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sábado, 21 de agosto de 2010

Os foguetes brasileiros (foguetes de sondagem e o Veículo Lançador de Satélites-VLS).

Os Foguetes Brasileiros

Foguetes de Sondagem
"Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do espaço, capazes de lançar cargas úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. Inserido no escopo do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), em seu programa decenal, e executado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o projeto iniciou-se em 1965, quando o foguete Sonda I fez o vôo inaugural, constituindo-se no primeiro lançamento de um foguete nacional do então Campo de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI). Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse tipo"
Resumindo: Foguetes de sondagem, como o próprio nome diz, são foguetes enviados ao espaço com sondas 'imbutidas' (não sei se é a palavra certa pra usar) nele para estudo e exploração do espaço sideral.
Foguetes Brasileiros de Sondagem
"Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30, versão do foguete VS-30 acrescido de um estágio para aumentar a capacidade de carga útil e tempo de microgravidade. O desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre a Agência Espacial Alemã e a AEB. Desde então, já foram realizados um lançamento no Brasil e dois na Suécia, todos bem-sucedidos"

SONDA I, projetado para estudos da alta atmosfera e para transportar cargas úteis meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude

SONDA II, depois de 1966, o Sonda I evoluiu para o Sonda II, usado para transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas, de 20 a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 a 100 Km de altitude, com inovações tecnológicas, como novas proteções térmicas, novos propelentes e testes de componentes eletrônicos.

SONDA III. Em 1969, o IAE iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III com propulsores do 1º e 2º estágios carregados com propelente sólido, capaz de transportar cargas úteis científicas e tecnológicas de 50 a 150 kg para experimentos na faixa de 200 a 650 km de altitude, com certeza super mais moderno e com novos sistemas, controladores, etc

SONDA IV. Projeto preliminar do foguete biestágio Sonda IV, com propulsores carregados com propelente sólido, especificado para permitir o domínio das tecnologias imprescindíveis para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de 300 a 500 kg para experimentos na faixa de 700 a 1000 km de altitude.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Foguetes e Satélites: O que são, Pra quê servem, Velocidades, Controlar um Satélite em Órbita, etc


Foguete que transporta o Satélite
 da Internet de alta velocidade “Kizuna”
Os foguetes e satélites tiveram inevitável importância no desenvolvimento da astronomia moderna (assim como em outras ciências), e sem dúvida continuarão a ter por um longo tempo. Eles continuarão dominando o lançamento de objetos ao espaço por um tempo inimaginável, pois as novas tecnologias de propulsão em desenvolvimento se aplicam melhor a naves espaciais: objetos colocados no espaço pelos foguetes, para de lá seguirem seu caminho pelo espaço e em conjunto com os satélites, eles são poderosos instrumentos de observação espacial e terrestre, além de terem muitas outras aplicações, por sua localização privilegiada. Esses objetos estão entre as invenções mais espetaculares do século XX. Os foguetes servem para enviar objetos ao espaço, sejam eles sondas, satélites, naves espaciais e até mesmo o Homem. Os satélites científicos são utilizados para observar a Terra ou o espaço ou para realizar experiências em micro gravidade. Os satélites de observação da Terra permitem estudar as mudanças climáticas, para estudar os recursos naturais, para observar fenómenos naturais, para o mapeamento de cidades e até para a espionagem (alguns foto-satélites tem o poder de aproximação de 1m de dimensão mas existem especulações de satélites secretos com maior poder de aproximação). Na Astronomia, os satélites são enviados para captar fotografias e estudar o Universo, os planetas, etc, 'mais de pertinho'.

