No fim do mês de dezembro, o Ministério da Ciência e Tecnologia assinou um acordo de R$ 555 milhões para pesquisa em Astronomia com o ESO - Observatório Europeu do Sul. Válido por 11 anos, o convênio permite que o País participe da construção do futuro superobservatório E-ELT, de 42 m de altura, que deve ser inaugurado em 2021, no Chile. Inicialmente orçado em R$ 1,24 bilhão, o projeto gerou polêmica entre a comunidade científica, além de duras críticas de vários astrônomos, que defendiam que o valor não deveria ser investido fora do Brasil.
"Dentro de qualquer comunidade, principalmente a comunidade científica, que tem recursos escassos, sempre existe uma ampla discussão, e até confrontos, com respeito a projetos de grande custo. Neste caso, os valores foram revisados para baixo, então a crítica de alguns pesquisadores foram úteis no sentido de tornar os valores mais acessíveis à comunidade cientifica. Foram muito importantes. Os críticos permitiram uma negociação no valor e o resultado foi benéfico", diz o professor membro do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), Amâncio Friaça.
O Brasil é o primeiro país não-europeu a participar do ESO, que conta com outros 14 países e tem orçamento anual de 135 milhões de euros (R$ 295 milhões). Embora as instalações para a construção do telescópio estejam no Chile, o país serve apenas de abrigo, devido às melhores condições climáticas e geográficas para o estudo da Astronomia.
"Os europeus são aqueles que estão tomando a iniciativa em pesquisa fundamental. Então é importante que o Brasil tenha uma colaboração com eles. As criticas principais são a respeito dos valores envolvidos, mas no momento que você negocia algo mais razoável, você tem um retorno muito grande em uma escala de tempo de uma década, o que pra nós é rápido. Se você lembrar que o Brasil, dependendo da avaliação, é a nona ou décima economia do mundo, ele não pode mais negar recursos para projetos visionários, e quando eu falo visionários, quero dizer projetos de futuro em grande escala", opina Friaça.
De acordo com o docente, o projeto começou a ser negociado em 2009, quando o Brasil sediou a reunião da União Astronômica Internacional, no Rio de Janeiro. Desde então, o debate entre o que seria gasto e o que seria investimento tomou conta da comunidade da Astronomia.
"É importante saber que a gente precisa fazer economia, mas a gente precisa fazer investimento, ou seja, aplicação. Esse tipo de verba, bilionária, representa um investimento de suma importância pra o nosso futuro. Você tem que investir nas instituições do nível mais alto, para você ter um resultado rápido, como uma década. Pra nós, que fazemos pesquisa, 10 anos é um período pequeno, mas em uma década você muda um pais. E não adianta ficar investindo só no que você está acostumado a investir. Você tem que saber que o Brasil é uma economia poderosa e precisa fazer investimentos à altura. Todo gasto em Ciência é investimento, e eles são na casa de bilhões de dólares, não tem muito como fugir disso", completa.
"Dentro de qualquer comunidade, principalmente a comunidade científica, que tem recursos escassos, sempre existe uma ampla discussão, e até confrontos, com respeito a projetos de grande custo. Neste caso, os valores foram revisados para baixo, então a crítica de alguns pesquisadores foram úteis no sentido de tornar os valores mais acessíveis à comunidade cientifica. Foram muito importantes. Os críticos permitiram uma negociação no valor e o resultado foi benéfico", diz o professor membro do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), Amâncio Friaça.
O Brasil é o primeiro país não-europeu a participar do ESO, que conta com outros 14 países e tem orçamento anual de 135 milhões de euros (R$ 295 milhões). Embora as instalações para a construção do telescópio estejam no Chile, o país serve apenas de abrigo, devido às melhores condições climáticas e geográficas para o estudo da Astronomia.
"Os europeus são aqueles que estão tomando a iniciativa em pesquisa fundamental. Então é importante que o Brasil tenha uma colaboração com eles. As criticas principais são a respeito dos valores envolvidos, mas no momento que você negocia algo mais razoável, você tem um retorno muito grande em uma escala de tempo de uma década, o que pra nós é rápido. Se você lembrar que o Brasil, dependendo da avaliação, é a nona ou décima economia do mundo, ele não pode mais negar recursos para projetos visionários, e quando eu falo visionários, quero dizer projetos de futuro em grande escala", opina Friaça.
De acordo com o docente, o projeto começou a ser negociado em 2009, quando o Brasil sediou a reunião da União Astronômica Internacional, no Rio de Janeiro. Desde então, o debate entre o que seria gasto e o que seria investimento tomou conta da comunidade da Astronomia.
"É importante saber que a gente precisa fazer economia, mas a gente precisa fazer investimento, ou seja, aplicação. Esse tipo de verba, bilionária, representa um investimento de suma importância pra o nosso futuro. Você tem que investir nas instituições do nível mais alto, para você ter um resultado rápido, como uma década. Pra nós, que fazemos pesquisa, 10 anos é um período pequeno, mas em uma década você muda um pais. E não adianta ficar investindo só no que você está acostumado a investir. Você tem que saber que o Brasil é uma economia poderosa e precisa fazer investimentos à altura. Todo gasto em Ciência é investimento, e eles são na casa de bilhões de dólares, não tem muito como fugir disso", completa.
Fonte: Redação Terra.