou. As medições foram realizadas por um instrumento especial da Phoenix para analisar o gás.
O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa declarou "morto" no último dia 25 de maio o laboratório Phoenix, que encontrou evidências de água em Marte, por não conseguir superar o inverno no "planeta vermelho".

Fonte: Blog da Astronomia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Gregos registraram cometa Halley há 2478 anos

"Evento no século V a.C. pode ser o mais antigo registro de visão do cometa Halley, segundo informações do site da revista NewScientist. De acordo com documentos da antiguidade, um meteorito caiu no norte da Grécia em algum momento entre os anos de 466 e 468 a.C. Tais documentos descrevem que havia um cometa no céu no momento em que o meteorito caiu.
Este cometa seria o Halley, que é visível da Terra a cada 75 anos. O tempo registrado nos documentos corresponde exatamente ao tempo esperado para uma passagem do Halley. O filósofo Daniel Graham e o astrônomo Eric Hintz, ambos da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, compararam as descrições do cometa realizadas pelos gregos com o caminho que o Halley deve ter realizado à época.

Cometa Halley
Os documentos traziam a informação que o cometa foi visível por 75 dias, acompanhado por ventos e estrelas cadentes. Os pesquisadores descobriram que o cometa provavelmente foi visível por no máximo 82 dias, entre 4 de junho e 25 de agosto de 466 a.C., portanto, as informações coincidem. Neste período, a Terra estava se movendo abaixo da cauda do cometa, portanto realmente poderia haver estrelas cadentes.
Segundo Graham, em declaração ao NewScientist, nada disso prova realmente que era o cometa Halley, porém cometas desse tamanho são raros. Anteriormente, o registro mais antigo de visão do cometa era de astrônomos chineses 240 anos antes de Cristo. Os pesquisadores dizem que este pode ser um momento crucial na história da astronomia."

Fonte: Blog da Astronomia

Galáxia Super-Vento/NGC 4666

"A galáxia NGC 4666 teve imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Espacial Europeu do Sul). O telescópio MPG/ESO, localizado no Observatório de La Silla, no Chile, captou a foto. A NGC 4666 tem formação estelar intensa e seus gases formam "superventos".
Esta imagem será utilizada para estudo de outros objetos detectados anteriormente em observações de raios-X. Não é a primeira vez que esta galáxia foi visualizada: o telescópio da ESA XMM-Newton já havia captado imagens dela anteriormente.

NGC 4666 é uma galáxia que apresenta formação estelar intensa e um "super-
vento" de gás

Foto: ESO/Divulgação
Localiza-se a aproximadamente 80 milhões de anos-luz da Terra. Sua forte formação de estrelas, acredita-se, é causada por interações gravitacionais entre ela e suas galáxias vizinhas. Incluídas nestas está a NGC 4668, que pode ser vista no canto esquerdo inferior da imagem.
Já os "superventos" são causados por combinações de explosões de supernovas e ventos ocasionados por estrelas de grande massa. Essas combinações lançam jatos de gás da galáxia para o espaço. Os "superventos" são de grande dimensão, se originam na região central da galáxia e estendem-se por milhares de anos-luz. Seus gases são quentes, o que causa a emissão de radiação em raios-X e rádio, o que impede sua observação em fotos."

Fonte: Blog Da Astronomia

Astrônomos flagram estrela devorando outra e gerando planetas

"Uma equipe de astrônomos pode ter flagrado uma estrela no ato de devorar outra e criando uma segunda geração de planetas a partir do disco de "sobras".
Usando dados do Observatório de Raios X Chandra, o grupo de Joel Kastner, do Instituto de Tecnologia de Rochester, encontrou sinais de que uma estrela variável na constelação de peixes, BP Piscium, não é a estrela jovem que aparenta ser, mas sim uma gigante vermelha que engoliu uma estrela ou planeta da vizinhança, diz nota divulgada pelo instituto.
O artigo científico que descreve a hipótese será publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Ilustração de BP Piscium, com disco e jatos de matéria
Foto: Estadão
Desde que foi descoberta há 15 anos, a estrela vem confundindo os cientistas, ao apresentar características tanto de um astro jovem quando de uma estrela velha.
Kastner atribui a possivelmente enganosa juventude da estrela a duas coisas: um disco de material que lembra os discos onde se formam planetas ao redor de estrelas novas e os jatos de material que partem dos polos do astro. Uma estrela jovem acumula material do disco, que cai em sua direção, absorvendo cerca de 90% do que cai e reciclando o restante para o espaço, através dos jatos.
Outros detalhes, no entanto, apontam na direção oposta. Por exemplo, a estrela existe isolada, enquanto que a maioria das estrelas jovens se formam em aglomerados.
Os dados do Chandra mostram que a estrela é uma fonte pobre de raios X, o que vai contra a hipótese de juventude. Em nota, Kastner refere-se a esse dado como "o prego no caixão" da ideia de que BP Piscium seria uma estrela de formação recente.


