terça-feira, 12 de outubro de 2010

Como surgiram os Anéis de Saturno

Os Anéis de Saturno sempre foram um mistério para Astrônomos e Cientistas que levantaram inúmeras "possíveis" teses/teorias para o surgimento deles. As teorias mais "aceitas" são: 
Os anéis de Saturno são compostos, basicamente, de água, pequenas pedras
e poeira cósmica/espacial.
Fonte: todouniversoemumblog.blogspot.com
 • A descoberta de uma série de pequenas luas detectadas no lado mais externo dos sete anéis de Saturno apóia a teoria de que esses anéis são resultantes de uma desintegração de luas geladas ao longo de dezenas de milhões de anos. Astrônomos coordenados por Miodrag Sremcevic, na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, calcularam que oito pequenas luas de diâmetro de 60 a 140 metros e cercadas por resíduos provêm de um único corpo celeste de um diâmetro de 20 quilômetros. Os cálculos foram feitos com base nas imagens enviadas pela sonda ítalo-americana Cassini. Essa lua teria começado a se desintegrar há cerca de 30 milhões de anos, devido ao impacto de um cometa ou um asteróide.
Contradição: Segundo uma teoria diferente, os anéis nasceram ao mesmo tempo que Saturno e seriam restos não aglomerados com o planeta gigante e retidos em órbita.

• A teoria da cientista americana Robin Canup é de que os anéis de Saturno podem ter surgido após a colisão entre uma lua gigantesca e o planeta, apresentada à Associação Americana de Astronomia. Segundo ela, o choque teria sido forte o suficiente para deslocar um pedaço de Saturno e explicaria por que os anéis são compostos basicamente de água.
Contradição: "Em entrevista à rede de notícias BBC, o cientista Carl Murray, um dos astrônomos da missão Cassini, sonda que órbita Saturno, disse que a teoria da americana é um pouco confusa, já que o choque com outro satélite depositaria muito mais resíduos de rochas nos anéis."

• "Atualmente, duas teorias explicam a composição destes anéis. Uma delas afirma que um cometa de gelo poderia ter se 'desmanchado' ao se aproximar de Saturno. A outra aponta que pequenas luas foram sugadas pelo campo gravitacional, acabaram destruídas e passaram a cercar o planeta."
 
Resumo feito com base nos sites/blogs:
O Globo;
Folha Online.

domingo, 10 de outubro de 2010

Poluição Luminosa

É sempre bom olhar para o céu. Sempre foi, desde os tempos mais remotos, quando o usavam para contar o tempo e melhor se organizarem. Porém, isso está a ponto de mudar.
Estou falando da Poluição Luminosa, um mal que, aos poucos, está acabando com a beleza do firmamento e ao mesmo tempo, prejudicando a vida na Terra.
"Poluição luminosa" é o tipo de poluição ocasionada pela luz excessiva ou obstrusiva criada por humanos. A poluição luminosa interfere nos ecossistemas, causa efeitos negativos à saúde, ilumina a atmosfera das cidades, reduzindo a visibilidade das estrelas e interfere na observação astronômica."
Os astrônomos profissionais e amadores estão tendo que procurar lugares cada vez mais isolados para poderem observar o Céu. As luzes das cidades - principalmente as mais populosas - atrapalham a observação, transformando um céu bonito e cheio de estrelas em uma imensidão de poluição e luminosidade industrializada.

