segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Planetas "estranhos"

Nos últimos 20 anos foram catalogados aproximadamente 850 planetas fora do nosso Sistema Solar, sendo alguns deles bem exóticos...

Quatro sóis:
Um retrato de família do PH1. (blog.planethunters.org)
Neste ano de 2012, astrônomos encontraram o primeiro tipo de planeta iluminado por quatro astros a 5.000 anos-luz da Terra, na constelação de Cygnus. O planeta (denominado PH1) possui o tamanho de Netuno (um raio 6x maior que o da Terra) e, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, consegue manter uma órbita estável. 

Escuridão: 
TrES-2b, o planeta mais escuro já descoberto. (Image credit: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Em 2011, um grupo de astrônomos anunciou a descoberta de um exoplaneta que seria, até então, o mais escuro já localizado. O planeta (denominado TrES-2b) fica a 718 anos-luz da terra, possui o tamanho de Júpiter e reflete apenas 1% da luz que o atinge.
A distância entre o planeta e seu astro pode ser a responsável pela escuridão. O TrES-2b orbita sua estrela a apenas 4,83 milhões de quilômetros de distância, que aquece o planeta a mais de 1.000ºC e o torna muito quente para a formação de nuvens de amônia (que refletem); sua atmosfera possui elementos químicos que absorvem ao invés de refletir luz. Mas esses fatores não explicam de modo concreto a extrema falta de luz no planeta. David Spiegel, um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, afirma que "o planeta é tão quente que emite um brilho vermelho fraco, como uma brasa".

Diamante:
Ilustração do interior de 55 Cancri E, o planeta-diamante. (space.com)
Na constelação de Câncer, a 40 anos-luz da Terra, um planeta, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da universidade de Yale.
Este planeta pertence à classe dos planetas-diamante e acredita-se que seja rico em carbono, o que o faz contrastar muito com a Terra, que possui, em seu interior, relativamente pouco desse elemento, mas é rica em oxigênio. Estima-se que pelo menos um terço da massa do 55 Cancri seja de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra.

Engolido:
Concepção artística do planeta Wasp-12b sendo degustado lentamente por sua estrela, Wasp-12.
Créditos: NASA
Na constelação de Auriga (ou Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente por sua estrela, a Wasp-12. Ele orbita tão próximo do astro que sua temperatura chega a 1.500ºC, sendo destorcido devido a gravidade da estrela. Sua atmosfera expandiu-se a um raio três vezes maior que a de Júpiter, e elementos provenientes dela estão "vazando" e sendo capturados pela estrela. Estima-se que o planeta ainda pode existir por mais 10 milhões de anos até se apagar.

Fonte: (com modificações!): AstroNews

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As melhores fotos espaciais de 2012

Olá Astroleitores!
A National Geographic elegeu as melhores fotos espaciais do ano de 2012.
É realmente uma mais linda que a outra, confiram:

Nebulosa de Hélix
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: ESO
Conhecida popularmente como "o olho de Deus", se encontra na constelação de Aquário e é a nebulosa mais próxima da Terra (700 anos-luz). É um bom exemplo visual do que acontece quando estrelas como o nosso Sol morrem.

Rastros de estrelas com auroras
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Alex Cherney/TWAN
Essa fotografia - tirada na península Mornington, na Austrália - mostra rastros de estrelas (star trails) juntamente com auroras no horizonte.

Dia e noite na mesma foto
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: NASA
Além da nave espacial russa Soyuz, essa imagem também consegue mostrar a luz do dia invadindo o lado esquerdo da tela e, à direita, auroras noturnas acima do Oceano Índico.

Nebulosa da Vassoura de Bruxa
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Robert Franke/National Geographic
A nebulosa da Vassoura de Bruxa (ou Dedo de Deus) faz parte da Nebulosa do Véu. O que a elegeu como uma das melhores fotos foi a dificuldade em capturá-la, já que poucas imagens do universo profundo fornecem a sensação de forma e estrutura nitidamente.

Aurora Ártica
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Max Edin/National Geographic
Capturada pelo fotógrafo Max Edin em Longyearbyen, na Noruega. Segundo ele, esta foi certamente a aurora boreal mais linda que ela já presenciou.

Marte congelado
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: NASA
Esta fotografia tirada pela sonda Mars Reconnaissance mostra dunas naturais da regiões polares de Marte, que parecem até esculpidas.

Auto-retrato espacial
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Project Gemini Online Digital Archive
Auto-retrato tirado por Buzz Aldrin em 1966, durante uma das missões do projeto Gemini, divulgado recentemente. Difícil superar um auto-retrato desse gabarito, hein?!

O elmo de Thor
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Observatório de Cerro Tololo/National Geographic
A 15 mil anos-luz da Terra, na constelação de Cão Maior, encontra-se a nebulosa NGC 2359, mais conhecida como o Elmo de Thor. Ela assumiu a forma de um elmo com asas por causa da radiação de estrelas muito massivas em seu interior.

