segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Astronomia na Era Espacial

     Paradoxalmente, o planeta mais estudado depois do advento da era espacial foi a própria Terra. A força de atração que ela exerce sobre os corpos que a circulam não é igual em todos os pontos de sua superfície, devido à distribuição desigual das massas em seu interior. O movimento dos satélites artificiais da Terra, sendo constantemente influenciado pela atração que o planeta exerce sobre eles, permitiu estabelecer com precisão o campo gravitacional (de atração) da Terra. A sensibilidade desses métodos de observação é tão grande que tornou-se possível avaliar pequeníssimas deformações sofridas pelo globo terrestre, sob a influência do Sol e da Lua, que recebem o nome de marés terrestres.
     Os satélites permitiram determinar com enorme rigor a forma da Terra, observando também o fenômeno de movimento (deriva) dos continentes e os deslocamentos dos pólos terrestres. Acima da atmosfera, eles encontraram os cinturões de Van Allen, nos quais uma infinidade de partículas elétricamente carregadas são prisioneiras do campo magnético terrestre. As fotografias meteorológicas obtidas através dos satélites possibilitam conhecer quase instantaneamente o estado da atmosfera em qualquer lugar do mundo,  aumentando a eficácia dos serviços de previsão do tempo. Além disso, certos satélites altamente sofisticados permitiram realizar um mapeamento detalhado da superfície dos continentes e do fundo dos mares, determinando com precisão as camadas geológicas da Terra. Importantes jazidas minerais puderam ser detectadas por esse processo.
Sonda espacial Voyager
Foto: ccvalg.pt
     O envio de satélites e foguetes de grande altitude para além da atmosfera terrestre possibilitou também um grande progresso na Astronomia. A maior parte dos corpos celestes emitem radiações em vários comprimentos de onda, que vão desde a luz visível até os raios/raios gama. Entretanto, a atmosfera terrestre limita grande parte do nosso poder de observação dessas radiações, pois ela deixa passar quase que exclusivamente a luz visível e as ondas curtas de rádio, e também impedindo em grande parte a passagem do infravermelho, do ultra-violeta e dos raios X. Os telescópios e instrumentos de observação enviados acima da atmosfera puderam captar essas últimas radiações, ampliando enormemente o conhecimento sobre os corpos celestes que as emitem. Revelaram inclusive a existência de misteriosos corpos emissores, as fontes pontuais de raios X.
Na década de 1960 a 1970, foram descobertas duas novas categorias de objetos celestes: os quasars e os pulsares. Os quasars havia sido até então associados a estrelas azuis. Entretanto, o exame do espectro de suas radiações demonstrou que esses corpos se encontram mais distante que todas as galáxias. Outra descoberta extraordinária da radiastronomia foi a dos pulsares, que emitem pulsações de grande regularidade, cuja duração é de apenas frações de segundos. Uma vibração tão curta só poderia ser emitida por objetos de dimensões extremamente pequenas. Assim, as observações sobre os pulsares levaram à conclusão de que seu diâmetro é da ordem de 20 km. e sua massa é equivalente à do Sol. Essa densidade justifica-se pelo fato de serem constituídos quase que só de nêutrons. A rápida rotação dessas estrelas explica as pulsações que emitem. Os pulsares formam-se como resultado da explosão das chamadas estrelas supernovas.

