quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Nebulosas

As famosas Nebulosas são, basicamente, nuvens de poeira, hidrogênio e plasma onde, constantemente, ocorrem formações estelares; ou seja, nascimento de estrelas. Como o processo de formação das estrelas é muito violento, os restos de materiais lançados ao espaço por ocasião da grande explosão formam um grande número de planetas e de sistemas planetários. A nebulosa mais conhecida é a Nebulosa da Águia, que forma uma das mais belas fotos da NASA, "Os Pilares da Criação".

Os Pilares da Criação, na Nebulosa da Água.

Existem quatro tipos de Nebulosas: As Nebulosas de Emissão, as de Reflexão, as Escuras e as Planetárias.
As Nebulosas de Emissão 
são nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes de néon brilham praticamente da mesma maneira). Nebulosas de emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, o gás mais comum do Universo e que comumente emite luz vermelha. Um exemplo é a Nebulosa de Órion:
Nebulosa de Órion.

As Nebulosas de Reflexão 
são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz de uma estrela ou estrelas próximas. Nebulosas de reflexão são geralmente azuis porque a luz azul é espalhada mais facilmente. Exemplo:
"As Sete Irmãs", na Constelação de Touro.
As Nebulosas Escuras são nuvens de poeira que parecem estar concentradas, já que não há estrelas para que haja a reflexão da luz. Podem ser observadas como caminhos que obscurecem o fundo brilhante da Via Láctea ou outra nebulosa de Emissão ou Reflexão ou bloqueiam alguma estrela. Exemplo:

Nebulosa Cabeça de Cavalo

As Nebulosas Planetárias s
ão constituídas por um invólucro de gás e plasma que rodeiam certos tipos de estrelas no período final de sua vida. Ao contrário do que o nome supõe, tais nebulosas nada tem a ver com planetas e são chamadas assim por se parecerem com planetas gigantes gasosos. Exemplo:



Nebulosa Helix

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Aglomerados Estelares

Os Aglomerados Estelares são grupos (conjuntos) de estrelas onde a interação/atração gravitacional é estreita e pode formar padrões. Todos os corpos celestes do aglomerado são observados como se fosse um só.
Existem dois tipos de Aglomerados Estelares: Os Aglomerados Abertos e os Aglomerados Globulares.

Aglomerados Abertos: São aglomerados estelares onde a forma não é definida, circular no caso dos globulares. Englobam centenas de estrelas. Um dos aglomerados abertos mais conhecidos são as Plêiades, ou as Sete Irmãs, como é conhecido normalmente. O nome Sete Irmãs foi dado porque a olho nú apenas sete ou até nove estrelas podem ser observadas. Quando observada atraves de um simples telescópio, pode revelar mais de 500 estrelas e uma nebulosidade azulada próxima as estrelas. Exemplo:

As Plêiades.
Aglomerados Globulares: São grupos de estrelas com formato circular com um centro extremamente denso em numero de estrelas, sendo essas as mais velhas. A densidade vai diminuindo a medida que se afasta do centro. Esses aglomerados são encontrados muito distantes do plano galáctico ou até mais distantes e possuem, na maioria das vezes, mais de 1 milhão de estrelas. Exemplo:

Ômega Centauri (NGC5139), é se encontra a aproximadamente 15 mil anos-luz na constelação do Centauro.
Observação dos Aglomerados
Quando à noite observamos o globo celeste a olho nu, verificamos a presença de manchas esbranquiçadas, que parecem nuvens, porém, seu movimento aparente obedece ao movimento aparente do firmamento. Devida sua aparência difusa, esses sistemas no passado eram confundidos com nebulosas. Com o aumento da potência dos telescópios, notou-se que existiam inúmeras estrelas naquelas nuvens.
Para se observar os aglomerados, existe a limitação da luz difusa e tênue que chega à Terra. Muitos destes grupos estelares tem uma extensão que às vezes é bastante ampla. Um exemplo típico que pode ser citado é o sistema chamado de Omega Centauri, cujo diâmetro aparente visto do Hemisfério Sul da Terra é maior que a Lua, porém só é percebido em condições muito especiais de baixa luminosidade regional e longe de qualquer centro urbano.
A técnica para se observar estes aglomerados é a utilização de instrumentos ópticos de alto ganho luminoso porém com fraco aumento de imagem, cujo campo não supere a duas vezes o diâmetro do sistema a ser observado. Como é difícil a confecção deste tipo de instrumento, a maneira mais eficiente de coleta de imagens dos aglomerados estelares é indireta. A fotografia com largo tempo de exposição sobre montagem equatorial motorizada é ideal para este fim. A vantagem desta técnica, é que a captação da objetiva fotográfica com o obturador aberto e acompanhando o movimento aparente do firmamento, permite captar a baixa luminescência das imagens fugazes, o que para a sensibilidade do olho humano, é praticamente impossível.