Imagem da Terra pelo Satélite. Repare na parte norte, que está super iluminada.
Está em situação de Poluição Luminosa.
fonte: apolo11.com
Segundo estimativas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, pelo menos 30% da iluminação em locais públicos no país é desperdiçada, gerando prejuízos da ordem de US$ 10 bilhões anuais. Isto acontece seja por uso inapropriado, como lâmpadas acesas de dia, ou por ineficiência, como spots e postes cujos raios ultrapassam a horizontal, iluminando o céu e não o chão, onde a luz é necessária e tem papel fundamental, entre outras coisas, na segurança pública. Estes últimos casos são a principal forma de poluição luminosa, pois criam clarões e perturbam o sono de moradores de áreas urbanas, por exemplo.
A preocupação com a preservação do céu noturno surgiu primeiro entre os astrônomos, que viram seu trabalho ficar cada vez mais difícil à medida que a urbanização crescia. Aos poucos, os observatórios em grandes cidades como Londres, Paris e Rio tornaram-se inúteis para as pesquisas, voltando-se apenas para fins educacionais. E mesmo no interior o aumento da iluminação trouxe prejuízos, como conta o astrofísico Carlos Veiga, chefe da Divisão de Atividades Educacionais do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Em 1981, a instituição inaugurou no Pico dos Dias, em Brazópolis, Minas Gerais, o maior telescópio em território brasileiro, com um espelho principal de 1,6 metro de diâmetro. Com o crescimento da cidade e da vizinha Itajubá, porém, o equipamento já é muito pouco usado pelos cientistas.
No mundo animal, a poluição luminosa também leva a consequências variadas. Recente levantamento do Instituto Max Planck de Ornitologia, na Alemanha, mostra que o clarão das cidades está afetando o comportamento dos pássaros, fazendo com que comecem a cantar cada vez mais cedo. A cantoria no amanhecer serve tanto para atraírem as fêmeas para procriar quanto para marcar território.

Campanha conta a Poluição Luminosa
fonte: silvestre.eng.br
 Pois é. Até o céu, uma das coisas mais "naturais" desde a Antiguidade, o Homem é capaz de destruir, de arrancar a beleza da coisa mais bela que podemos ter, da nossa "porta" para o longínquo Universo que nos rodeia.
Precisamos mudar isso, JÁ!!!


A Harmonia das Esferas Celestes

Da plataforma terrestre, aparentemente imóvel, os planetas percorrem o céu dentro de um estreito cinturão, que os antigos chamaram de Zodíaco. Hoje sabe-se que essa “avenida” do espaço é o perfil achatado de um enorme sistema em forma de disco, dentro do qual a Terra e os demais planetas acham-se aprisionados pela gravitação, condenados a girar, enquanto existirem, em torno de uma estrela central, o Sol. O complexo Sistema Solar não compreende apenas os nove planetas, mas também 31 luas ou satélites menores dos planetas, 30.000 asteróides ou planetas maiores, milhares de cometas e um número incontável de meteoros, que penetram todos os dias na atmosfera terrestre, abrindo caminho a fogo e em seguida volatizando-se.

Apesar dessa sua complexidade, o sistema solar revela uma ordem e uma harmonia extraordinárias. As órbitas dos planetas vão desde Mercúrio, que gira a 57,6 milhões de quilômetros do Sol, até o longínquo Plutão (não mais considerado planeta) cuja enorme órbita situa-se a 5.870 milhões de quilômetros de distância.
Os planetas do Sistema Solar e suas principais luas (satélites)
Fonte: commons.wikimedia.org
Os planetas efetuam suas revoluções em órbitas elípticas, a distâncias e velocidades variáveis. Deslocam-se mais velozmente quando se aproximam do Sol e mais lentamente quando se afastam deles. Os movimentos dos Planetas são governados pelo frágil equilíbrio que existe entre a inércia (isto é, sua tendência a prosseguir em linha reta) e a atração gravitacional do Sol. Este equilíbrio impede, por um lado, que eles se projetem através do Espaço e, por outro, que se precipitem na massa incandescente do Sol. As mesmas leis comandam os cometas: quando eles se afastam em suas órbitas alongadas, a força gravitacional do Sol os freia e os atrai de volta; quando tornam a se aproximar do Sol, a força da inércia leva-os a ultrapassar o astro em vez de chocar-se com ele.

Para o habitante da Terra, que vive a 149 milhões de quilômetros do Sol, as dimensões do Sistema Solar parecem fantásticas. Seu pequeno planeta tem um diâmetro de 12.640 quilômetros, menos que a décima parte do diâmetro do grande planeta Júpiter, e menos que a centésima parte do diâmetro do Sol. Seriam necessárias 1,3 milhão de esferas do tamanho da Terra para atingir o volume do Sol – e este, por sua vez, não passa de uma estrela de tamanho médio. Se imaginarmos o Sol como um esfera de 15 centímetros de diâmetro, a Terra estaria a 15 metros dele, Plutão a 800 metros e as estrelas mais próximas a quase 5.000 quilômetros de distância. E estas são as vizinhas mais próximas da Terra, na imensa Via Láctea.
Escala do Tamanho dos Planetas
do Sistema Solar
Fonte: site apolo11.com


