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sábado, 8 de janeiro de 2011

Novas e Supernovas


No fim da vida de uma estrela diversas coisas podem acontecer, dependendo da sua quantidade de massa. Algumas sofrem perda de matéria através de pequenas explosões, que chamamos de Novas. Outras sofrem destruição completa, num evento de ordem galáctica que pode ser visto a distâncias enormes. São as Supernovas. As supernovas são eventos muito raros. Ocorrem em média a cada 500 anos em cada galáxia, segundo estimativas atuais. A última em nossa galáxia foi vista no século XVII por Kepler. Em 1987 apareceu uma supernova na Grande Nuvem de Magalhães que ficou muito famosa. Foi visível a olho nú por meses.

Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas (estimativa) com mais de 10 massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior aos primeiros. Uma supernova possui todos os elementos da tabela periódica, consequentemente pode causar a extinção dos seres da Terra, mas também pode gerar vida. A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. O núcleo remanescente tem massa superior a 1,5 Massas solares, a Pressão de Degenerescênciados elétrons não é mais suficiente para manter o núcleo estável; então os elétrons colapsam com o núcleo, chocando-se com os prótons, originando nêutrons: o resultado é uma estrela composta de nêutrons, com aproximadamente 15 km de diametro e extremamente densa, conhecida como estrela de nêutrons ou Pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a Pressão de Degenerescência dos neutrons consegue manter o núcleo; então a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como Buraco Negro, cuja Velocidade de Escape é um pouco maior do que a velocidade da luz.
As Novas produzem-se em sistemas binários de estrelas, em que uma dessas estrelas é uma estrela compacta, normalmente uma anã branca, ou, excepcionalmente, uma estrela de nêutrons. Devido à força gravítica, muita matéria da sua companheira é transferida para a estrela compacta, até que a dada altura essa mesma matéria transferida sofre uma “combustão” nuclear dando origem à explosão da nova. Num curto período de tempo, por vezes menos de um dia, o brilho da nova aumenta muitos milhares de vezes, sendo que ao longo dos meses seguintes acaba por voltar à sua luminosidade inicial. Existem casos de novas recorrentes, que produzem explosões a intervalos irregulares na ordem das dezenas de anos.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Auroras Polares