Menina de 10 anos descobre Supernova

Este Post é sobre uma notícia muito legal que um amigo meu me mandou. Achei bem interessante, fico feliz quando acontecem estas coisas... Espero que também gostem!

Kathryn Gray, uma garota canadense de dez anos de idade se tornou, neste domingo (02/01/2011) a pessoa mais jovem que já identificou uma Supernova. 

Kathryn Gray, a pessoa mais jovem a identificar
uma supernova.
Ela estava estudando o céu com seu telescópio amador quando a identificou. Levou as fotos para seu pai (astrônomo amador) que ajudou Kathryn a fazer a descoberta, descartando que se tratasse de um asteroide e verificando a lista de supernovas já conhecidas.
A descoberta foi averiguada e registrada pela Sociedade Real de Astronomia do Canadá (RASC, na sigla em inglês), que considerou Kathryn a pessoa mais jovem que se tem conhecimento a conduzir tal feito
.
"Estou muito empolgada. É uma ótima sensação", disse a menina ao jornal canadense "Star".

"É fantástico que alguém tão jovem demonstre paixão pela astronomia. Que descoberta incrível", disse Deborah Thompson, da RASC.

A supernova de uma magnitude 17  - batizada de 2010lt - foi localizada na galáxia UGC 3378, a cerca de 240 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Camelopardalis, ou da Girafa.


Para identificar esses eventos é preciso observar imagens antigas de campos estelares e compará-las com imagens novas. A supernova se revela como um ponto mais brilhante que estrelas comuns, por isso, pode ser vista por meio de um telescópio simples.
Os eventos interessam aos astrônomos porque produzem a maioria dos elementos químicos que fizeram a Terra e outros planetas e porque supernovas distantes podem ser usadas para estimar o tamanho e a idade do Universo, disse a RASC em um comunicado.

Fontes: Folha.com e Tvi24.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

4 de Janeiro: Três em Um

O dia, ou melhor, a madrugada de 4 de Janeiro de 2011 será um conjunto de fenômenos astronômicos. Teremos:
Eclipse Parcial do Sol: A partir das 6.40 minutos de amanhã a Lua vai tapar parcialmente o Sol, fenômeno que terminará às 11 horas. No pico deste eclipse solar, o Sol ficará coberto entre os 40% e os 60%. O eclipse será visível no nosso país, mas será na Escandinávia e da Rússia que poderá ser observado na sua totalidade. Também na África Central e em grande parte da Ásia será possível observar o eclipse. Os portugueses poderão observar o eclipse total da Lua - quando a Terra tapar completamente a luz do Sol que ilumina o satélite - entre as 19.22 e 23.22 do dia 15 de Junho.
Urano com Júpiter: Mais uma vez o planeta Urano está bem fácil de ser localizado e observado porque pode ser visto bem próximo do planeta Júpiter. Os dois estão separados a uma distância angular de apenas 31 minutos de arco (cerca de meio grau), na constelação de Peixes.