Satélite - Internet
Velocidades dos Foguetes e Satélites
Para sair da atmosfera terrestre e ir ao Espaço, os Foguetes precisam superar a força gravitacional da Terra, que os puxa pra baixo. Exemplo: Se atirarmos uma pedra para cima ela "sobe" e depois "desce", certo? Errado! Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não mais "retornando" ao nosso planeta. A velocidade mínima para isso acontecer é chamada de velocidade de escape. A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h. Então, se a gente conseguisse jogar uma pedra a 40.320 Km/h, ela não iria retornar, pois não seria mais puxada pela gravidade e se livraria dela. Então, como vimos, para um corpo, objeto, ou 'massa' se livrar da gravidade da Terra ele teria que superá-la, ou seja, se a velocidade de escape (para se livrar da gravidade) é da Terra é de 40.320 Km/h, o Foguete precisa chegar à essa velocidade. Quando se aperta o botão para o foguete 'ir para o Espaço', ele começa com uma velocidade bem fraquinha, uns 10 Km, mas até chegar lá em cima, até a última 'camada' da atmosfera terrestre, precisa alcançar 40.320 Km/h, aí sim estará livre da gravidade e ficará no Espaço. Então, a velocidade média que um foguete precisa para 'sair' da Terra é maior do que 40.320 Km/h, muito rápido mesmo! Um satélite artificial gira ao redor da Terra à altura de 35800 km (raio da Terra = 6400 km; período de rotação = 24hr. Como o satélite gira em torno da terra, o seu centro de rotação coincide (é igual) com o centro da Terra, portanto o raio de rotação será = 6400 (da Terra) + 35800 = 42.200 Km. Com essa órbita, o espaço percorrido em uma volta ao redor da Terra é de Pi x 2 x 42200 = 265150 Km. Dividido pelo período de 24 horas, a velocidade do satélite será de 11047,9 Km/h.

ilustração do satélite Planck Surveyor
Como manter e controlar um Satélite em órbita
O Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE é constituído pelo Centro de Controle de Satélites – CCS, em São José dos Campos, SP, e por estações terrenas em Cuiabá, MT, e em Alcântara, MA. O CCS constitui-se no cérebro da operação das missões espaciais do INPE. Sua função principal é garantir o bom desempenho do satélite, desde o momento em que este se separa do veículo lançador até o final de sua vida útil. Os computadores do CCS são capazes de monitorar e controlar o satélite, reconfigurar seus instrumentos de bordo e executar manobras de atitude, tudo seguindo um meticuloso plano de operações de vôo. Os telecomandos gerados pelo CCS são transmitidos aos satélites pelas Estações Terrenas de Cuiabá e Alcântara. As informações acerca do estado dos equipamentos de bordo, bem como sobre a posição do satélite no espaço, são recebidas pelas Estações Terrenas e retransmitidas ao CCS. As Estações Terrenas efetuam, ainda, as medidas que permitem determinar a órbita atual do satélite.

Tipos de órbitas de um satélite
Existem diferentes tipos de órbitas de um determinado satélite. Órbita é 'o jeito que ele gira', podendo ser circular, elíptica, polar ou geoestacionária. Quando um satélite é de órbita circular, ele gira em torno de 'alguma coisa' da mesma forma, ou seja, num círculo, na mesma distância, sempre. Já na órbita elíptica ele gira em torno de 'alguma coisa' em velocidades diferentes, em determinados pontos mais devagar, ou mais rápido, numa forma mais oval, como é a órbita da Terra em relação ao Sol. Um satélite em órbita polar passa sobre (ou quase sobre) ambos os pólos do planeta (ou outro corpo celestial) em cada uma de suas revoluções. Dessa forma, essa órbita tem uma inclinação igual ou próxima a 90 graus em relação ao equador. Órbitas polares são geralmente usadas para satélites de mapeamento geográfico, observação ou reconhecimento, inclusive satélites espiões, assim como alguns satélites meteorológicos. Os satélites geoestacionários são satélites que se encontram parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do equador. Como se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra.