O que são: As auroras lembram uma cortina de luzes naturais tremulando no céu. São um fenômeno dinâmico, e às vezes suas luzes parecem tocar o chão. Não confunda esse fenômeno com o nascer do Sol, que também se chama Aurora!
Auroras
Origem: O Sol é um lugar tão quente e dinâmico que a força de gravidade, embora gigantesca, não é capaz de conter a sua própria atmosfera. Em vez disso, a energia flui em torrentes de partículas eletricamente carregadas, que viajam pelo espaço em velocidades de 300 a mais de 1.000 km/s. Esse tipo de gás ionizado, chamado plasma, deforma as linhas de campo magnético do astro-rei, arrastando-as até a vizinhança dos planetas. É o vento solar. A Terra, porém, é protegida pelo seu próprio escudo magnético, a magnetosfera, e deflete a maior parte dessas partículas. As que são aprisionadas na magnetosfera aceleram ao longo das linhas de campo enquanto viajam até atingir uma região circular denominada oval das auroras, ou annulus. O annulus tem cerca de 3.000 km de diâmetro e localiza-se em torno dos pólos magnéticos da Terra (que não coincidem com os pólos geográficos), entre 60° e 70° Norte e Sul de latitude. Ali, a pelo menos 100 km da superfície, elétrons chocam-se com átomos de oxigênio e nitrogênio das moléculas da alta atmosfera, dando-lhes uma energia extra que, absorvida, provoca um estado excitado: os elétrons saltam para níveis mais energéticos e, como não podem manter-se nesse estado por muito tempo, retornam aos seus níveis de origem devolvendo a energia extra na forma de um fóton — ou um pulso de luz. Trilhões de átomos e moléculas no estado excitado produzirão a luz da aurora.
Esquema da Origem das Auroras
Tipos de Auroras: Chamamos auroras boreais aquelas que ocorrem no hemisfério Norte e auroras austrais as que vemos do hemisfério Sul.
Aurora Boreal
Como se formam as luzes da Aurora: A luz das auroras é similar a produzida no tubo de imagem de um aparelho de televisão. Os elétrons são acelerados e chocam-se contra a superfície de vidro, que é internamente recoberta por substâncias químicas que emitem luz verde, vermelha e azul, as cores básicas a partir das quais formam-se as imagens. Cada molécula de gás atmosférico brilha com uma cor em particular, dependendo se é neutra ou eletricamente carregada, e também da energia da partícula que a atinge. Oxigênio molecular, a cerca de 100 km de altitude, é fonte de uma luz levemente esverdeada. O mesmo oxigênio, mas acima de 300 km, emite luz vermelha ou, durante grandes tempestades magnéticas, um tom vermelho-sangue. Átomos de nitrogênio também produzem uma luz avermelhada. Mas o nitrogênio da alta atmosfera emite em azul e violeta.
Aurora Austral - Nova Zelândia.
Só a Terra tem Auroras? Não. Já foram observadas auroras em Júpiter e seu satélite Io, e também nos planetas Vênus, Saturno e Netuno. Aparentemente, se um planeta possui um campo magnético e alguma atmosfera então também pode haver auroras. Mas a maioria dos satélites do Sistema Solar (incluindo a Lua) e também Mercúrio e Plutão não têm auroras. Na imagem à direita, obtida em ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble, vê-se um panorama completo da aurora boreal em Júpiter, muito maior e mais energética que a produzida no planeta Terra.
Aurora de Saturno e de Júpiter
Auroras fazem mal ? Vistas da Terra, não. Além de causar as auroras, as partículas do vento solar também podem perturbar as transmissões dos satélites e, durante as tempestades solares ou em épocas de máxima atividade solar, passageiros dos vôos comerciais podem ficar expostos a doses de radiação iguais as de um aparelho de raios X hospitalar. Mas na camada atmosférica em que vivemos normalmente estamos a salvo desses danos. Observar uma aurora também não causa problemas na visão.
Aurora Austral

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

4 de Janeiro: Três em Um

O dia, ou melhor, a madrugada de 4 de Janeiro de 2011 será um conjunto de fenômenos astronômicos. Teremos:
Eclipse Parcial do Sol: A partir das 6.40 minutos de amanhã a Lua vai tapar parcialmente o Sol, fenômeno que terminará às 11 horas. No pico deste eclipse solar, o Sol ficará coberto entre os 40% e os 60%. O eclipse será visível no nosso país, mas será na Escandinávia e da Rússia que poderá ser observado na sua totalidade. Também na África Central e em grande parte da Ásia será possível observar o eclipse. Os portugueses poderão observar o eclipse total da Lua - quando a Terra tapar completamente a luz do Sol que ilumina o satélite - entre as 19.22 e 23.22 do dia 15 de Junho.
Urano com Júpiter: Mais uma vez o planeta Urano está bem fácil de ser localizado e observado porque pode ser visto bem próximo do planeta Júpiter. Os dois estão separados a uma distância angular de apenas 31 minutos de arco (cerca de meio grau), na constelação de Peixes.