Coordenadas de Urano (4/1 - 19:00 horário de Brasília):

Asecensão Reta (AR)= 23h 50min 20.8 seg

Declinação: -1g 50min 43seg
 Magnitude estimada de Júpiter: -2,31
Distância aproximada de Júpiter: 770.290.400 Km
Magnitude estimada de Urano: 5,87
Distância aproximada de Urano: 3.045.407.200 Km
Chuva de Meteoros Quadrantídeas:

ChuvaIntervaloMáximoA.R.Decl.VgTHZLua %
Janeiro
QuadrantídeasDez 28 - Jan 13Jan 03230°50°411202


O significado das colunas é o seguinte:
  • Chuva: O nome da chuva.
  • Intervalo: intervalo de atividade da chuva.
  • Máximo: Data de atividade máxima.
  • A.R. e Decl.: Ascensão reta e declinação (ICRS) do radiante no máximo.
  • Vg: Velocidade geocêntrica em km/s.
  • THZ: Taxa Horária Zenital. O maior número de meteoros que um observador iria ver em condições ideais, com céu totalmente claro e o radiante no zênite.
  • Lua %: Percentagem de iluminação da Lua às 0h UTC do dia do máximo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Plutão é Planeta ?

Durante toda a minha infância e a partir dela, estudei Astronomia. É claro que tinha minhas categorias, com 7 anos, adorava escutar sobre formas de planetas, estrelas-cadentes, se a lua era realmente feita de queijo, etc. Com 10, já comecei a entender a realidade da "coisa": Aí entrou o Sistema Solar e seus planetas.


Quando, na escola, a professora comentava sobre o Sistema Solar, ela sempre falava de Nove Planetas, e foi assim, sempre. Até que, algum tempo atrás, em 2006, somente Oito Planetas foram considerados como parte do Sistema Solar: Plutão foi rebaixado para a categoria Planeta-Anão - ou seja - um planeta que ainda não tem tamanho suficiente para ser considerado, de fato, como planeta. Em parte, isso também ocorreu devido à descoberta de Eris, um outro corpo gelado próximo a Plutão. Os cientistas acreditaram que Eris era maior que Plutão até 6 de novembro desse ano, quando astrônomos tiveram a chance de recalcular seu tamanho. Agora, parece que Plutão realmente é maior, embora apenas por uma margem fina. Os números são tão próximos que são praticamente indistinguíveis, quando as incertezas são levadas em conta.


Mas, se Plutão recuperou mesmo seu status como o maior objeto no exterior do sistema solar, os astrônomos deveriam considerar devolvê-lo o título antigo de planeta? Eris, e muitos outros objetos que circundam o sol para além da órbita de Netuno, são planetas? Ou será que o atual sistema, que reconhece apenas oito planetas relativamente grandes, é o caminho certo a percorrer?
Alguns especialistas ponderaram sobre este debate, que afeta a forma como os astrônomos veem o sistema solar. Segundo eles, Eris está cerca de 15 bilhões de quilômetros do sol no seu ponto mais distante de órbita, o que o torna cerca de duas vezes mais distante do que Plutão. Sua descoberta em 2005 levou os astrônomos, desconfortáveis com a perspectiva de encontrar muitos mais planetas nos frios confins do sistema solar, a reconsiderar o status de Plutão.
Em 2006, a União Astronômica Internacional surgiu com a definição oficial de planeta: um corpo que circunda o sol, mas não é algum outro objeto de satélite, é grande o suficiente para ser arredondado pela sua própria gravidade (mas não tão grande a ponto de submeter-se a fusão nuclear, como uma estrela) e tem “limpado sua vizinhança” da maioria dos outros corpos orbitantes – orbita sozinho.

Como Plutão compartilha espaço orbital com muitos outros objetos no Cinturão de Kuiper, o anel de corpos gelados além de Netuno, não se caracteriza como planeta. Em vez disso, Plutão e Eris são “planetas anões”. Oficialmente, oito planetas permanecem: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O cientista que descobriu Eris acredita que o rebaixamento de Plutão foi a decisão certa. Plutão, Eris e muitos outros objetos do Cinturão de Kuiper são demasiado diferentes para serem considerados em conjunto com os oito planetas oficiais. (Pense se eles forem considerar todos estes objetos?)
Plutão e Eris não podem ser considerados planetas oficias porque:
São pequenos, muito menores em relação aos outros oito planetas oficias.
Suas órbitas também são muito diferentes. São muito, muito mais elípticas e inclinadas em relação ao plano do Sistema Solar.
Muitos astrônomos entram em contradição se Plutão deveria ser considerado planeta, pois apesar de ser pequeno, ele entra nos critérios de Planeta. Na opinião desses astrônomos, um planeta é qualquer coisa que satisfaça a definição nos seus dois primeiros critérios: de girar em torno do sol e ter massa suficiente para ser mais ou menos esférica, sem a exigência de “limpar a vizinhança”. Assim, Plutão deveria ser um planeta, da mesma forma que deveria ser Eris e o planeta anão Ceres (o maior corpo no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter), assim como muitos outros objetos. Tal definição expandiria a lista de planetas do sistema solar.
Alguns astrônomos evitam usar a palavra “planeta” em seu sentido tradicional, genérico demais, por que não transmite muito mais informações importantes. É mais revelador agrupar objetos que são semelhantes em tamanho, composição e outras propriedades.
Assim, eles pensam em categorias como os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), e os asteróides e objetos do Cinturão de Kuiper (Plutão, Eris e muitos outros).



