quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Galáxia Super-Vento/NGC 4666

"A galáxia NGC 4666 teve imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Espacial Europeu do Sul). O telescópio MPG/ESO, localizado no Observatório de La Silla, no Chile, captou a foto. A NGC 4666 tem formação estelar intensa e seus gases formam "superventos".
Esta imagem será utilizada para estudo de outros objetos detectados anteriormente em observações de raios-X. Não é a primeira vez que esta galáxia foi visualizada: o telescópio da ESA XMM-Newton já havia captado imagens dela anteriormente.

NGC 4666 é uma galáxia que apresenta formação estelar intensa e um "super-
vento" de gás

Foto: ESO/Divulgação
Localiza-se a aproximadamente 80 milhões de anos-luz da Terra. Sua forte formação de estrelas, acredita-se, é causada por interações gravitacionais entre ela e suas galáxias vizinhas. Incluídas nestas está a NGC 4668, que pode ser vista no canto esquerdo inferior da imagem.
Já os "superventos" são causados por combinações de explosões de supernovas e ventos ocasionados por estrelas de grande massa. Essas combinações lançam jatos de gás da galáxia para o espaço. Os "superventos" são de grande dimensão, se originam na região central da galáxia e estendem-se por milhares de anos-luz. Seus gases são quentes, o que causa a emissão de radiação em raios-X e rádio, o que impede sua observação em fotos."

Fonte: Blog Da Astronomia

Astrônomos flagram estrela devorando outra e gerando planetas

"Uma equipe de astrônomos pode ter flagrado uma estrela no ato de devorar outra e criando uma segunda geração de planetas a partir do disco de "sobras".
Usando dados do Observatório de Raios X Chandra, o grupo de Joel Kastner, do Instituto de Tecnologia de Rochester, encontrou sinais de que uma estrela variável na constelação de peixes, BP Piscium, não é a estrela jovem que aparenta ser, mas sim uma gigante vermelha que engoliu uma estrela ou planeta da vizinhança, diz nota divulgada pelo instituto.
O artigo científico que descreve a hipótese será publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Ilustração de BP Piscium, com disco e jatos de matéria
Foto: Estadão
Desde que foi descoberta há 15 anos, a estrela vem confundindo os cientistas, ao apresentar características tanto de um astro jovem quando de uma estrela velha.
Kastner atribui a possivelmente enganosa juventude da estrela a duas coisas: um disco de material que lembra os discos onde se formam planetas ao redor de estrelas novas e os jatos de material que partem dos polos do astro. Uma estrela jovem acumula material do disco, que cai em sua direção, absorvendo cerca de 90% do que cai e reciclando o restante para o espaço, através dos jatos.
Outros detalhes, no entanto, apontam na direção oposta. Por exemplo, a estrela existe isolada, enquanto que a maioria das estrelas jovens se formam em aglomerados.
Os dados do Chandra mostram que a estrela é uma fonte pobre de raios X, o que vai contra a hipótese de juventude. Em nota, Kastner refere-se a esse dado como "o prego no caixão" da ideia de que BP Piscium seria uma estrela de formação recente.


BP Piscium (no centro) e prováveis discos
e jatos de matéria "saindo" dela.

A taxa de emissão, de acordo com ele, é compatível com a de estrelas velhas que giram rapidamente, de uma classe que, acredita-se, surge quando uma estrela engole outra.
"As companheiras dessas estrelas gigantes caíram dentro delas e fazem com que girem mais rápido", explica Kastner. "Nossa hipótese de trabalho é que estamos olhando para a estrela bem no ponto em que ela acabou de engolir a companheira e, assim, formou o disco. pare do material que compunha a companheira caiu na estrela, e parte foi expelido em alta velocidade, e é a isso que estamos assistindo".
Embora planetas próximos que eventualmente existissem tenham sido engolidos quando a estrela se tornou uma gigante vermelha, uma segunda rodada de formação de planetas pode estar em andamento no disco, centenas de milhões de anos após a primeira.
Outro artigo científico, baseado em dados do telescópio espacial Spitzer, indica evidência de um planeta gigante no disco. Esse pode ser um novo exoplaneta, ou um que sobreviveu ao cataclismo."

Fonte: Estadão

Cometa 103P/Hartley 2 - Outubro de 2010

Passagem do Cometa em Outubro: Atualmente está visível no hemisfério norte com magnitude 7,4. Mas ao atingir o periélio, em 22 de outubro, estará bem sobre a acliptica, acredito que será visível nos dois hemisférios.

Sua órbita é externa à da Terra, o que significa que não teremos o sol para atrapalhar.

Só não sei se ele ainda tem material brilhante na superfície suficiente para atingir magnitude visível a olho nú, pois ele é periódico e tem um período relativamente curto.(6,47 anos). Deve estar "gasto".

103P/Hartley 2 - Novembro/1997
Sobre o Cometa: O cometa Hartley 2, designado oficialmente 103P/Hartley, é um pequeno cometa periódico com um período orbital de 6,46 anos. Ele foi descoberto por Malcolm Hartley em 1986, com o telescópio Schmidt Unidade de Siding Spring, na Austrália. O seu diâmetro é Estimado entre 1,2 e 1,6 km.

Há previsto um sobrevôo do Hartley 2 pela nave espacial Deep Impact, com uma maior aproximação de 700 quilômetros em 04 de novembro de 2010. Esta é uma parte da missão EPOXI.

O cometa passará a 0,12 UA da Terra no dia 20 de outubro de 2010, o que é apenas oito dias antes da sua chegada ao periélio, em 28 de outubro de 2010. Durante esta passagem, o cometa, dependendo das condições do local da observação, poderá ser observado a olho nu, com magnitude 4.1. Binóculos deve torná-lo um alvo fácil.

