quinta-feira, 21 de março de 2013

Pisca-pisca noturno? Luzes do passado?

Olá Astroleitores!
Adivinharam o tema da postagem?
Fonte da imagem: Tumblr
Ah, as estrelas... particularmente, um de meus assuntos prediletos. Tão inspiradoras! Mas deixando o lado lírico e poético destas belezinhas a parte, elas também impressionam quanto ao lado científico. 

Estrelas... elas cintilam, certo?

Errado!

Aquele pisca-pisca que vemos no céu noturno é apenas uma ilusão de ótica. O que cintila não são as estrelas propriamente ditas, e sim a imagem que temos delas. O brilho desses corpos celestes tem de atravessar mais de 100 quilômetros da atmosfera terrestre antes de chegar aos nossos olhos e, durante essa travessia, os raios são "balançados" pelo ar, dando a impressão de que as estrelas têm sua luminosidade alterada o tempo todo. 
Por parecerem pequenos pontinhos vistas daqui, quando a atmosfera age em sua luz e distorce suas imagens, a ilusão que temos é a do efeito pisca-pisca. Esse mesmo efeito não ocorre com os planetas visíveis a olho nu - Marte, Vênus, Júpiter e Mercúrio - já que aos nossos olhos suas imagens são maiores que as das estrelas, logo a distorção submetida pela atmosfera não é o suficiente para fazê-los cintilar. Apesar de que até mesmo os planetas, quando o ar está muito agitado, podem parecem piscar.
Vale a pena lembrar que no espaço, sem a interferência da nossa atmosfera, o brilho de qualquer astro é sempre fixo.
Outra coisa interessante: a maioria das estrelas que vemos já não existe mais; ou seja, não estamos vendo a estrela de fato, e sim o seu brilho, que ainda viaja até nossa atmosfera e logo mais, através dela. São luzes do passado, de estrelas que já morreram, mas que de alguma forma se mantém vivas para nós com sua luz.

De qualquer forma, ao menos para mim, é impossível não amá-las... Ha-ha.

Fonte (com modificações): Mundo Estranho

sexta-feira, 8 de março de 2013

Cometas PANSTARRS e ISON

Este ano, dois cometas nos darão o ar de suas graças: PANSTARRS, já nesse mês de março; e ISON, que pode tornar-se muito brilhante e visível em todo o mundo nos últimos meses do ano. Embora um cometa possa ser previsto, seu brilho não pode ser; portanto, os cientistas alegam: é muito cedo para saber se os dois cometas realmente irão nos deslumbrar. Como já disse uma vez o caçador de cometas David Levy, "os cometas são como gatos, pois eles têm caudas, e fazem exatamente o que querem".

PANSTARSS
O cometa é registrado na Nova Zelândia no início de março Foto: AP
Panstarss é registrado na Nova Zelândia no início de março. Foto: AP
Segundo estimativas, o cometa deve ficar tão brilhante quanto Vênus e tornar-se visível no céu principalmente após o pôr do sol durante todo o mês. Ele vai estar bem perto do horizonte. Em 10 de março, ele estará no ponto mais perto do Sol, ou seja, se encontrará mais brilhante e ativo, pois nossa estrela, com seu calor, ventos e radiação, expande o núcleo dos cometas que passam a arremessar para longe o material (gases e poeira) que estava no gelo, formando as clássicas caudas.
Panstarrs é considerado um cometa não-periódico. Provavelmente levou milhões de anos para vir da nuvem de Oort até o interior do nosso Sistema Solar (sendo essa a sua primeira visita). Uma vez que passar pelo Sol, sua órbita vai encurtar para 110.000 anos, ou seja, sua aparição neste mês é realmente uma rara oportunidade.

ISON
Espera-se que, pelo menos por um curto período, ele se torne tão brilhante quanto uma lua cheia - o que deve ocorrer em seu periélio, quando estará mais próximo do Sol, por volta de 28 de novembro de 2013.
Em agosto e setembro, ISON deve tornar-se visível para observadores em locais escuros, com pequenos telescópios ou até binóculos. Já em outubro, deve tornar-se visível a olho nu, mas apenas por pouco tempo, nos primeiros dias do mês. Nesse momento estará passando em frente à constelação de Leão, primeiro perto da estrela Regulus, depois do planeta Marte. Em novembro, continuará a se iluminar, passando muito perto da estrela Spica e do planeta Saturno, na constelação de Virgem. Esses dados podem ajudar observadores a encontrar ISON no céu.
Se tudo correr bem em seu periélio final em 28 de novembro, e se o cometa não se quebrar (como às vezes acontece), ISON pode ficar muito brilhante.
Em dezembro, se o cometa tiver "sobrevivido" a quente proximidade com nosso astro, será o melhor mês para observá-lo. Ele será visível em todo o planeta, antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol.
Nem sempre os cometas correspondem às expectativas. Há uma chance de ISON quebrar-se, como fez o famoso Cometa Elenin em agosto de 2011; por outro lado, pode sobreviver e nos presentear com sua beleza, como fez o Cometa Lovejoy no final de 2011. Nesse caso, ambos os hemisférios seriam agraciados por pelo menos 2 meses, a partir de novembro de 2013 até janeiro de 2014.

