terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meteoritos em Varre-Sai - Rio de Janeiro

Na pequena cidade de Varre-Sai, interior do Rio, uma pedra foi encontrada num quintal de uma área rural. Astrônomos e pesquisadores estudaram-na e tudo indica que a pedra é um meteorito.
Depois de confirmar isso, os técnicos voltaram à cidade para tentar achar outros pedaços de meteorito, à fins de estudo. O meteorito foi achado por um agricultor, Germano da Silva Oliveira de 62 anos, mas antes disso acontecer já haviam tidos chamados de moradores que diziam ter visto um meteoro. O meteorito encontrado tem 12 centímetros de diâmetro e pesa 600 gramas, e a última queda de meteoritos no Brasil foi há 20 anos!

Após estudos, especialistas afirmam que a pedra
é um meteorito (Foto: Welliton Rangel/Divulgação)

O meteorito caiu no município dia 19 de Junho. Um casal de bolivianos foi preso no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, com três pedaços do meteorito. É provável que haja um pedaço do meteorito com mais ou menos 20 quilos perdido por Varre-Sai. O prefeito da cidade diz que dará bicicletas de recompensa para quem achar fragmentos do meteorito, pois é de grande valor para a cidade, que entrou na rota de Turismo assim que caiu o meteorito. Pretendem até criar um museu astronômico em Varre-Sai, para que as pessoas venham conferir os pedaços do meteorito.
Germano e o meteorito
Uma rocha como a que Oliveira encontrou valeria entre R$ 15 mil e R$ 18 mil. A rocha de 20 quilos, R$ 1 milhão. "A prefeitura está interessada em comprar, mas não vai entrar em leilão", avisou o prefeito. Os bolivianos detidos, Benjamin Rivera e Cláudia Avellar, pagaram R$ 170 por um dos fragmentos. "Eles compraram de um adolescente, e o rapaz acabou contando. Mas nem sabíamos que estavam com outros dois pedaços", diz Souza. "Nossa luta é que o meteorito permaneça na região. Só o anúncio de um meteoro fez aumentar muito a procura pelo clube de astronomia".
Reportagem com Germano, sobre o meteorito
que achou

Enquanto não decide se vende ou não o meteorito, o agricultor pediu que a rocha fique guardada num cofre da prefeitura. O prefeito encomendou três réplicas que ficarão expostas na cidade. A Universidade Federal do Rio de Janeiro também está estudando a composição do material encontrado.

Cidade do ET no Brasil (caso do ET)

Na cidade de Varginha, município de Minas Gerais, ocorreram vários acontecimentos envolvendo "ETs" no dia 20 de janeiro de 1996. As irmãs Liliane e Valquíria Silva, além da amiga mais velha de ambas, Kátia Xavier, ao passarem próximo a um terreno baldio no bairro de Jardim Andere, teriam visto uma das tais criaturas, que teria pele marrom viscosa, olhos enormes de cor vermelha e três protuberâncias na parte superior da cabeça, que era bastante volumosa. As três garotas, visivelmente abaladas emocionalmente, reafirmaram este relato diversas vezes, chegando a mãe de duas delas a afirmar, algum tempo depois, ter a sua família sido submetida a uma tentativa de suborno de um agente que não se identificou, para que não mais levassem a história adiante. A mídia informou que várias testemunhas afirmam que no mesmo dia em que as três meninas teriam visto a tal criatura, também notaram uma movimentação anormal de patrulhas da PM, veículos do exército e do Corpo de Bombeiros pela cidade. Testemunhas que também não tinham qualquer tipo de ligação com as primeiras também afirmaram terem visto a queda de um OVNI nos arredores de Varginha. Segundo os ufólogos que investigaram o Caso Varginha, o perito Badan Palhares teria sido chamado pelas Forças Armadas a Varginha para fazer a necrópsia do cadáver de um dos supostos ETs, que teria sido morto por um PM após uma operação de captura. Neste mesmo evento, ainda segundo os ufólogos, o policial Eli Chereze teria capturado apenas os braços de uma outra criatura do mesmo tipo, e os levado aos militares. O policial nunca teria contado este evento a ninguém, além de familiares, vindo a morrer cerca de 30 dias depois de uma infecção desconhecida.