Combustível do foguete pode ser
sólido ou líquido
Quais são os combustíveis utilizados nos foguetes e nos satélites
O combustível utilizado em foguetes e lançadores de satélites dependerá da sua massa. Quanto maior a massa mais energia é requerida do combustível para colocar o objeto no espaço. No caso do ônibus espacial, que tem a maior massa de todos usa-se hidrogênio líquido e oxigênio líquido. A mistura dos dois forma água e desprende grande quantidade de energia que é usada para elevar a massa do ônibus para o espaço. Foguetes mais leves podem usar combustíveis líquidos como hidrazina ou metil hidrazina (combustível) e tetróxido de nitrogênio (oxidante). Alguns lançadores usam um combustível sólido só para sair do solo e só então "ligam-se" os motores com os combustíveis líquidos, pois o empuxo causado pelo combustível líquido por ser muito grande pode provocar uma trajetória errática junto ao solo. Uma vez no espaço os satélites (massa muito menor do que os foguetes) usam hidrazina para girar em torno de seu eixo (sem o comburente). Isso é normalmente realizado para direcionar os coletores solares que captam energia solar para alimentar os seus instrumentos em direção ao sol. Para movimentar um satélite no espaço usa-se uma mistura de hidrazina ou metil hidrazina e tetróxido de nitrogênio (as vezes é necessário tirar um satélite de uma órbita e transferi-lo para outra).

Quanto da massa total de um foguete é combustível
Tanque externo vazio = 35.500 quilos ; Propulsores (2) vazios = 84 mil quilos ; Foguete (nave) = 75 mil quilos  Agora, com combustível: Tanque externo = Armazena 541 mil litros de oxigênio líquido (617 mil quilos) e 1.500.000 litros de hidrogênio líquido (102.500 quilos). Propulsores = Cada SRB armazena 500 mil quilos de combustível. O veículo completo - foguete, tanque externo, propulsores dos foguetes sólidos e todo o combustível - tem o peso total de 2.000.000 quilos no lançamento. Quanto chega em órbita (sem os propulsores nem tanque externo) fica com apenas 75 mil quilos. Chegamos a conclusão que 96,25% da massa de um foguete (ônibus espacial) é combustível e apenas 3,75% é a "nave" em si.


Satélite meteorológico norte-americano
Noaa
O uso de satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto 
Satélite Sino-Brasileiro de. Sensoriamento
Remoto - CBERS
Um satélite meteorológico é um tipo de satélite artificial que é primariamente usado para monitorar o tempo e o clima da Terra. Estes satélites, porém, vêem muito mais do que nuvens e formações de nuvens. Luzes das cidade, queimadas, efeitos de poluição, aurora, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo, os limites das correntes oceânicas, etc. são outros tipos de informações ambientais coletadas através dos satélites meteorológicos. As imagens dos satélites meteorológicos ajudam no monitoramento das nuvens liberadas por vulcões como o Monte Santa Helena e da atividade de outros vulcões como o Etna. A fumaça da queimada de florestas também pode ser monitorada. Sensoriamento Remoto é o conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através do registro da interação da radiação eletromagnética com a superfície, realizado por sensores distantes, ou remotos. Geralmente estes sensores estão presentes em plataformas orbitais ou satélites, aviões e a nível de campo. A NASA é uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites. No Brasil, o principal órgão que atua nesta área é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, então, Um satélite de sensoriamento remoto é aquele que registra informações na superfície da Terra, objetos, fenômenos, etc por meio de sensores 'imbutidos' nele.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Corrida Espacial e a Guerra Fria


Guerra Fria

Guerra Fria: A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Corrida Espacial:
EUA versus União Soviética
 EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

 
Ligação entre Guerra Fria e Corrida Espacial

Em 1957, União Soviética envia no foguete
Sputnik um cão, primeiro ser no espaço

Como viram, os Estados Unidos e a União Soviética eram países super inimigos, então, um queria ser melhor que o outro, em todos os aspectos como economia, política, etc. Isso não foi diferente em relação à Conquista do Espaço. Os dois países queriam chegar à Lua, descobrir o Universo, um mais rápido do que o outro, primeiro do que o outro. Essa disputa ocorria porque eles queriam mostrar qual era o melhor sistema. A União Soviética enviou uma nave com um cachorro dentro, enquanto os Estados Unidos, anos depois, mostrou ao Mundo a vitória do Homem na Lua.
O melhor dessa disputa era que, quanto mais eles iam competindo, tentando ser melhor do que o outro, os dois países rendiam muito, pois criavam novas tecnologias (como o do homem chegar à Lua) para a nação.