A grandiosidade do Sol
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic
A imagem capturou uma explosão solar, conhecida como ejeção de massa coronária, que emite radiação do Sol e provoca as auroras em determinadas regiões da Terra.

Tempestade em Saturno
Confira as 10 melhores fotos espaciais de 2012
Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic
A imagem, capturada pela sonda Cassini, mostra uma grande tempestade no pólo norte de Saturno.

Para ver outras fotos da seleção, acesse o site.
Fonte: TecMundo

Evolução estelar

Este é um dos conteúdos nível 4 (Ensino Médio) da OBA*

Ômega Centauro, o maior aglomerado
globular da Via Láctea.
(scienceblogs.com.br)
"Evolução Estelar" é o nome dado à série de estágios e mudanças que ocorrem na vida de uma estrela. Essas etapas avançam de forma gradual e lenta, podendo levar até bilhões de anos.
As estrelas, assim como nós, seres humanos, nascem, vivem e morrem.
O primeiro estágio da evolução estelar é o nascimento
Aglomerados estelares são verdadeiros "jardins de infância". São várias estrelas recém-nascidas, próximas, geralmente formadas da mesma nuvem de gás e poeira, amadurecendo. Existe um tipo de aglomerado estelar, o chamado aglomerado globular, onde as estrelas estão bem juntinhas em apenas um ponto, quase que esférico. 
Berçário Estelar LH95
(astronomy-universo.blogspot.com)

As estrelas nascem no que chamamos de berçário estelar, nuvens de gás e poeira cósmica, que pela força da gravidade se agrupam, adquirem densidade e calor e formam um tipo de disco (o mesmo tipo que deu origem ao sistema solar).
 Após muito tempo nessa situação, o disco fica tão denso e tão quente que converte seus átomos de hidrogênio em átomos de hélio. 
Essas fusões nucleares não cessam tão cedo. O hidrogênio continua sendo convertido em hélio, o que funciona como um combustível para a atividade da estrela. 

Plêiades, estrelas jovens.
(anjosereno.webnode.pt)
Assim como é a fase da adolescência e puberdade para nós, ser uma estrela jovem é passar por constantes mudanças, intensa atividade e diversas instabilidades. Ela sofre variações na temperatura, massa e diâmetro.
Durante a meia-idade, (quando a estrela chega em sua sequência principal, fica apenas queimando hidrogênio) ela ainda é muito jovem, portanto ficará nesse ciclo durante muito tempo. Diz-se que a estrela chegou em sua fase de estabilidade. Essa fase equivale a quase 90% de toda a vida das estrelas.
Antares, uma gigante vermelha.
(megastrologia.com.br)

A maturidade da estrela começa quando a maior parte de sua reserva de hidrogênio já se esgotou. Praticamente todo o seu núcleo já se converteu em hélio, assim, a fusão entre as moléculas de gás diminui e dá início a um período de contração e superaquecimento. Novamente, a densidade e o calor aumentam tanto que o movimento se inverte e a estrela passa a se expandir, virando uma gigante vermelha.


Estágios finais da evolução estelar
A morte de uma estrela depende crucialmente de sua massa;
1. Se a massa da estrela for até duas vezes a do Sol, sua contração a transformará em uma anã branca, pequeno astro moribundo, 100 vezes menor que seu tamanho original; 2. Se a massa for duas a três vezes a do Sol, sua contração será tão violenta que as partículas de gás tornam-se nêutrons. O resultado é a chamada estrela de nêutrons, o segundo corpo celeste mais denso do Universo; 3. Se a massa da estrela for três vezes maior que a do Sol, sua contração final será tão violenta que o núcleo se transformará num buraco negro, o corpo celeste mais denso que se conhece. Enquanto isso, os gases periféricos dão origem a uma supernova, massa gasosa que brilha por pouco tempo e logo desaparece.
Fontes (com modificações!):

Eclipses lunar e solar, umbra e penumbra

Esse texto é de 2010 (quando criei o blog), e estava incorporado em um outro post.
Hoje, revendo as postagens, decidi que ele merece um lugar só dele...

Eclipses do Sol e da Lua
Eclipses: Eclipse é o fenômeno que ocorre quando um corpo entre na sombra do outro, portanto, quando a Lua entra na sombra da Terra, ocorre um Eclipse Lunar, e quando a Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um Eclipse Solar. Os eclipses ocorrem pela sombra que se forma quando o Sol chega em certos pontos de Terra ou da Lua. O que acontece é o seguinte: Temos a Terra, mais pra frente dela temos a Lua, e mais pra frente da Lua temos o Sol. Como a Terra está sempre girando em torno do Sol e de si mesmo, e a Lua também gira em torno da Terra, o nosso Planeta e a Lua estão em constante movimento, de vários ângulos diferentes, assim, o Sol chega de diferentes formas e intensidades, formando numerosas sombras conforme giram a Terra e a Lua. Isso são eclipses.