A Via Láctea e suas Companheiras

“Como um anel de luz pura e infinita”, a Via Láctea envolve o céu de um pólo a outro. Ao admirar sua luz cor de pérola e imaginar as distâncias incomensuráveis que ele encerra, o homem deixou-se frequentemente levar-se pela fantasia. Só recentemente é que se descobriu o que a Via Láctea realmente é – uma imensa torrente de sóis, de campos estrelados, aglomerados de massa e névoa que compõem a parte visível da galáxia onde se move o sistema solar. A dificuldade em visualizar a arquitetura da Via Láctea decorre ao fato de nos encontrarmos dentro dela. No último século, entretanto, os astrônomos conseguiram superar esta limitação de perspectiva e verificaram que a porção da Via Láctea que pode ser vista da Terra é apenas o arco interior de um enorme aglomerado de estrelas, semelhantes às galáxias do Espaço Exterior. A partir da Terra, situada a cerca de 30.000 anos-luz do centro da Via Láctea, pode-se distinguir apenas uma fração das bilhões de estrelas que esta galáxia contém, apenas um segmento do seu diâmetro total de 100.000 anos-luz.
Representação do arco interior da Via Láctea que conseguimos ver da Terra,
Já que estamos dentro dela.
Fonte da foto: site astropt.org
A maior parte da matéria existente na Via Láctea – estrelas, névoas escuras de gás e poeira cósmica – encontra-se entre o disco principal da galáxia e seus braços espiralados. O conjunto da galáxia executa um movimento giratório, completando um revolução a cada 200 milhões de anos e carregando com ela a Terra e o Sol. Movimenta-se a uma velocidade de aproximadamente 950.000 quilômetros por hora. Em seu vôo pelo espaço, o imenso disco é acompanhado por um enxame de aglomerados globulares, cada um deles contendo centenas de milhares de estrelas que giram em torno do centro da galáxia.

Na vastidão do Universo, nossa galáxia não passa, contudo, de um dos membros de um agregado cósmico ainda maior, o chamado Grupo Local. Este Grupo compreende dezessete ou mais sistemas mantidos dentro de um raio de 1,5 milhão de anos-luz, pelo efeito da força gravitacional. Numa das extremidades desse vasto supersistema, move-se a “roda” luminosa da Via Láctea; na extremidade oposta situa-se a grande espiral da galáxia Andrômeda.
Galáxia Andrômeda
astronomia-algarve.blogspot.com


domingo, 26 de setembro de 2010

As Galáxias do Espaço Exterior

Quando se dirige o telescópio para além das constelações conhecidas, ultrapassando as nuvens de estrelas e os aglomerados mais distantes da Via Láctea, distingue-se um número crescente de manchas difusas e luminosas suspensas no vácuo como teias de aranha. São as galáxias exteriores, também chamadas "universos ilhados". Cada uma delas é composta de milhões de estrelas, tão profundamente enterrados no abismo do espaço que a luz que denuncia sua presença requer milhões de anos para vencer a distância que as separa da Terra. Na bacia da Grande Ursa, ou seja, um retângulo que corresponde apenas 2 milésimos de toda a esfera celeste, observam-se lanpejos de luz muito débeis, que revelam a existência de um grupo de mais de trezentas galáxias. Em comparação, nosso Grupo Local, com seus dezessete componentes, é um aglomerado minúsculo. Em geral, as galáxias do espaço exterior tendem a formar conjuntos de aproximadamente quinhentos membros. Esses agrupamentos, verdadeiras "galáxias de galáxias", são unidos entre si pela gravitação e às vezes se cruzam no curso de suas grandes viagens.

Representação de duas galáxias se encontrando

Galáxia NGS 4594, da constelação de Virgem,
é uma espiral totalmente Bobinada.
Os astrônomos estimam que cerca de 1 bilhão de galáxias se encontram ao alcance dos maiores telescópios. Reconhecem-se três principais categorias: as galáxias elípticas, representando 17 % das catalogadas; as espiraladas, perfazendo 80 %; e as irregulares, completando os 3 % restantes. Como giram em velocidades diferentes, as galáxias elípticas variam de tamanho, passando de esferas perfeitamente simétricas a discos achatados, em forma de pires. Pela mesma razão, as espirais também assumem formas variadas, desde as solidamente bobinadas, passando pelos novelos mais frouxos, como a Via Láctea, até as bem abertas, semelhantes a girândolas de fogos de artifício. O terceiro grupo de galáxias é formado por sistemas irregulares, como as Nuvens de Magalhães. São galáxias disformes, sem núcleo e sem movimento rotativo simétrico.