PANSTARRS e ISON são fortes candidatos na disputa pelo título de Cometa do Século. 

Fontes: 

domingo, 3 de março de 2013

A polêmica entre Ciência e Religião

Olá meus queridíssimos AstroLeitores!!!

Fiquei uns dias afastada e, como sempre faço quando isso ocorre, busquei matérias e posts em sites e blogs de minha confiança para dar uma atualizada por aqui. 
Meu prezado colega Otávio Jardim Ângelo, do Blog Da Terra Para as Estrelas postou um ótimo conteúdo recentemente (o que não é novidade, rs), mas confesso que dessa vez fiquei mais instigada do que o "normal". Ele tratou da relação entre Ciência e Religião, vejam só!!! Isso de fato é uma surpresa para mim, afinal uma minoria aqui da "blogosfera" ousa tocar nesse assunto tão polêmico; eu mesma, quando sem querer dei uma brecha, acabei tendo uma pequena dor de cabeça com alguns leitores.
As pessoas costumam dizer que religião não se discute, que gosto não se discute, bla bla bla. O resultado? Um povo ignorante, que só sabe se conformar, que não tem argumentos, não consegue ter uma conversa produtiva e construtiva sobre nada sem que acabe em pancadaria. Por esse motivo, fiquei realmente contente por saber que ainda existe gente com a mente aberta, disposta a debater sobre esse e os mais diversos temas.
Tendo a postagem do Otávio me chamado a atenção, decidi tomar o mesmo rumo e falar sobre isso com vocês. Não sei se é uma boa ideia, mas estou disposta a correr o risco pelo bem da informação :)
Já deixei explícito aqui no blog que sou ateísta, mas costumo ser bem justa e neutra, e não puxo sardinha pra lado nenhum. Exponho fatos, argumentos; e é assim que funciona aqui.

"A religião é o ópio do povo", já dizia Karl Marx (que, diga-se de passagem, foi muito mal-interpretado quando o fez, afinal ópio é um constituinte narcótico e a frase em si gerou muitas especulações e críticas). Marx, Durkheim e Weber tinham conceitos distintos acerca da Religião, mas todos eles concordavam veementemente em uma coisa: no processo de secularização. Essa teoria afirmava que as religiões desapareceriam do planeta, num futuro onde as explicações científicas prevaleceriam e seriam o suficiente para acalmar e conformar as massas. Como podemos facilmente perceber, eles estavam redondamente enganados. Na nossa realidade atual, no mundo em que vivemos hoje, a religião continua sendo o ópio do povo. Vários problemas surgiram, o caos nos cerca de todos os lados, mas a religião continua lá, servindo de alicerce para muitos, muitas vezes até mais do que a ciência. O processo de secularização foi descartado e esquecido, dando espaço para outro processo: o da globalização. Esse sim está aí, firme e forte. Informações voam pelo mundo velozmente, há intercâmbio entre culturas, o mundo de repente ficou pequeno. Em contra partida, existe também a disseminação de coisas negativas, várias formas de pregar o ódio, a violência e a dor. Uma onda de pânico cobre a humanidade, que por sua vez se apega às suas crenças. Aí é que surgem os oportunistas, que se dão bem às custas da vulnerabilidade e medo das pessoas, prometendo soluções mirabolantes para toda essa loucura e os males do mundo.

Após essa pequena introdução, vamos direto ao ponto, aquele que todos almejam quando o assunto é Ciência e Religião: qual é o melhor caminho?
Ambos os pensamentos são visões de mundo, percepções do que estamos vivendo, e busca de soluções para isso tudo. Albert Einstein, por exemplo, justificava sua devoção à Ciência como "sentimento religioso cósmico", dizendo que a religião sem ciência é coxa e que sem ciência a religião é cega.
Mesmo os que não possuem religião, são inevitavelmente afetados por ela; e mesmo aqueles que acreditam somente na religião, se utilizam da ciência, também de modo inevitável. Não podemos negar: ciência e religiosidade andam lado a lado. Ambos os aspectos são fundamentais, para alguns mais, para outros menos, mas esse fato é irrefutável. 
 Seguindo este raciocínio, lhes respondo a pergunta central da postagem. 
Tudo o que queremos são respostas. Respostas verdadeiras e duradouras. Se para consegui-las você escolhe se apegar e acreditar na Ciência, ou se apegar e ter fé em alguma Religião, está tudo bem. Mas independente da escolha, busque sempre a verdade. Seja na ciência ou na religião, existem sim muitas falcatruas, como as profecias sobre o fim do mundo e tantas outras que vemos por aí o tempo todo nos noticiários. Então, seja qual for o caminho que escolha ou tenha escolhido, não aceite encheção de linguiça, questione, e se for necessário, mude seu caminho.