Coordenadas de Urano (4/1 - 19:00 horário de Brasília):

Asecensão Reta (AR)= 23h 50min 20.8 seg

Declinação: -1g 50min 43seg
 Magnitude estimada de Júpiter: -2,31
Distância aproximada de Júpiter: 770.290.400 Km
Magnitude estimada de Urano: 5,87
Distância aproximada de Urano: 3.045.407.200 Km
Chuva de Meteoros Quadrantídeas:

ChuvaIntervaloMáximoA.R.Decl.VgTHZLua %
Janeiro
QuadrantídeasDez 28 - Jan 13Jan 03230°50°411202


O significado das colunas é o seguinte:
  • Chuva: O nome da chuva.
  • Intervalo: intervalo de atividade da chuva.
  • Máximo: Data de atividade máxima.
  • A.R. e Decl.: Ascensão reta e declinação (ICRS) do radiante no máximo.
  • Vg: Velocidade geocêntrica em km/s.
  • THZ: Taxa Horária Zenital. O maior número de meteoros que um observador iria ver em condições ideais, com céu totalmente claro e o radiante no zênite.
  • Lua %: Percentagem de iluminação da Lua às 0h UTC do dia do máximo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Chuvas de Meteoros em 2011

ChuvaIntervaloMáximoA.R.Decl.VgTHZLua %
Janeiro
QuadrantídeasDez 28 - Jan 13Jan 03230°50°411202
Fevereiro
alfa-CentaurídeasJan 28 - Fev 20Fev 08211°-58°56621
Abril
LirídeasAbr 17 - Abr 26Abr 22273°33°491880
pi-PupídeasAbr 15 - Abr 28Abr 24110°-45°18-61
Maio
eta-AquarídeasAbr 19 - Mai 28Mai 06339°-0°66607
eta-LirídeasMai 03 - Mai 18Mai 09290°42°44330
Junho
Bootídeas de JunhoJun 21 - Jul 02Jun 24216°38°15-45
Julho
Piscis AustralídeasJul 16 - Ago 09Jul 28341°-30°3559
delta-Aquarídeas do SulJul 12 - Ago 19Jul 29?339°-16°40204
alfa-CapricornídeasJul 03 - Ago 16Jul 31307°-10°2340
Agosto
PerseídeasJul 17 - Ago 26Ago 1348°58°5910099
kappa-CignídeasAgo 03 - Ago 27Ago 18278°59°25384
Setembro
alfa-AurigídeasAgo 25 - Set 07Set 0184°42°66712
Perseídeas do SetembroSet 05 - Set 18Set 0960°47°61589
kappa-AquarídeasSet 08 - Out 02Set 22?334°-14°13336
Outubro
DraconídeasOut 07 - Out 12Out 08264°58°202085
OrionídeasOut 02 - Nov 11Out 2295°16°662331
Leo MinorídeasOut 19 - Out 27Out 23161°38°62221
Novembro
Taurídeas do SulSet 25 - Nov 27Nov 0555°15°31572
Taurídeas do NorteSet 25 - Nov 27Nov 1156°22°315100
LeonídeasNov 08 - Nov 28Nov 18154°22°71857
alfa-MonocerotídeasNov 15 - Nov 25Nov 22117°65415
Dezembro
Fenicídeas do DezembroNov 28 - Dez 09Dez 0618°-53°18-82
Pupídeas-VelídiasDez 01 - Dez 15Dez 07?123°-45°401088
MonocerotídeasNov 18 - Dez 18Dez 08?102°42294
sigma-HídridasNov 30 - Dez 22Dez 11?127°583100
GeminídeasDez 01 - Dez 19Dez 14114°32°3512089
Coma BerenícideasDez 05 - Fev 01Dez 20?175°22°64428

LEGENDA:

Esquema de coresGrande chuva
Chuva destacada
Chuva difícil ou com fraca visibilidade
Outras chuvas
Outras chuvas

O significado das colunas é o seguinte:
  • Chuva: O nome da chuva.
  • Intervalo: intervalo de atividade da chuva.
  • Máximo: Data de atividade máxima.
  • A.R. e Decl.: Ascensão reta e declinação (ICRS) do radiante no máximo.
  • Vg: Velocidade geocêntrica em km/s.
  • THZ: Taxa Horária Zenital. O maior número de meteoros que um observador iria ver em condições ideais, com céu totalmente claro e o radiante no zênite.
  • Lua %: Percentagem de iluminação da Lua às 0h UTC do dia do máximo.
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