Cometa 103P/Hartley 2

Espiral ao lado de estrela gigante

"O que criou esse enorme e misterioso espiral espacial? Nenhum astrônomo sabe ao certo. Suspeita-se que seja um sistema binário de estrelas que entrou em uma fase de nebulosa planetária, quando sua atmosfera exterior foi ejetada.

O espiral tem meio ano luz de comprimento e tem uma taxa de expansão incrível: a cada 800 anos uma nova camada de poeira deve aparecer.
Misterioso espiral (esquerda) e estrela gigante.
Essa estrutura desconhecida foi catalogada como IRAS 23166+1655.

A foto foi tirada em infravermelho pelo Hubble. Suspeita-se que a iluminação do espiral misterioso seja proveniente de estrelas próximas mas, novamente, nenhum astrônomo tem certeza"

Fonte: Hypescience

ESO divulga imagem de estrela gigante bebê

Navegando pela comunidade "Astronomia", vi um tópico do Ivan, jornalista e redator do portal Terra, sobre a imagem da estrela gigante bebê. Achei muito linda a imagem, e vou postar aqui com o textinho.

"O Observatório Espacial Europeu (ESO) divulgou nesta terça-feira a imagem de uma estrela maciça bebê. A imagem inédita é uma sobreposição de imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Agência Espacial Americana (Nasa), e pelo telescópio do ESO em terra. As informações são da agência AFP.


A imagem prova que as estrelas maciças nascem da mesma forma de suas 'irmãs' menores
 Foto: AFP

Segundo os astrônomos, a imagem é a primeira evidência direta de que as estrelas muito grandes – aquelas que têm a massa no mínimo 10 vezes maior que o nosso Sol – nascem da mesma forma que as irmãs menores, a partir de uma nuvem de poeira e gás em forma de disco."

Fonte: Notícias Terra/Créditos ao Ivan, jornalista e redator do portal Terra.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Astrônomos descobrem sistema planetário semelhante ao Solar

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul descobriram um sistema planetário com pelo menos cinco planetas que orbitam uma estrela semelhante ao Sol, chamada HD 10180, a 127 anos-luz de distância da Terra. Os pesquisadores também têm a evidência da existência de mais dois planetas, um dos quais teria a menor massa já descoberta. Isso tornaria o sistema similar ao nosso Sistema Solar, em termos de número de planetas (sete em relação a oito do Sistema Solar). Além disso, a equipe também encontrou evidências de que as distâncias dos planetas da estrela seguem um padrão regular, como também é visto no nosso Sistema Solar.

"Nós descobrimos o que provavelmente é o sistema com mais planetas já descoberto", diz Christophe Lovis, autor do estudo. “Esta descoberta notável também destaca o fato de que agora estamos entrando em uma nova era na investigação de exoplanetas: o estudo dos sistemas complexos e não apenas dos planetas individualmente. Estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam complexas interações gravitacionais entre os planetas e nos dão pistas sobre a evolução a longo prazo do sistema." A equipe de astrônomos usou o espectrógrafo Harps, ligado ao telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul) em La Silla, no Chile, em um estudo de seis anos da estrela HD 10.180, situada a 127 anos-luz de distância, ao sul da constelação de Hidra Macho.

Observatório Astronômico em La Silla, no Chile
Foto: Mulher das Estrelas (blog)
Graças ao Harps, os astrônomos detectaram os minúsculos movimentos da estrela causados pelo complexo de atração gravitacional dos cinco ou mais planetas. Os cinco sinais mais fortes correspondem aos planetas com massas semelhantes a Netuno - entre 13 e 25 massas terrestres - que orbitam a estrela, com períodos que variam de cerca de 6 a 600 dias. Esses planetas estão situados entre 0,06 e 1,4 vezes a distância Terra-Sol de sua estrela. "Também temos boas razões para acreditar que existam mais dois planetas", diz Lovis. Um deles seria um planeta como Saturno (com 65 massas terrestres) e órbita de 2.200 dias. O outro seria o exoplaneta menos massivo já descoberto até hoje, com uma massa de cerca de 1,4 vezes a da Terra. Ele estaria muito perto da sua estrela, a apenas 2% da distância Terra-Sol. Um ano neste planeta duraria apenas 1,18 dias terrestres.
"Este objeto teria um efeito na estrela de apenas 3 km/hora- mais lento que a velocidade de caminhada - e este movimento é muito difícil de medir", diz o membro da equipe Damien Ségransan. Se confirmado, este objeto seria um outro exemplo de um planeta rochoso quente, semelhante ao Corot-7b. O sistema recentemente descoberto de planetas em torno de HD 10180 é único em vários aspectos, diz o ESO. Primeiro, com pelo menos cinco planetas como Netuno em uma órbita semelhante a de Marte, este sistema é mais povoado do que o nosso Sistema Solar e tem muito mais planetas massivos.

Suposto Sistema Solar parecido com o nosso, tanto em número de planetas
como em distâncias dos planetas
Foto: Notícias Uol
 Além disso, o sistema provavelmente não tem nenhum planeta gigante gasoso semelhante a Júpiter e todos os planetas parecem ter órbitas quase circulares. Até agora, os astrônomos conhecem quinze sistemas com pelo menos três planetas. O último detentor do recorde era de 55 Cancri, que contém cinco planetas, dois deles sendo planetas gigantes. "Sistemas de planetas de baixa massa como o da estrela HD 10180 parecem ser bastante comuns, mas a história de sua formação continua a ser um quebra-cabeça", declara Lovis.

Fonte: Notícias Uol
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