Em 1969, o Homem norte-Americano
chega à Lua


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os satélites brasileiros (SCD e CBERS)

Os satélites brasileiros



CBERS:
Satélite Cbers, captura as imagens do espaço
CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite, que em português significa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) é uma cooperação entre Brasil e China no desenvolvimento de tecnologias espaciais, que resultou no satélite CBERS-1, lançado em 1999, e no CBERS-2, em órbita desde 2003. Desde que o acordo foi feito em 1988, os dois países já investiram mais de US$ 300 milhões para a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional.
Hoje, dezessete anos depois, o Brasil é um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo. O que é ótimo para um país que até então dependia exclusivamente de imagens fornecidas por equipamentos estrangeiros.
A parceria não inclui a transferência de tecnologia entre os dois países, e cada um precisou transpor os obstáculos que surgiram no desenvolvimento daquele que era o primeiro satélite do gênero tanto para o Brasil como para a China. Antes do CBERS, os brasileiros haviam construído o SCD - Satélite de Coleta de Dados, de menor porte. "Do SCD para um satélite grande como o CBERS foi um grande passo", resume Janio Kono, coordenador do Programa Sino-Brasileiro no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que tem a missão de desenvolver e construir os satélites do Brasil. Na China, o programa está sob a responsabilidade da CAST - Chinese Academy of Space Technology. Além do conhecimento tecnológico, o programa espacial também traz benefícios sociais, demonstrados durante o "Seminário de Aplicações do CBERS-2 - 2º Ano de Sucesso", realizado pelo INPE nos dias 19 e 20 de outubro. A utilidade das imagens foram apresentadas por alguns dos maiores usuários do satélite, como Petrobras, IBGE, Incra, Embrapa, Ibama, ANA, organizações não-governamentais e empresas de geoprocessamento. O IBGE, por exemplo, usa os dados para atualizar seus mapas em projetos de sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior impacto econômico e social devido às dimensões continentais do Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão extenso seria quase impossível. É importante destacar que neste dia 21 de outubro, quando o CBERS-2 completa seu segundo ano de operação, o Brasil fecha um ciclo de desenvolvimento tecnológico na área espacial. Quando foi assinado o contrato com a China, previa-se a construção de apenas dois satélites de sensoriamento remoto, cada qual com vida útil estimada em dois anos. O sucesso do programa pode ser comprovado pela renovação do acordo, firmada durante a visita do presidente da China ao INPE em 2002. Com número cada vez maior de usuários, o CBERS não terá seu fornecimento de imagens interrompido, pois até 2011 deverão ser lançados outros três satélites, mais sofisticados, que renovam o desafio para a engenharia espacial brasileira.

Lançamento do Satélite CBERS 2
O Satélite: O CBERS-2 é equipado com câmeras para observações ópticas de todo o globo terrestre, além de um sistema de coleta de dados ambientais. O satélite está em órbita síncrona com o Sol a uma altitude de 778 km, completando 14 revoluções da Terra por dia. Este tipo de órbita faz com que o satélite sempre cruze o Equador às 10h30 da manhã, hora local, provendo assim as mesmas condições de iluminação solar para tornar possível a comparação de imagens adquiridas em diferentes datas. Além do módulo com a carga útil, o satélite possui ainda outro módulo para os equipamentos de suprimento de energia, controles, telecomunicações e demais funções necessárias à operação. Os dados internos para monitoramento do estado de funcionamento do satélite são coletados e processados por um sistema de computadores antes de serem transmitidos à Terra. Uma das maiores vantagens do CBERS-2 é a diversidade de câmeras com diferentes resoluções espaciais e freqüências de coleta de dados. No período aproximado de cinco dias, obtém-se uma cobertura completa do globo. Além disso, qualquer fenômeno detectado pelo WFI pode ser focalizado pela Câmera CCD, para estudos mais detalhados no máximo a cada três dias. A Câmera CCD opera em 5 faixas espectrais incluindo uma faixa pancromática de 0,51 a 0,73 µm. As duas faixas espectrais do WFI são também empregadas na câmera CCD para permitir a combinação dos dados obtidos pelas duas câmeras. São necessários 26 dias para uma cobertura completa da Terra. Sua resolução é ideal para observação de fenômenos ou objetos cujo detalhamento seja importante. As bandas da CCD estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos. Atualmente, apenas a CCD está em operação. Em abril deste ano, um problema no suprimento de energia do CBERS-2 exigiu o desligamento das outras duas câmaras, para economia de energia. A falha não afetou significativamente os usuários, porque as imagens da CCD correspondem a cerca de 90% da demanda.