domingo, 12 de setembro de 2010

Novo tipo de Buraco Negro

Astrônomos acreditam que exista um novo tipo de buraco negro
Fonte: blog10.wordpress.com
"Um grupo internacional de cientistas informa ter encontrado evidências confirmando que uma misteriosa fonte de raios X no espaço, HLX-1, é cerca de 100 vezes mais luminosa que a maioria dos demais objetos do mesmo tipo, e 10 vezes mais brilhante que a segunda fonte mais intensa conhecida.
De acordo com nota da Universidade de Leicester, que encabeçou o estudo, os dados sugerem que HLX-1 pode indicar a presença de um novo tipo de buraco negro no Universo, um buraco de massa intermediária.
O trabalho está publicado no periódico Astrophysical Journal. A fonte se localiza a cerca de 300 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia ESO 243-49.
Usando o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês) do Observatório Europeu Sul (ESO), a equipe obteve provas de que a fonte realmente se encontra na galáxia ESO 243-49, e não representa nem uma estrela localizada entre a Terra e ESO 243-49, e nem uma outra galáxia ainda mais distante.
Segundo a nota da universidade, isso implica que fontes de raios X do tipo de HLX-1 podem ser mais brilhantes do que se imaginava em teoria, e suporta a hipótese de que as mais intensas abrigam buracos negros de massa intermediária.

Foto: Heidi Sagerud
Ilustração da nova fonte ultraluminosa HLX-1
Astrofísicos já suspeitavam que uma classe intermediária de buracos negros - com massa entre cem vezes e centenas de milhares de vezes a do Sol - poderia existir, nenhum objeto do tipo jamais havia sido detectado de forma confiável.
A existência, ou não, desses buracos negros é objeto de intenso debate.
Até hoje, conhecem-se evidências sólidas da existência de buracos negros de massa estelar - com até 20 vezes a massa do Sol - e supermassivos, localizados no núcleo de galáxias e com massa de milhões de vezes a solar.
O novo trabalho demonstra que HLX-1 não é o núcleo supermassivo de uma galáxia muito mais afastada que ESO 243-49, e nem um objeto localizado no interior da Via-Láctea."

Fonte: Estadão

Meteoro irrompe na atmosfera e explode sobre a Colômbia


Meteoro explode sobre a Colômbia
Fonte: gaea-numero.blogspot.com
"Autoridades colombianas acreditam que o forte estrondo ouvido na tarde de domingo próximo à província de Santander foi de fato causado pela entrada de um meteoro na atmosfera . Inicialmente, havia a suspeita de um possível acidente aeronáutico, o que mobilizou diversos aviões da força aérea daquele país.

Não existem relatos de danos causados pela entrada do objeto, mas testemunhas em diferentes partes de uma grande área que inclui a capital Bogotá disseram que viram uma espécie de bola de fogo no céu. Outros moradores de localidades próximas também relataram terem ouvido um som muito alto, seguido de um brilhante clarão.

No início da noite, emissoras de TV divulgaram diversas cenas registradas por cinegrafistas amadores e ao que tudo indica, o objeto era mesmo um meteoro que explodiu na atmosfera. Segundo o prefeito Fernando Vargas, da cidade de Bucaramanga, o objeto teria produzido uma cratera de cerca de 100 metros de diâmetro, mas essa informação ainda não foi confirmada"

Erupção de plasma na superfície do Sol

"Grande erupção de plasma na superfície do Sol é capturada pela Nasa. A erupção provocou uma radiação de raios ultravioletas enorme, mas a Terra não foi afetada pelo fenômeno"
Erupção de plasma na superfície do Sol
Fonte: NASA
Moradores de regiões polares da Terra poderão visualizar um espetáculo em uma aurora boreal. Neste domingo, a superfície do Sol entrou em erupção e lançou toneladas de plasma - átomos ionizados, com menos elétrons - no espaço. Esse material está se movendo em direção a Terra. A erupção chamada de ejeção de massa coronal foi observada por uma câmera do Observatório de Dinâmica Solar da NASA (Agência Espacial Americana). Quando chegar ao planeta, as partículas do campo magnético terrestre e o plasma vão colidir e gerar o brilho característico das auroras. Os moradores do norte dos EUA poderão ver o fenômeno na noite desta terça-feira.

Fonte: EBand.

A Agência Espacial Americana, Nasa, captou imagens de uma das maiores erupções solares já vistas. De acordo com a agência espacial, a erupção alcançou uma altura de 804,5 mil km e foi registrada pelas câmeras ultravioletas do observatório Stereo - responsável por realizar o monitoramento do Sol - no último dia 13. De acordo com a Nasa, as erupções são constantes na superfície do Sol e são causadas pela instabilidade da nuvem de plasma frio que recobre a estrela presa por forças magnéticas.