Diário do caso


20.01.96 - 01:00h - O casal de trabalhadores rurais, Oralina Augusta e Eurico de Freitas acordam com o gado correndo de um lado para outro. Na sua fazenda, que fica a 10 Km da cidade, avistam pela janela um objeto cinza com formato de submarino, do tamanho de um micro-ônibus sobrevoando o pasto. O OVNI não faz barulho e solta uma fumaça branca. O fenômeno durou 40 minutos.
20.01.96 - por volta das 10:00h - Crianças atiram pedras no "bicho". Três adultos observam no local a operação de localização e captura iniciada pelos Bombeiros, em um barranco na Rua Suécia, em frente ao n. 03, no Jardim Andere. À 150 metros o ajudante de pedreiro Henrique José de Souza vê quatro Bombeiros.
20.01.96 - Entre 10:30 e 11:00h - Bombeiros sobem o barranco com o ET na rede, colocam dentro de uma caixa e cobrem com lona. O caminhão do Exército chega no local. A caixa é colocada dentro do caminhão do Exército e parte com destino a ESA, em Três Corações-MG. Os Bombeiros retornam ao quartel de Varginha. O Major Maciel do Corpo de Bombeiros coordenou a operação.
20.01.96 - Por volta das 13:30h - Dez civis observaram uma operação envolvendo sete militares do Exército, no local da primeira captura. Em certo momento, escutaram três disparos, identificados por uma das testemunhas, que já foi militar, como sendo de um FAL (Fuzil Automático Leve, arma característica do Exército Brasileiro). Depois soldados sobem o barranco com dois sacos de campanha cheios. O conteúdo de um dos sacos estava se movimentando, enquanto o do outro , permanecia imóvel.
20.01.96 - 15:30h - As jovens Kátia, Liliane e Valquíria vêem o segundo ET, na Rua Benevenuto Brás Vieira, ao lado do n. 76. Elas saem correndo apavoradas e gritando. A mãe e vizinhos acodem as meninas.
20.01.96 - 16:10h - A mãe das meninas, Sra. Luíza retorna ao local e vê duas pegadas e sente um cheiro estranho.
20.01.96 - 18:00h - Chuva de granizo.
O professor de Psiquiatria da Harvard Medical School, John Mack, dos EUA, que pesquisa encontros humanos com alienígenas, esteve em Varginha, analisando clinicamente as testemunhas que viram o ET. Sua conclusão é de que elas estão traumatizadas e de fato viveram uma experiência real.

Representação do ET de Varginha
Características do ET de Varginha
-Cabeça grande e careca;
-Olhos grandes, vermelhos e sem pupila.
-Língua preta, estreita e comprida
-Três pequenas saliências na cabeça parecidas com chifres, um no meio e dois ao lado.
-Pele marron e escura, coberta por uma oleosidade brilhante
-Veias salientes e vermelhas no rosto, ombro e braços.
-Três dedos nas mãos e pés grandes com dois dedos e sem unhas
-Aproximadamente 1.60m de altura
-Produzia um som parecido com zumbido de abelha

Alinhamento dos Planetas

Representação de como os planetas ficam alinhados
(apenas uma representação, óbvio que não é real!)

Na astrologia (estudo baseado nos fenômenos do Universo em relação aos da Terra), um tema muito comentado é o alinhamento dos planetas. Vou tentar resumir de uma forma bem simples, e diferenciar o tema que tem diferentes versões, tanto na astrologia como na astronomia. Como disse, na astrologia é muito comum este assunto, sobre alinhamento dos planetas do Sistema Solar, porque, neste estudo, eles relacionam o alinhamento com os signos, enfim, com tua personalidade, tua alma, teu futuro, coisas que não são comprovadas cientificamente. Aliás, é isso que difere Astronomia de Astrologia, pois na astronomia é tudo provado cientificamente, dá para saber se é verdade ou não pelos cientistas, astronautas, astrônomos, que estão sempre estudando os fenômenos de perto e à fundo; enquanto na astrologia, eles falam por falar, porque acham que tem algo a ver conosco o que ocorre no espaço. Portanto, quando se fala em alinhamento de planetas, ou qualquer outro fenômeno do Universo, na astronomia têm um significado científico (estudado, comprovado) e na astrologia têm outro (relacionado conosco). Agora, primeiro vou explicar o que significa o Alinhamento dos Planetas na astrologia e no calendário maia (super interessante!)