SCD:
Satélite SCD 2
Os satélites SDC (Satélites de coleta de dados) são equipados para captar e retransmitir dados meteorológicos, ambientais e da química atmosfera, coletados por plataformas (PCD) instaladas em terra ou por bóias oceanográficas. Os dados são retransmitidos a uma ou mais estações terrenas de recepção. O INPE é o responsável pela especificação, projeto, desenvolvimento, fabricação e operação desta série de 4 satélites, o SCD-1, SCD-2, SCD-2A e SCD-3.
Estão em órbita somente os satélites SCD-1 e SCD-2.
O SCD-1 foi colocado em órbita em fevereiro de 1993 e encontra-se operando até hoje, com uma vida útil além do período, inicialmente previsto, de um ano. Sua órbita foi escolhida de forma a cobrir inteiramente o território brasileiro, se mantém com aproximadamente 760 Km de altitude e 20º de inclinação em relação ao plano do Equador. Seu período orbital é de 98º passando pelo Brasil cerca de 8 vezes ao dia. Ele é o primeiro satélite da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) que prevê o desenvolvimento e a construção de outros três, o SCD-2 (já concluído) e dois satélites de sensoriamento remoto (SSR-1 e SSR-2) para observações de recursos terrestres.
O SCD-2 foi lançado, com sucesso, em 1998, por meio de um veículo Pegasus, a partir do Cabo Canaveral. Atualmente opera de forma conjunta com o SCD-1. Pretende-se, desta forma, ampliar a prestação dos serviços de coleta de dados.
Novamente, o satélite SCD 2
O SCD-2A foi perdido no lançamento inaugural do VLS-1, em 1997.
O SCD-3, projetado para órbita circular equatorial a uma altura de 1.100Km, permitirá, do ponto de vista de coleta de dados, uma varredura territorial complementar a dos demais satélites SCD e a dos satélites CBERS, além de propiciar a ampliação da capacidade de recepção e transmissão de dados. além de desempenhar as mesmas funções dos anteriores, apresentará nova configuração e desenho. Este novo satélite terá órbita circular com altitude de 1.100 Km e fará testes de um sistema de voz móvel para transmissão de mensagens na Região Amazônica. Seus objetivos são o de coleta e comunicação de dados ambientais. Proporciona aos pesquisadores possibilidades de estudos mais precisos nos campos da meteorologia, oceanografia e química da atmosfera, em função da maior freqüência e regularidade de obtenção das informações. Adicionalmente, deverá promover um experimento de comunicação de voz e dados.  

Conquista do espaço

No dia 12 de abril de 1961, Iuri Gagarin, a bordo do satélite artificial soviético Vostok 1, iniciava a exploração do espaço pelo homem. Exatamente vinte anos mais tarde, a 12 de abril de 1981, a nave americana Columbia, primeiro ônibus espacial e com capacidade de transbordo, tripulada por John W. Young e Robert L. Crippen, decolava de Cabo Canaveral e iniciava a era dos veículos espaciais tripulados e com capacidade para efetuar reentradas aerodinâmicas na atmosfera terrestre. Ambas as datas constituem marcos transcendentais no processo que levou o ser humano ao melhor conhecimento do espaço fora dos limites da atmosfera terrestre.Chama-se Astronáutica a ciência da navegação entre os corpos celestes. Os tripulantes das naves são os astronautas ou cosmonautas. Os equipamentos que navegam pelo espaço, com ou sem tripulação, estão sujeitos às leis da astronomia e são designados com nomes relativos à sua trajetória ou função. Assim, dispõe-se de satélites artificiais, sondas espaciais, laboratórios orbitais, naves espaciais e módulos de nave ativos ou passivos. Todos esses engenhos são lançados ao espaço por foguetes, que utilizam combustíveis líquidos ou sólidos, ativados em uma ou várias fases.

