(...) E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto a Via Láctea, como um pálio aberto, cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, ainda as procuro pelo céu deserto. Dirá agora: "Está louco amigo! O que conversas com elas? Que sentido tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu te direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas". Via Láctea, Olavo Bilac.