Eclipses do Sol e da Lua: ocorre quando a Lua está entre a Terra e o Sol. Se a Lua cobriu todo o Sol, o eclipse é total, caso cubra somente parte dele, o eclipse é parcial. Se a Lua está próxima de seu apogeu (ponto mais distante de sua órbita), o diâmetro da Lua é menor que o do Sol, e ocorre um eclipse anular.

Eclipse Lunar Total (Lua na Sombra da Terra)
Eclipse Lunar: Um eclipse lunar ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra. À distância da Lua, 384 mil km, a sombra da Terra, que se estende por 1,4 milhões de km, cobre aproximadamente 3 luas cheias. Em contraste com um eclipse do Sol, que só é visível em uma pequena região da Terra, um eclipse da Lua é visível por todos que possam ver a Lua. Como um eclipse da Lua pode ser visto, se o clima permitir, de todo a parte noturna da Terra, eclipses da Lua são muito mais freqüentes que eclipses do Sol, de um dado local na Terra. A duração máxima de um eclipse lunar é 3,8 hr, e a duração da fase total é sempre menor que 1,7 hr. Um eclipse total da Lua acontece quando a Lua fica inteiramente imersa na umbra da Terra; 
Eclipse Penumbral
Eclipse Parcial
Se somente parte dela passa pela umbra, e resto passa pela penumbra, o eclipse é parcial. Se a Lua passa somente na penumbra, o eclipse é penumbral. Um eclipse total é sempre acompanhado das fases penumbral e parcial. Um eclipse penumbral é difícil de ver diretamente com o olho, pois o brilho da Lua permanece quase o mesmo. Durante a fase total, a Lua aparece com uma luminosidade tênue e avermelhada. Isso acontece porque parte da luz solar é refractada na atmosfera da Terra e atinge a Lua. Porém essa luz está quase totalmente desprovida dos raios azuis, que sofreram forte espalhamento e absorção na espessa camada atmosférica atravessada. 
O que é penumbra e umbra? 

Umbra: região da sombra que não recebe luz de nenhum ponto da fonte. 
Penumbra: região da sombra que recebe luz de alguns pontos da fonte.

Eclipse Solar Parcial
Eclipse Solar Total
Durante um eclipse solar, a umbra da Lua na Terra tem sempre menos que 270 km de largura. Como a sombra se move a pelo menos 34 km/min para Leste, devido à órbita da Lua em torno da Terra, o máximo de um eclipse dura no máximo 7 1/2 minutos. Portanto um eclipse solar total só é visível, se o clima permitir, em uma estreita faixa sobre a Terra, chamada de caminho do eclipse. Em uma região de aproximadamente 3000 km de cada lado do caminho do eclipse, ocorre um eclipse parcial.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Astronomia para iniciantes (nova página!!!)

Olá!!!

Estava aqui, lembrando-me de quando surgiu meu interesse pelo céu. Sempre me fascinei muito por ele, mas admito que a iniciação na astronomia, de fato, não foi fácil. Uma porque moramos no Brasil e aqui esse estudo ainda não é tão divulgado, outra porque eu não queria gastar horrores com cursos, equipamentos, etc. E pensando nisso tudo, nas pessoas que querem adentrar no mundo da astronomia mas que não possuem nenhuma referência de como e o que fazer, decidi criar uma página exatamente com esse intuito: apoiar astrônomos amadores.
Acredito que, em grande parte, compete a nós aqui dos blogs, sites, da mídia, enfim; divulgar a Astronomia e situar iniciantes do estudo, pois só assim chegaremos a algum lugar, todos juntos...

Presentinho dos céus...

Olá!!!

alfadocentauro.wordpress.com
No dia 28 de novembro tivemos uma ocultação de Júpiter pela Lua visível do Sul (aqui em Curitiba estava tri bonito!) e Sudeste do país, porém a maioria não pôde acompanhar o espetáculo...

Eis que hoje, dia 25 de dezembro, surge uma segunda oportunidade!
A partir das 20h30 (horário de Brasília) o Brasil inteiro e boa parte da América do Sul poderá assistir ao show. É sempre bom dar início à observação um pouquinho antes, pois esses fenômenos nunca acontecem na hora exata... De qualquer forma, fica a dica (:
O evento durará cerca de 1h30, então, lá por umas 22h00 Júpiter vai estar "saindo" de trás da Lua.
Não é necessário nenhum tipo de instrumento, mas com um binóculo ou luneta fica ainda melhor de ver os detalhes.

Papai Noel caprichou no presente, hein?!
Boas observações!!!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...