Retirado de: http://www.brasilescola.com/geografia/conquista-do-espaco.htm

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?



"Todos países em desenvolvimento já possuem seu programa espacial e o Brasil não poderia deixar ter o seu também. Mas atualmente faz uso compartilhado com outros países em seus programas do espaço, principalmente com a China. Devido a atrasos, por motivo de acidente na base de Alcântara, Ma. Há ainda o caso da ISS, Estação Espacial Internacional, compartilhado por todos países, incluindo o Brasil, apesar de micro participação. Lembram que a 2 anos , Marcos Pontes, nosso primeiro astronauta, visitou a Estação, a bordo da nave russa Soyuz. Mas as pesquisas espaciais, fazem parte dos projetos individuais de cada país, até por motivo de segurança e de custos para adquirir informações. A base de Alcântara, próxima ao Equador terrestre, privilegia nos como melhor ponto de lançamento, devido a menor custo , menos combustível para alcançar a órbita desejada."

Créditos à klenial - yahoo respostas: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080506140011AAeRmnj



Ok, depois desse interessente argumento, vamos à pergunta novamente : Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?

Primeiro: As comunicações, hoje em dia, são todas feitas por satélites. O Brasil não deve ficar para trás. Porque ficaria ? Falta é conhecimento!
 
Segundo: Porque esse tipo de tecnologia dá muito dinheiro. Podemos descobrir muitos outros mistérios e segredos do Universo, e conseguiríamos respeito com isso também. Os outros países vêem o Brasil como INCAPAZ de realizar algo desse calibre. Devíamos mostrar a eles que somos um país globalizado também. Mas, para isso, falta conhecimento.
 
Terceiro: Porque temos uma faixa de território em posição privilegiada próxima do equador terrestre (a localização mais econômica para lançamentos ao espaço.
 
Quarto: Porque isso gera muitos empregos e tecnologia de ponta, alavancando o progresso da indústria (mais dinheiro para o Brasil).



Quinto: Incentivar as crianças Brasileiras à estudar matemática e física, desenvolvê-las.
 
Preciso dizer mais ? Acho que não. É claro que o Brasil têm muitas outras necessidades nas áreas de educação, saúde, etc, mas um Programa Espacial é uma coisa que um país tão rico como o nosso precisa ter para se desenvolver!

A Exploração de Marte

"Mars PathFinder é o segundo projeto da NASA em relação à exploração de Marte. A Missão é composta por uma estação de lançamento e transmissão de dados, chamada de Sagan Memorial Station , e um robô de exploração de superfícies , chamado Sojourner . O objetivo principal é a demonstração de costas baixas para pouso e exploração do solo de Marte."





Eles estão fazendo esses projetos para saber se o Homem, assim como fez na Lua, poderá pisar em Marte. Precisam saber como é o solo, a atmosfera, o clima, enfim, todas as condições, bem detalhadamente. O Robô Sojourner foi projetado para captar amostras do solo de Marte e possui seis rodas e um painel de captação de energia solar. A NASA já enviou diversas sondas para saber como é em Marte. Marte é o planeta mais próximo da Terra, ocupando o 4º lugar na ordem das distâncias ao Sol. Tem uma atmosfera bastante ténue, essencialmente constituída por dióxido de carbono, com pequenas quantidades de azoto,oxigénio e vapor de água. O ano marciano é quase o dobro do da Terra. A superfície de Marte está coberta por crateras, tendo até sido observados vulcões. Marte possui dois satélites: Fobos e Deimos. Desde a década de 1960, o homem busca informações sobre Marte. Porém, apenas dois terços dos projectos foram bem sucedidos. A 28 de novembro de 1964 começou a primeira missão bem sucedida a Marte.