Alinhamento dos Planetas na Astrologia e no Calendário Maia
Dia 5 de maio de 2005 (5/5/5) ocorreu um Alinhamento dos planetas seguido de uma chuva de meteoros, o que deu mais certeza aos astrólogos de que seria uma 'premonição', de que temos a ver sim com os fenômenos celestes e que eles estão nos avisando algo com isso, ainda mais pela coincidência dos números da data (5 (dia)/5(mês)/5(ano). Tudo isso, na astrologia, tem ligação com o povo aqui, da Terra, foi aí que surgiram os signos do Zodíaco, que consiste na crença de que os astros, dependendo de sua posição no espaço, podem dizer o que acontecerá com a determinada pessoa daquele determinado signo.

Calendário Maia

Outro assunto relacionado à Astrologia, é o Calendário Maia, criado a mais ou menos 3 mil anos baseado nas estrelas, e para cada 20 anos, chamado por eles de katún, existe uma profecia para cada katún, e no último, ele diz que no ultimo dia de dezembro de 2012 o Mundo acabará. O que liga o calendário maia à Astrologia é que, exatamente nesta data, ocorre o alinhamento dos planetas, que além de estarem alinhados entre s í, estarão alinhados com o centro da via láctea, fato que ocorre a cada 26.000 anos, algumas pessoas suspeitam que isso pode alterar o fluxo magnético da terra, podendo até fazer com que ela mude seu eixo de rotação, girando para o lado oposto, detalhe que o alinhamento dos planetas já tinha sido previsto pelos maias há 3 mil anos atrás, nos últimos anos foi confirmado também pela astrologia moderna. Sinistro, né ?

Maias acreditam que em 2012 o alinhamento dos
planetas podem alterar o fluxo magnético da Terra

Alinhamento dos Planetas na Astronomia
Já na Astronomia, o alinhamento dos planetas não tem nada a ver com fim do mundo; é apenas mais um fenômeno celeste, como qualquer outro. É claro, que são muitas coincidências, mas se fosse pra ter acontecido algo, já teria acontecido à muito tempo. Isso ainda é uma dúvida, tanto para os astrônomos, com para os astrólogos, mas o astrônomos garantem que nada acontecerá. No alinhamento que citei aqui em cima, dia 5/5/5, também é uma grande afirmação: para os astrônomos, uma prova de que não acabará o mundo com um alinhamento, pois mesmo com a chuva de meteoros e a coincidência dos números da data, nada aconteceu; mas, para os astrólogos, era apenas um 'aviso' de que algo muito ruim aconteceria na próxima coincidência, no caso, 2012.

domingo, 15 de agosto de 2010

Chuva de Meteoros: O que são e Porque ocorrem (13 de agosto, sexta-feira)

Chuva de Meteoros Perseids 2010 (não sei de
que lugar tiraram a foto)
Nessa sexta-feira, dia 13 de agosto, ocorreu um fato astronômico super lindo: a Chuva de Meteoros Perseids. O céu em meio à madrugada ficou todo iluminado, simplesmente um espetáculo! Quem teve a oportunidade de ver ficou com os olhos cheios d'água. Pois bem, não tenho muito o que comentar, já que MUITOS outros sites e blog também comentaram sobre a Chuva de meteoros, e eu não vou copiar o conteúdo deles, uma, porque ia ficar muito bobo dois blogs com o mesmo conteúdo, ridículo. Dois, porque eu gosto de resumir numa linguagem mais fácil de entenderem e três, porque eu gosto de fazer do meu jeito, então, aproveitem! 



O que são Chuvas de Meteoros ?
Uma pergunta bem frequente no mundo da Astronomia é essa. Vou explicar de um jeito bem simples. O cometa, um corpo celeste composto basicamente de gelo e poeira, ao entrar em contato com a atmosfera, cria "faíscas", já que os componentes do cometa queimam com os componentes da atmosfera. Isso cria a Chuva de Meteoros, onde vários pedaços do cometa se encontram com a atmosfera e queimam. 


Porque elas ocorrem ? 
Como disse aqui em cima, as chuvas de meteoros são um fenômeno causado pelo encontro dos pedaços do meteoro com a atmosfera. Então, as chuvas de meteoros ocorrem porque a Terra, em determinadas épocas, entra em contato, ou chega perto, de algum meteoro, ocasionando as "faisquinhas" que vemos no céu.