Morte do Sol

Olá Pessoal!
Este post é em resposta a um tópico da comunidade Astronomia! referente à morte do Sol, onde os membros conversaram sobre o que aconteceria quando o Sol chegasse ao seu fim, afinal, ele é uma estrela como qualquer outra e, um dia, morrerá.

Lá no tópico, fiquei boba de ver os comentários do pessoal. Uns diziam que a vida na Terra já teria acabado, outros disseram que os cientistas deviam criar "naves mães" semeando o Cosmos desde já, e teve um que disse que tudo ia "se mudar" para Marte, e ele seria "nosso planeta". 
Alguns disseram também que, quando o Sol morresse - o que vai acontecer há muito, muito, muito tempo pra frente - o ser humano já teria se desenvolvido para tal acontecimento. Afinal: Viemos da poeira, não é mesmo ? Todos os seres humanos, todos os planetas, sistemas, estrelas, vieram do mesmo lugar - Explosão do Big Bang - e nós se desenvolvemos ao ponto que estamos hoje (adaptados às condições da Terra).
Tinham muitas outras teorias que o pessoal do tópico especulou, mas todas no mesmo sentido: O que vamos fazer quando o Sol explodir ? Vamos arrumar "outro lugar" para morar ou vamos esperar a morte ?
Tudo isso me deixou muito assustada. Esqueci que o Sol também vai morrer um dia - mesmo que seja há muito tempo, no futuro -. Fiquei pensando como tudo vai se retomar novamente. É claro que somente o nosso Sistema Solar vai ser prejudicado (e muito!) com a morte do Sol, mas um dia - bem mais pra frente - o Universo também vai acabar: O problema é saber como, sendo que ele está em contínua expansão. 
Pois é! É muito complicado, triste e confuso pensar nisso tudo, que um dia, mais cedo, mais tarde, nada vai ser o mesmo no nosso "lar". Esse assunto é muito complexo, e ninguém sabe como vai ser depois disso. Mas, voltando à morte do Sol...


Como muitos pensam, a morte do Sol não vai ser tão catastrófica, ele não vai "explodir" como as outras estrelas. Pelo menos segundo a astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Thaisa Storchi Bergmann, que afirma que tal fenômeno acontece somente com estrelas cuja massa é de cinco a dez vezes maior do que a do Sol.

Não fique pensando que só por isso nos livramos da catástrofe. O Sol ainda vai morrer, porém, de maneira menos "explosiva".

"Estrelas como o Sol morrem menos catastroficamente. O Sol, daqui a alguns bilhões de anos, vai comecar e expandir suas camadas externas, que se extenderão até a distância de Marte, aproximadamente", diz Thaisa.
Nesta fase ele vai se transformar numa estrela chamada de gigante vermelha. Neste momento todos estaremos mortos, pois a temperatura na Terra ficará muito alta, impedindo a vida no planeta.
"Depois, o Sol vai perder as camadas externas, chegando na fase de nebulosa planetária. O que sobrar será uma uma estrela muito compacta, com cerca de uma massa do Sol e compactada num raio igual ao da Terra, a chamada anã branca", explica.
Portanto, ao contrário das conhecidas supernovas, que morrem por meio de uma explosão, o Sol vai morrer aos poucos, terminando sua vida como uma estrela anã branca.


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