Como imaginasse o solo do Marte: rochoso e com crateras

A sonda sobrevoou o planeta em Julho de 1965 e retornou com fotos da sua superfície. A partir daí foram-se alcançando várias metas, nomeadamente: fizeram-se mapeamentos globais, colectaram-se dados sobre a atmosfera, recolheram-se dados sobre o planeta, tiraram-se fotos da superfície, estudou se o solo e transportou-se água e gelo de modo a estudar o ambiente. A 2 de Junho de 2003 foi a primeira missão europeia enviada a qualquer planeta. No entanto, as missões espaciais que deram um verdadeiro destaque à exploração de Marte foram, indubitavelmente, as duas missões Viking nos meados de 1970, que enviaram as primeiras imagens detalhadas a partir da superfície marciana. Os veículos orbitais mapearam 97% do planeta. A exploração de Marte teve depois uma paragem durante mais de duas décadas, interrompida somente por algumas tentativas falhadas ou parcialmente bem sucedidas. A Mars Global Surveyor tornou-se na primeira missão com êxito no Planeta Vermelho, em vinte anos, quando foi lançada em 1996, entrando em órbita em 1997. No entanto, o ano de 2003 assistiu a um interesse retomado por Marte através de um aumento de missões, com o lançamento pela ESA da Mars Express, com o seu módulo de aterragem Beagle, e com o lançamento pela NASA de dois rovers , Spirit e Opportunity. Esta missão teve como objectivo analisar a atmosfera e o solo do planeta, além de verificar que já existiu água na forma líquida, uma das condições impostas pelos cientistas para existência de vida em Marte. Recolheu amostras de solo e enviou os dados de volta para a Terra.
http://www.cienciaviva.pt/rede/space/home/desafio3/desafio3azambuja4.pdf

sábado, 7 de agosto de 2010

Astronáutica: A Missão Centenário

A Missão Centenário nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) em 18 de outubro de 2005. O principal objetivo deste tratado seria enviar o primeiro brasileiro ao espaço, o tenente coronel aviador Marcos Pontes.


Marcos Pontes realizou 155 órbitas
 e a duração total de sua missão
 foi de 9 dias, 21 horas e 17 minutos.
O nome da missão é uma referência à comemoração do centenário do primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis de Santos Dumont, na Paris de 23 de outubro de 1906.

O veículo utilizado para o lançamento da missão foi a nave Soyuz TMA-8, da Roscosmos, e o seu lançamento aconteceu em 30 de março de 2006 (23h30 horário de Brasília) no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão), tendo como destino a Estação Espacial Internacional (ISS).

Em 30 de março de 2006 (23h30 do horário de Brasília e 8h30 do dia 1 de abril no horário do Cazaquistão), foi lançada a nave Soyuz TMA-8 com o tenente-coronel Marcos Pontes. Além do astronauta brasileiro, fazem parte da tripulação o russo Pavel Vinogradov e o americano Jeffrey Williams, sendo estes dois membros da Expedition 13. A nave acoplou-se à Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada de sábado, dia 1 de abril.

MISSÃO CENTENÁRIO.
A Nave Soyuz TMA-7 trouxe na noite de 8 de abril de 2006 no horário de Brasília, o Ten. Cel. Marcos Pontes e mais outros dois astronautas da Expedition 12 (o russo Valery Tokarev e o americano William McArthur) que já estavam na ISS. O ponto de aterrissagem foi Cazaquistão.

Para o resgate foram utilizados nove helicópteros russos MI-8, e a área do pouso foi no entorno da cidade Arclalic, num raio de 60 a 80Km de distância desta. Após o retorno, os três astronautas passarão por um período de readaptação à gravidade.

Como celebração desta missão ter sido a primeira a levar um astronauta brasileiro ao espaço, assim como ser uma homenagem ao centenário do primeiro voo de uma aeronave mais pesada que o ar de Santos Dumont, foram lançados selos e uma medalha.
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