Fonte: Notícias Terra

Água na Lua. Será ?

Achei super legal esse tema, procurei em alguns sites sobre ele e gostei muito, então, postarei aqui pra vocês uns textinhos que achei. Espero que gostem!
Será que realmente há água na Lua ?
Retirado de: inovacaotecnologica.com.br
"Depois de sete semanas em órbita lunar, os instrumentos a bordo da astronave Lunar Prospector, da NASA, mostraram fortes evidências da existência de água congelada na Lua. Embora não seja em camadas extensas, este gelo, que deve estar na forma de cristais, misturou-se em baixas concentrações com material das crateras ao redor dos pólos Norte e Sul da Lua. Apesar de já terem sido feitas algumas estimativas da quantidade deste gelo, ainda parece ser muito cedo para divulgação de números precisos. O que os dados da Lunar Prospector indicaram é que a região do pólo Norte possui duas vezes mais gelo que o pólo Sul. Quanto à sua origem, é bem provável que o gelo tenha resultado do bombardeamento da superfície lunar por meteoritos e cometas. A presença de água na Lua poderá favorecer o estabelecimento de uma colônia humana naquele satélite, apesar de que ainda existam muitos outros obstáculos técnicos e financeiros que precisam ser superados. Se este gelo puder ser explorado, parte dos problemas relacionados ao abastecimento de água e de oxigênio estaria resolvida. A Lunar Prospector está na Lua desde Janeiro de 1998 e já fez também um amplo mapeamento dos campos magnéticos e gravitacionais de nosso satélite. Segundo a NASA, esta sonda deverá continuar rastreando a superfície da Lua até o final de 1998. Esta descoberta veio confirmar o que os cientistas já suspeitavam desde 1996, quando a sonda Clementine encontrou sinais de gelo em regiões escuras perto dos pólos lunares. Mas a NASA queria buscar provas definitivas da existência de água no satélite terrestre. Por isso, investiu numa missão específica para este fim. Os planos de uma colônia humana fora da Terra sempre se voltaram para Marte, mas muitos cientistas só conseguem imaginar uma colônia no planeta vermelho se houver uma base na Lua, onde os astronautas poderiam obter suprimentos, trocar de instrumentos e até mesmo de nave. Além disso, como a força de gravidade da Lua é bem menor do que a da Terra, os gastos com energia para impulsionar os foguetes seriam muito menores e facilitariam o lançamento de astronaves para Marte e outras regiões do espaço cósmico. Tudo começa a caminhar na direção da transformação da Lua numa espécie de trampolim para o espaço. A missão da astronave Lunar Prospector continua e muitas novidades ainda deverão surgir. Esta descoberta coloca novamente o nosso satélite em primeiro plano no campo das novidades espaciais."

A água foi achada em um mineral chamado apatita, composto de fosfato de cálcio; embora não tenham sido encontradas moléculas de água H2O, foi constada a presença de hidrogênio na forma do ânion hidroxila, OH-, ligado à apatita. Se você aquecer este mineral, os íons de hidroxila se decompõem e formam água. A amostra de basalto lunar na qual o hidrogênio foi achado foi coletada pela missão Apollo 14 em 1971. Foi Larry Taylor, professor da Universidade do Tennessee, quem enviou as amostras à Caltech no ano passado. Os cientistas usaram então um equipamento capaz de analisar grãos minerais de tamanhos menores do que um fio de cabelo. O instrumento dispara um feixe de íons, dispersando átomos que são coletados e analisados em um espectrômetro de massa. Em termos de hidrogênio, enxofre e cloro, a apatita encontrada na Lua é indistinguível das apatitas achadas em rochas vulcânicas terrestres. Esta similaridade só reforça a tese de que depósitos vulcânicos na Lua entraram em erupção pela expansão do vapor de água – e não somente por gases como dióxido de carbono e enxofre. Isso não significa que a Lua possua a mesma quantidade de água que a terra, em termos proporcionais. Mas significa que nosso satélite natural pode possuir ainda mais água do que se acreditava. Além disso, as descobertas dão muitas informações sobre a geologia e a história da Lua.