Quem quiser dar uma olhada na postagem do Otávio, fica aqui o link.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Possíveis aparições extraterrestres em missões espaciais

A Apollo 11 é considerada a missão espacial de maior sucesso da história da exploração espacial.

Por quê?


Há muitas razões bastante conhecidas, mas uma delas pode ter passado despercebida e talvez seja a prova de que não estamos sozinhos no universo.
Em 1969, no auge da Guerra Fria, os soviéticos haviam assumido a dianteira da corrida espacial. Em 21 de julho do mesmo ano, Neil Armstrong e “Buzz” Aldrin Jr. fizeram história ao se tornarem os primeiros a pisar na superfície lunar, cumprindo assim o objetivo traçado pelo histórico discurso do presidente John F. Kennedy em 1961.


Mas outro fato histórico que muitos desconhecem ou ignoram ocorreu antes da chegada do homem à Lua.
Os astronautas da Apollo 11 mantinham comunicação constante com a NASA, em Houston. Três dias após o lançamento, um deles perguntou se alguém em Houston poderia informar a posição da S-IVB em relação a eles.
A S-IVB era a última parte do foguete propulsor da Apollo 11, que tinha se desprendido dois dias antes. O centro de controle respondeu que a mesma se encontrava a 6 mil milhas náuticas de distância.
Em muitas entrevistas, “Buzz” Aldrin Jr. declarou ter visto através de uma das escotilhas do módulo espacial um objeto luminoso que viajava ao lado deles e que não podia ser parte do próprio foguete.
Os astronautas tiveram o cuidado de não revelar, durante a transmissão, que havia um objeto desconhecido movendo-se junto com eles, e de perguntar à base em Houston o que estavam vendo.
Como sabiam que a transmissão estava disponível para muitas pessoas, temeram que alguém pudesse pensar que se tratava de extraterrestres e solicitar o regresso da Apollo 11 antes da hora.


Até hoje, o que quer que a tripulação tenha visto, não foi identificado ou reconhecido oficialmente.
Essa não é a única declaração do possível encontro com OVNIs em missões espaciais.
Gordon Cooper, um dos sete astronautas do projeto Mercury, foi o primeiro americano a dormir em órbita. Ele também participou do projeto Gemini.



Por muito tempo, Cooper manteve em segredo seus encontros pessoais com OVNIs, mas decidiu contar suas experiências.
Em 1951, quando voava pela Força Aérea dos Estados Unidos, Cooper e outros pilotos foram testemunhas de um jamais explicado oficialmente: uma frota de OVNIs, centenas deles, voando em formação.
Esse fenômeno foi relatado no momento de sua ocorrência. De acordo com declarações do próprio Cooper, não poderiam ser balões meteorológicos porque eram mais rápidos e estavam a grande altitude.
Seis anos mais tarde, quando era supervisor e piloto de prova de naves experimentais na base aérea Edwards, na Califórnia, Cooper teve outro encontro com extraterrestres. Uma equipe experiente de fotógrafos, que deveria filmar a aterrissagem de uma nave experimental, fotografou e gravou a aterrissagem de um estranho disco voador a apenas 46 metros de distância. Cooper recebeu a ordem de revelar os negativos e confirmou a versão da equipe de gravação. Não se tratava de uma nave experimental da força aérea. O evento foi relatado a seus superiores e o material foi enviado a Washington, mas Cooper nunca mais ouviu falar do assunto.



Anos mais tarde, Cooper decidiu escrever uma carta às Nações Unidas com a proposta de criar um comitê para pesquisar o fenômeno OVNI. Na carta, ele dizia acreditar que veículos extraterrestres tripulados, sem dúvida mais avançados tecnologicamente, estavam visitando o planeta Terra.
Gordon Cooper morreu convencido de que o governo norte-americano adotava uma política de encobrimento desses fenômenos.
E pra quem só acredita vendo, segue o vídeo divulgado em 2004 pela Força Aérea Mexicana onde podemos ver um avião de reconhecimento sendo seguido por uma frota de OVNIS.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Marte e suas "curiositys"

Olá Astroleitores!

O robô Curiosity está em Marte há 5 meses. O que será que ele descobriu por lá?