BP Piscium (no centro) e prováveis discos
e jatos de matéria "saindo" dela.

A taxa de emissão, de acordo com ele, é compatível com a de estrelas velhas que giram rapidamente, de uma classe que, acredita-se, surge quando uma estrela engole outra.
"As companheiras dessas estrelas gigantes caíram dentro delas e fazem com que girem mais rápido", explica Kastner. "Nossa hipótese de trabalho é que estamos olhando para a estrela bem no ponto em que ela acabou de engolir a companheira e, assim, formou o disco. pare do material que compunha a companheira caiu na estrela, e parte foi expelido em alta velocidade, e é a isso que estamos assistindo".
Embora planetas próximos que eventualmente existissem tenham sido engolidos quando a estrela se tornou uma gigante vermelha, uma segunda rodada de formação de planetas pode estar em andamento no disco, centenas de milhões de anos após a primeira.
Outro artigo científico, baseado em dados do telescópio espacial Spitzer, indica evidência de um planeta gigante no disco. Esse pode ser um novo exoplaneta, ou um que sobreviveu ao cataclismo."

Fonte: Estadão

Cometa 103P/Hartley 2 - Outubro de 2010

Passagem do Cometa em Outubro: Atualmente está visível no hemisfério norte com magnitude 7,4. Mas ao atingir o periélio, em 22 de outubro, estará bem sobre a acliptica, acredito que será visível nos dois hemisférios.

Sua órbita é externa à da Terra, o que significa que não teremos o sol para atrapalhar.

Só não sei se ele ainda tem material brilhante na superfície suficiente para atingir magnitude visível a olho nú, pois ele é periódico e tem um período relativamente curto.(6,47 anos). Deve estar "gasto".

103P/Hartley 2 - Novembro/1997
Sobre o Cometa: O cometa Hartley 2, designado oficialmente 103P/Hartley, é um pequeno cometa periódico com um período orbital de 6,46 anos. Ele foi descoberto por Malcolm Hartley em 1986, com o telescópio Schmidt Unidade de Siding Spring, na Austrália. O seu diâmetro é Estimado entre 1,2 e 1,6 km.

Há previsto um sobrevôo do Hartley 2 pela nave espacial Deep Impact, com uma maior aproximação de 700 quilômetros em 04 de novembro de 2010. Esta é uma parte da missão EPOXI.

O cometa passará a 0,12 UA da Terra no dia 20 de outubro de 2010, o que é apenas oito dias antes da sua chegada ao periélio, em 28 de outubro de 2010. Durante esta passagem, o cometa, dependendo das condições do local da observação, poderá ser observado a olho nu, com magnitude 4.1. Binóculos deve torná-lo um alvo fácil.

Cometa 103P/Hartley 2

Espiral ao lado de estrela gigante

"O que criou esse enorme e misterioso espiral espacial? Nenhum astrônomo sabe ao certo. Suspeita-se que seja um sistema binário de estrelas que entrou em uma fase de nebulosa planetária, quando sua atmosfera exterior foi ejetada.

O espiral tem meio ano luz de comprimento e tem uma taxa de expansão incrível: a cada 800 anos uma nova camada de poeira deve aparecer.
Misterioso espiral (esquerda) e estrela gigante.
Essa estrutura desconhecida foi catalogada como IRAS 23166+1655.

A foto foi tirada em infravermelho pelo Hubble. Suspeita-se que a iluminação do espiral misterioso seja proveniente de estrelas próximas mas, novamente, nenhum astrônomo tem certeza"

Fonte: Hypescience

ESO divulga imagem de estrela gigante bebê

Navegando pela comunidade "Astronomia", vi um tópico do Ivan, jornalista e redator do portal Terra, sobre a imagem da estrela gigante bebê. Achei muito linda a imagem, e vou postar aqui com o textinho.

