domingo, 10 de outubro de 2010

A Via Láctea e suas Companheiras

“Como um anel de luz pura e infinita”, a Via Láctea envolve o céu de um pólo a outro. Ao admirar sua luz cor de pérola e imaginar as distâncias incomensuráveis que ele encerra, o homem deixou-se frequentemente levar-se pela fantasia. Só recentemente é que se descobriu o que a Via Láctea realmente é – uma imensa torrente de sóis, de campos estrelados, aglomerados de massa e névoa que compõem a parte visível da galáxia onde se move o sistema solar. A dificuldade em visualizar a arquitetura da Via Láctea decorre ao fato de nos encontrarmos dentro dela. No último século, entretanto, os astrônomos conseguiram superar esta limitação de perspectiva e verificaram que a porção da Via Láctea que pode ser vista da Terra é apenas o arco interior de um enorme aglomerado de estrelas, semelhantes às galáxias do Espaço Exterior. A partir da Terra, situada a cerca de 30.000 anos-luz do centro da Via Láctea, pode-se distinguir apenas uma fração das bilhões de estrelas que esta galáxia contém, apenas um segmento do seu diâmetro total de 100.000 anos-luz.
Representação do arco interior da Via Láctea que conseguimos ver da Terra,
Já que estamos dentro dela.
Fonte da foto: site astropt.org
A maior parte da matéria existente na Via Láctea – estrelas, névoas escuras de gás e poeira cósmica – encontra-se entre o disco principal da galáxia e seus braços espiralados. O conjunto da galáxia executa um movimento giratório, completando um revolução a cada 200 milhões de anos e carregando com ela a Terra e o Sol. Movimenta-se a uma velocidade de aproximadamente 950.000 quilômetros por hora. Em seu vôo pelo espaço, o imenso disco é acompanhado por um enxame de aglomerados globulares, cada um deles contendo centenas de milhares de estrelas que giram em torno do centro da galáxia.

Na vastidão do Universo, nossa galáxia não passa, contudo, de um dos membros de um agregado cósmico ainda maior, o chamado Grupo Local. Este Grupo compreende dezessete ou mais sistemas mantidos dentro de um raio de 1,5 milhão de anos-luz, pelo efeito da força gravitacional. Numa das extremidades desse vasto supersistema, move-se a “roda” luminosa da Via Láctea; na extremidade oposta situa-se a grande espiral da galáxia Andrômeda.
Galáxia Andrômeda
astronomia-algarve.blogspot.com


Um comentário:

  1. Oi, Thainá!
    Gostaria de saber, se alguém (astrônomo,cientista, físico, matemático, etc)já tentou prelo menos, calcular o valor do torque produzido por um sistema como esse? sabe me informar? Obrigado! [1]!

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