Uma espiral aberta, com seu núcleo
alongado, roda como girândola
de fogos de artifícios.
Certos astrônomos modernos tentam enquadrar os vários tipos de galáxias numa sequência evolutiva, sugerindo que as galáxias irregulares e turbulentas são sistemas de origem recente, destinados a transformar-se em espirais, de rotação rápida e, posteriormente, em galáxias elípticas de movimento mais vagaroso. Entretanto, a maioria dos astrônomos sustenta que todas as galáxias têm aproximadamente a mesma idade. Afirmam que os vários tipos de galáxias adquiriram sua feição característica em virtude da diferente aceleração que receberam no momento de sua formação. A velocidade inicial de uma galáxia determinou a porção de sua matéria primitiva que aglutinou para formar estrelas e a porção que continuou a vagar livremente sob a forma de nuvens de gás e poeira.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 20.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Lua e os Planetas vistos de Perto

O lançamento do primeiro Sputnik, em 1957, abriu perspectivas inéditas para a investigação planetária. Os foguetes enviados nos anos seguintes em direção à Lua puderam colocar-se em órbita ao redor desta, fotografando pela primeira vez sua face oculta, até então desconhecida. Posteriormente, a tecnologia evoluiu de tal maneira que foi possível ao homem explorar diretamente a Lua, recolhendo materiais de seu solo, fazendo observações detalhadas sobre suas condições naturais e deixando ali numerosos instrumentos científicos, inclusive estações automáticas móveis, capazes de percorrer dezenas de quilômetros em sua superfície.
Utilizando estes recursos técnicos foi possível estabelecer um mapeamento extremamente detalhado da Lua, comparável ao da própria Terra. A origem das crateras lunares pode ser atribuída com segurança ao impacto de meteoritos de todos os tamanhos. Em alguns casos, os meteoritos tinham massa tão grande, que deram lugar a uma acumulação anormal de massa no centro das crateras produzidas. Essas concentrações de massa puderam ser descobertas devido à perturbação que exercem sobre a órbita dos satélites artificiais da Lua. A instalação de sismógrafos em vários pontos da superfície lunar forneceu informações precisas sobre as camadas interiores do satélite, tornando plausível a hipótese de ainda existir ali certa atividade vulcânica. Além disso, os refletores de raios laser colocados sobre sua superfície permitiram refletir impulsos emitidos da Terra, possibilitando a medida da distância entre os pontos da Terra e da Lua com precisão de decímetros.

Superfície Lunar, fotografada pela espaçonave Apollo 11
mundomelhor96.blogspot.com
Com relação aos planetas, a pesquisa espacial já permitiu acumular dados importantes, embora infinitamente menos detalhados que os obtidos sobre a Lua. Sondas automáticas atravessaram a espessa camada de nuvens que recobre permanentemente o planeta Vênus, fornecendo informações relativamente precisas sobre sua estrutura, massa, temperatura, pressão e também seu campo magnético. Sabe-se, assim, que a atmosfera de Vênus é 15 vezes mais densa que a terrestre; que o seu campo magnético é despresível; que o gás carbônico é o principal constituinte da atmosfera; que esta contém menos de 0,1 % de vapor d' água e, enfim, a temperatura chega a 280ºC junto à superfície do planeta.Marte já foi fotografado a pequena distância, revelando uma superfície bastante semelhante à da Lua. Tanto nas calotas polares quanto nas regiões mais amenas do equador marciano, vêem-se grandes crateras criadas pela queda de meteoritos, levemente erodidas pela atmosfera rarefeita do planeta. Até agora não foi encontrado o menos traço de vida, inteligente ou não, em sua superfície, embora não estivesse excluída a possibilidade de que ele pudesse, de alguma forma, gerar ou abrigar estruturas vivas. Os planos atualmente em curso prevêem a continuação da exploração desses astros e também a dos outros planetas, desde Mercúrio, nas vizinhanças do Sol, até Netuno e Plutão, nos limites mais longínquos do Sistema Solar.

Livro "O Mundo em Que Vivemos"; Abril Cultural, página 32.
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