"O Observatório Espacial Europeu (ESO) divulgou nesta terça-feira a imagem de uma estrela maciça bebê. A imagem inédita é uma sobreposição de imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Agência Espacial Americana (Nasa), e pelo telescópio do ESO em terra. As informações são da agência AFP.


A imagem prova que as estrelas maciças nascem da mesma forma de suas 'irmãs' menores
 Foto: AFP

Segundo os astrônomos, a imagem é a primeira evidência direta de que as estrelas muito grandes – aquelas que têm a massa no mínimo 10 vezes maior que o nosso Sol – nascem da mesma forma que as irmãs menores, a partir de uma nuvem de poeira e gás em forma de disco."

Fonte: Notícias Terra/Créditos ao Ivan, jornalista e redator do portal Terra.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Astrônomos descobrem sistema planetário semelhante ao Solar

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul descobriram um sistema planetário com pelo menos cinco planetas que orbitam uma estrela semelhante ao Sol, chamada HD 10180, a 127 anos-luz de distância da Terra. Os pesquisadores também têm a evidência da existência de mais dois planetas, um dos quais teria a menor massa já descoberta. Isso tornaria o sistema similar ao nosso Sistema Solar, em termos de número de planetas (sete em relação a oito do Sistema Solar). Além disso, a equipe também encontrou evidências de que as distâncias dos planetas da estrela seguem um padrão regular, como também é visto no nosso Sistema Solar.

"Nós descobrimos o que provavelmente é o sistema com mais planetas já descoberto", diz Christophe Lovis, autor do estudo. “Esta descoberta notável também destaca o fato de que agora estamos entrando em uma nova era na investigação de exoplanetas: o estudo dos sistemas complexos e não apenas dos planetas individualmente. Estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam complexas interações gravitacionais entre os planetas e nos dão pistas sobre a evolução a longo prazo do sistema." A equipe de astrônomos usou o espectrógrafo Harps, ligado ao telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul) em La Silla, no Chile, em um estudo de seis anos da estrela HD 10.180, situada a 127 anos-luz de distância, ao sul da constelação de Hidra Macho.

Observatório Astronômico em La Silla, no Chile
Foto: Mulher das Estrelas (blog)
Graças ao Harps, os astrônomos detectaram os minúsculos movimentos da estrela causados pelo complexo de atração gravitacional dos cinco ou mais planetas. Os cinco sinais mais fortes correspondem aos planetas com massas semelhantes a Netuno - entre 13 e 25 massas terrestres - que orbitam a estrela, com períodos que variam de cerca de 6 a 600 dias. Esses planetas estão situados entre 0,06 e 1,4 vezes a distância Terra-Sol de sua estrela. "Também temos boas razões para acreditar que existam mais dois planetas", diz Lovis. Um deles seria um planeta como Saturno (com 65 massas terrestres) e órbita de 2.200 dias. O outro seria o exoplaneta menos massivo já descoberto até hoje, com uma massa de cerca de 1,4 vezes a da Terra. Ele estaria muito perto da sua estrela, a apenas 2% da distância Terra-Sol. Um ano neste planeta duraria apenas 1,18 dias terrestres.
"Este objeto teria um efeito na estrela de apenas 3 km/hora- mais lento que a velocidade de caminhada - e este movimento é muito difícil de medir", diz o membro da equipe Damien Ségransan. Se confirmado, este objeto seria um outro exemplo de um planeta rochoso quente, semelhante ao Corot-7b. O sistema recentemente descoberto de planetas em torno de HD 10180 é único em vários aspectos, diz o ESO. Primeiro, com pelo menos cinco planetas como Netuno em uma órbita semelhante a de Marte, este sistema é mais povoado do que o nosso Sistema Solar e tem muito mais planetas massivos.

Suposto Sistema Solar parecido com o nosso, tanto em número de planetas
como em distâncias dos planetas
Foto: Notícias Uol
 Além disso, o sistema provavelmente não tem nenhum planeta gigante gasoso semelhante a Júpiter e todos os planetas parecem ter órbitas quase circulares. Até agora, os astrônomos conhecem quinze sistemas com pelo menos três planetas. O último detentor do recorde era de 55 Cancri, que contém cinco planetas, dois deles sendo planetas gigantes. "Sistemas de planetas de baixa massa como o da estrela HD 10180 parecem ser bastante comuns, mas a história de sua formação continua a ser um quebra-cabeça", declara Lovis.

Fonte: Notícias Uol
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