O que aconteceu nessa sexta ? Como foi ?
Desculpa, a imagem tá ruim, mas quem tirou devia tá
babando, rs
Pois bem. Já expliquei nesse post que as chuvas de meteoros são junção da atmosfera com o meteoro, e que elas ocorrem por isso mesmo. Agora, vou explicar o que aconteceu, exatamente, sexta, em agosto. 
O nome da chuva de meteoros que rolou na madrugada do dia 13 de agosto é Perseids (mas tem gente que fala Perseidas, Perdeídas, tem o mesmo significado). Ela ocorre todo ano, no mês de agosto, pois é nesta época que a Terra passa pelos rastros do cometa Swift-Tuttle.
Ao longo do ano, várias chuvas de meteoros acontecem, porém, algumas não são visíveis no Brasil. Por isso, devemos nos sentir prestigiados por poder ver esse lindo espetáculo tão nitidamente.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Corrida Espacial e a Guerra Fria


Guerra Fria

Guerra Fria: A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Corrida Espacial:
EUA versus União Soviética
 EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

 
Ligação entre Guerra Fria e Corrida Espacial

Em 1957, União Soviética envia no foguete
Sputnik um cão, primeiro ser no espaço

Como viram, os Estados Unidos e a União Soviética eram países super inimigos, então, um queria ser melhor que o outro, em todos os aspectos como economia, política, etc. Isso não foi diferente em relação à Conquista do Espaço. Os dois países queriam chegar à Lua, descobrir o Universo, um mais rápido do que o outro, primeiro do que o outro. Essa disputa ocorria porque eles queriam mostrar qual era o melhor sistema. A União Soviética enviou uma nave com um cachorro dentro, enquanto os Estados Unidos, anos depois, mostrou ao Mundo a vitória do Homem na Lua.
O melhor dessa disputa era que, quanto mais eles iam competindo, tentando ser melhor do que o outro, os dois países rendiam muito, pois criavam novas tecnologias (como o do homem chegar à Lua) para a nação.




Em 1969, o Homem norte-Americano
chega à Lua


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os satélites brasileiros (SCD e CBERS)

Os satélites brasileiros



CBERS:
Satélite Cbers, captura as imagens do espaço
CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite, que em português significa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) é uma cooperação entre Brasil e China no desenvolvimento de tecnologias espaciais, que resultou no satélite CBERS-1, lançado em 1999, e no CBERS-2, em órbita desde 2003. Desde que o acordo foi feito em 1988, os dois países já investiram mais de US$ 300 milhões para a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional.
Hoje, dezessete anos depois, o Brasil é um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo. O que é ótimo para um país que até então dependia exclusivamente de imagens fornecidas por equipamentos estrangeiros.
A parceria não inclui a transferência de tecnologia entre os dois países, e cada um precisou transpor os obstáculos que surgiram no desenvolvimento daquele que era o primeiro satélite do gênero tanto para o Brasil como para a China. Antes do CBERS, os brasileiros haviam construído o SCD - Satélite de Coleta de Dados, de menor porte. "Do SCD para um satélite grande como o CBERS foi um grande passo", resume Janio Kono, coordenador do Programa Sino-Brasileiro no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que tem a missão de desenvolver e construir os satélites do Brasil. Na China, o programa está sob a responsabilidade da CAST - Chinese Academy of Space Technology. Além do conhecimento tecnológico, o programa espacial também traz benefícios sociais, demonstrados durante o "Seminário de Aplicações do CBERS-2 - 2º Ano de Sucesso", realizado pelo INPE nos dias 19 e 20 de outubro. A utilidade das imagens foram apresentadas por alguns dos maiores usuários do satélite, como Petrobras, IBGE, Incra, Embrapa, Ibama, ANA, organizações não-governamentais e empresas de geoprocessamento. O IBGE, por exemplo, usa os dados para atualizar seus mapas em projetos de sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior impacto econômico e social devido às dimensões continentais do Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão extenso seria quase impossível. É importante destacar que neste dia 21 de outubro, quando o CBERS-2 completa seu segundo ano de operação, o Brasil fecha um ciclo de desenvolvimento tecnológico na área espacial. Quando foi assinado o contrato com a China, previa-se a construção de apenas dois satélites de sensoriamento remoto, cada qual com vida útil estimada em dois anos. O sucesso do programa pode ser comprovado pela renovação do acordo, firmada durante a visita do presidente da China ao INPE em 2002. Com número cada vez maior de usuários, o CBERS não terá seu fornecimento de imagens interrompido, pois até 2011 deverão ser lançados outros três satélites, mais sofisticados, que renovam o desafio para a engenharia espacial brasileira.

