segunda-feira, 21 de março de 2011

Traje espacial para futuras viagens à Marte

Traje espacial é testado na Antártida. Foto: Reuters
Traje espacial é testado na Antártida
Foto: Reuters

Uma equipe da Nasa testou um traje espacial em uma região de condições ambientais extremas, em uma base da Argentina na Antártida que tem características semelhantes a algumas das encontradas em Marte, para um possível uso numa visita ao planeta vermelho.
O traje espacial NDX-1, projetado pelo engenheiro aeroespacial argentino Pablo De León, suportou temperaturas glaciais e ventos de mais de 75 km/h enquanto pesquisadores testavam técnicas de coleta de amostras em Marte.
"Esta foi a primeira vez que levamos os trajes para um meio tão extreme, isolado, de um modo que se algo desse errado não pudéssemos simplesmente ir até a 'loja' e comprar material para os reparos", afirmou recentemente De León, depois de retornar da expedição de uma semana de duração.
O protótipo do traje, no valor de US$ 100 mil e criado com recursos da Nasa, é feito de mais de 350 materiais, incluindo fibras de carbono e fibras sintéticas de aramida Kevlar para reduzir seu peso sem perder resistência.
Durante a missão "Marte em Marambio", que leva o nome da base da força aérea argentina, uma equipe de cientistas da Nasa realizou caminhadas espaciais simuladas, operou equipamentos e coletou amostras enquanto usava a roupa.
O próprio De León vestiu o traje pressurizado, que, segundo ele, é propenso a fazer com que qualquer um se sinta claustrofóbico. Os pesquisadores escolheram Marambio porque, em comparação com outras bases na Antártida, ela tem acesso mais fácil à camada de "permafrost" - o subsolo que permanece congelado a maior parte do ano.
De León, que dirige o laboratório de trajes espaciais na Universidade de Dakota do Sul, nos EUA, disse que a Antártida é ideal para coleta de amostras, por ser um dos lugares menos contaminados da Terra e também por permitir algumas observações sobre o impacto no traje.
"Marte é uma mistura de muitos ambientes diferentes: desertos e temperaturas e ventos como na Antártida", afirmou De León. "Por isso, nós tentamos pegar porções de diferentes lugares e tentar ver se nosso sistema pode suportar os rigores de Marte se formos para lá."
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse no ano passado que até meados dos anos 2030 seria possível enviar astronautas para a órbita de Marte e trazê-los de volta à Terra com segurança. A etapa seguinte seria a aterrissagem em Marte.
Mas uma missão tripulada ao planeta mais parecido com a Terra no sistema solar pode estar ainda mais distante, já que a Nasa está tendo de apertar seu orçamento.

Um comentário:

  1. Olá, Thainá!
    Vesti azul, minha sorte então... mudou! O precinho dela é bem salgado, mas, com todos aqueles materiais presentes em sua construção, só podeia dar nisso mesmo. Convenhamos, O traje não é caro, nós é que somos... BR! Gostei da cor do traje e em se tratando da exploração do planeta vermelho, taí... isso funciona como um fator de segurança visual, para o caso de ter que localizar alguém em apuros.
    Um abraço!!!!!

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