O Curiosity encontrou moléculas de água, enxofre e perclorato (composto formado por cloro e oxigênio) no solo do planeta vermelho. Segundo a publicação da NASA do dia 3 de dezembro, esse composto (perclorato) possui partículas de carbono, elemento orgânico fundamental para formação de vida, mas ainda não é possível afirmar se elas são de origem genuinamente marciana ou se trata de uma "contaminação" que veio da Terra. O jipe-robô foi esterilizado antes de partir para a missão, mas a possibilidade de ter "contaminado" Marte não foi descartada. 
John Grotzinger, chefe da missão, disse em entrevista que os resultados obtidos pelo robô são "dignos de entrar nos livros de história", gerando especulações de que eles teriam sim encontrado provas consistentes sobre a existência de vida extraterrestre e as "esconderam" da mídia.
Maki possui um site (Sci-ənce) onde cria cartoons sobre notícias científicas. O AstroPT traduziu o cartoon que diz respeito da missão Curiosity e, então, segue o link do cartoon original criado por Maki aqui e o traduzido e adaptado pelo AstroPT.
Para visualizar a imagem no tamanho original, clique aqui.
Apesar de tal descoberta, ainda é cedo para afirmar se houve ou poderia existir vida em Marte, a missão está, até então, em sua fase inicial e qualquer especulação é demasiadamente precoce. A grande aposta da missão, que se prolongará por 2 anos, está na investigação da cratera Gale de Marte.

Fonte (com modificações!): UOL Notícias

domingo, 13 de janeiro de 2013

Desaquecimento global?

Olá Astroleitores!

Não estou postando diariamente como havia determinado em uma de minhas metas para esse ano, mas é que tem uma pessoinha chegando na família e estamos todos esbaforidos, minha sobrinha já está pra nascer e aqui tá uma correria que só...

Enfim. Comprei uma revista "Galileu" na época em que só se falava sobre o suposto fim do mundo e encontrei um artigo bem legal no meio de tanta baboseira.

Todos sabemos que as mudanças climáticas estão aí, acarretando diversos problemas para o nosso planeta, porém um ramo da ciência, a geoengenharia, propõe ideias audaciosas (algumas até bem mirabolantes) para solucioná-los.
Entre as diversas propostas, algumas foram descartadas devido aos seus efeitos colaterais ou inviabilidade econômica, enquanto outras até geram resultados, mesmo que bem modestos, como os projetos a seguir:

"Semear os mares"
Os plânctons são organismos minúsculos que vivem no mar e que durante sua vida consomem CO2 da atmosfera. Quando esses seres morrem levam consigo para o fundo dos oceanos o CO2 captado, processo denominado "sequestro de carbono". Logo, quanto mais plânctons, maior a quantidade de CO2 que será "sequestrada" da atmosfera. Uma forma de induzir o crescimento desses seres é semear os mares com ferro, mineral capaz de realizar tal crescimento. 

"Pintar telhados e estradas de branco"
Telhados e estradas de cor escura absorvem mais raios solares e assim, aumenta a concentração de calor no local. Ao pintá-los de branco, eleva-se a capacidade de refletir a luz solar e dissipar o calor.

"Clarear certas nuvens..."
Navios espalhados pelos mares borrifariam uma alta carga de sal em direção a nuvens do tipo stratus (as mais baixas) que geralmente refletem parte dos raios solares. O sal tem o poder de atrair gotículas de água e, quando isso ocorre, as nuvens tornam-se mais densas e brancas. Tais nuvens ganham um potencial muito maior de refletir luz solar e irradiar calor, ajudando a baixar as temperaturas.

"...e destruir outras"
Ao contrário das nuvens stratus, as do tipo cirrus costumam reter calor e, consequentemente, esquentar a temperatura. A ideia é lançar mão de aeronaves que espalhariam sobre tais nuvens iodeto de bismuto, um composto não-tóxico que as dispersariam, evitando a concentração de calor.

"Imitar um efeito dos vulcões"
A erupção dos vulcões lança para a estratosfera (camada da atmosfera acima daquela em que vivemos) grandes quantidades de SO2 (dióxido de enxofre) que permanecem ali por um bom tempo. Esse composto forma um tipo de barreira contra a incidência dos raios solares, resfriando a temperatura. Cientistas querem simular esse efeito bombeando milhões de toneladas de SO2 na estratosfera com o intuito de baixar os registros no termômetro do planeta.

São ideias plausíveis, mas assim como existem prós também existem contras. O que poderia funcionar bem em uma região poderia simultaneamente destruir outra; fora o conflito de interesses entre os países, visto que os mesmos têm prioridades diferentes.
O fato é que temos de fazer algo, afinal, o tempo corre e a temperatura aumenta.
fotolog.com
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