Lançamento do Satélite CBERS 2
O Satélite: O CBERS-2 é equipado com câmeras para observações ópticas de todo o globo terrestre, além de um sistema de coleta de dados ambientais. O satélite está em órbita síncrona com o Sol a uma altitude de 778 km, completando 14 revoluções da Terra por dia. Este tipo de órbita faz com que o satélite sempre cruze o Equador às 10h30 da manhã, hora local, provendo assim as mesmas condições de iluminação solar para tornar possível a comparação de imagens adquiridas em diferentes datas. Além do módulo com a carga útil, o satélite possui ainda outro módulo para os equipamentos de suprimento de energia, controles, telecomunicações e demais funções necessárias à operação. Os dados internos para monitoramento do estado de funcionamento do satélite são coletados e processados por um sistema de computadores antes de serem transmitidos à Terra. Uma das maiores vantagens do CBERS-2 é a diversidade de câmeras com diferentes resoluções espaciais e freqüências de coleta de dados. No período aproximado de cinco dias, obtém-se uma cobertura completa do globo. Além disso, qualquer fenômeno detectado pelo WFI pode ser focalizado pela Câmera CCD, para estudos mais detalhados no máximo a cada três dias. A Câmera CCD opera em 5 faixas espectrais incluindo uma faixa pancromática de 0,51 a 0,73 µm. As duas faixas espectrais do WFI são também empregadas na câmera CCD para permitir a combinação dos dados obtidos pelas duas câmeras. São necessários 26 dias para uma cobertura completa da Terra. Sua resolução é ideal para observação de fenômenos ou objetos cujo detalhamento seja importante. As bandas da CCD estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos. Atualmente, apenas a CCD está em operação. Em abril deste ano, um problema no suprimento de energia do CBERS-2 exigiu o desligamento das outras duas câmaras, para economia de energia. A falha não afetou significativamente os usuários, porque as imagens da CCD correspondem a cerca de 90% da demanda.

SCD:
Satélite SCD 2
Os satélites SDC (Satélites de coleta de dados) são equipados para captar e retransmitir dados meteorológicos, ambientais e da química atmosfera, coletados por plataformas (PCD) instaladas em terra ou por bóias oceanográficas. Os dados são retransmitidos a uma ou mais estações terrenas de recepção. O INPE é o responsável pela especificação, projeto, desenvolvimento, fabricação e operação desta série de 4 satélites, o SCD-1, SCD-2, SCD-2A e SCD-3.
Estão em órbita somente os satélites SCD-1 e SCD-2.
O SCD-1 foi colocado em órbita em fevereiro de 1993 e encontra-se operando até hoje, com uma vida útil além do período, inicialmente previsto, de um ano. Sua órbita foi escolhida de forma a cobrir inteiramente o território brasileiro, se mantém com aproximadamente 760 Km de altitude e 20º de inclinação em relação ao plano do Equador. Seu período orbital é de 98º passando pelo Brasil cerca de 8 vezes ao dia. Ele é o primeiro satélite da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) que prevê o desenvolvimento e a construção de outros três, o SCD-2 (já concluído) e dois satélites de sensoriamento remoto (SSR-1 e SSR-2) para observações de recursos terrestres.
O SCD-2 foi lançado, com sucesso, em 1998, por meio de um veículo Pegasus, a partir do Cabo Canaveral. Atualmente opera de forma conjunta com o SCD-1. Pretende-se, desta forma, ampliar a prestação dos serviços de coleta de dados.
Novamente, o satélite SCD 2
O SCD-2A foi perdido no lançamento inaugural do VLS-1, em 1997.
O SCD-3, projetado para órbita circular equatorial a uma altura de 1.100Km, permitirá, do ponto de vista de coleta de dados, uma varredura territorial complementar a dos demais satélites SCD e a dos satélites CBERS, além de propiciar a ampliação da capacidade de recepção e transmissão de dados. além de desempenhar as mesmas funções dos anteriores, apresentará nova configuração e desenho. Este novo satélite terá órbita circular com altitude de 1.100 Km e fará testes de um sistema de voz móvel para transmissão de mensagens na Região Amazônica. Seus objetivos são o de coleta e comunicação de dados ambientais. Proporciona aos pesquisadores possibilidades de estudos mais precisos nos campos da meteorologia, oceanografia e química da atmosfera, em função da maior freqüência e regularidade de obtenção das informações. Adicionalmente, deverá promover um experimento de comunicação de voz e dados.  
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