Bacana né ? "Um dos fatores que tornam essa descoberta tão importante, será o grande aumento de autonomia que as naves espaciais que partirem da Terra poderão ter. Como se sabe, a maior parte do combustível que essas naves carregam, é gasta para que elas consigam sair do campo de gravidade da Terra, que é muitas vezes maior do que o da Lua. Assim, a existência de água na Lua permitiria o reabastecimento dessas naves em uma Estação Lunar, para que o homem possa atingir outros pontos do Universo. " Pensem ? Que legal! O Homem está cada vez mais conquistando o Universo. Espero que tenham gostado, e crédito aos sites da Abril e do CFH que postaram isso em primeira mão pra gente! *

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Raios: O que são, Porque/Como ocorrem, Classificações do Raio, Riscos dos Raios, Cuidados

Este post foi inspirado no episódio de 'O Universo', do canal History Channel, que fala sobre as mais diversas descargas elétricas naturais realizadas pela Terra, entre elas os raios. Além deste, existem muitos outros mais complexos que no momento, não estudei a fundo para postar aqui, pra vocês. Mais pra frente, quem sabe, eu me aprofundarei neles. Espero que gostem!
O que são: Basicamente, os raios são descargas elétricas luminosas que ocorrem na nossa atmosfera, em toda a região, e na maioria das vezes, vêm juntos com chuvas/tempestades. Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempre procuram achar o menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas atmosféricas. Normalmente, os raios duram mais ou menos 2 (ou 1) segundos.O raio provoca o curto-circuito da nuvem para a terra e pelo caminho formado pelo raio passa uma corrente elétrica de milhares de amperes. Um raio fraco tem corrente de cerca de 2.000 A, um raio médio de 30.000 A e os raios mais fortes tem correntes de mais de 100.000 A (um chuveiro tem corrente de 30 A).
Porquê/Como ocorrem: Os raios ocorrem pelo fato das nuvens estarem eletricamente carregadas. É como se existisse uma bateria com um pólo ligado na nuvem e o outro na Terra. Então, os raios se formam no meio de duas nuvens carregadas, ou entre uma nuvem carregada e o solo. A energia da nuvem 'chega' na terra na forma da um risco todo ramificado e luminoso. Por isso ocorrem os raios.

Classificações do Raio: Os raios têm duas classificações: 
 Trovão: é o som consequente do ar aquecido pelo raio.

 Relâmpago: é o clarão do raio, o 'rastro' que ele deixa por onde passou.

Riscos dos Raios: Embora nem sempre sejam alcançados tais valores, mesmo um raio menos potente ainda tem energia suficiente para matar, ferir, incendiar, quebrar estruturas, derrubar árvores e abrir buracos ou valas no chão. Embora não haja estatísticas disponíveis para o Brasil, centenas de pessoas a cada ano são atingidas por raios. Muitas morrem, outras sofrem traumatismos e queimaduras. A maioria das vítimas são atingidas ao ar livre, em baixo de árvores ou na água. No Brasil, há inúmeros relatos de vítimas de raios, atingidas enquanto jogavam futebol ou estavam na praia durante uma tempestade de verão. Num destes casos (Janeiro de 1994) dez pessoas foram feridas por um raio enquanto se abrigavam sob duas barracas de praia em Ipanema. Todas sofreram queimaduras de primeiro grau e foram jogadas para longe; uma barraca foi despedaçada e sua dona ficou com as roupas rasgadas. As vítimas tiveram que ser carregadas para o Hospital Miguel Couto, onde se recuperaram e foram liberadas.O que aconteceu, provavelmente, foi que os mastros das barracas agiram como pára-raios e não havendo aterramento, a explosão de energia espalhou-se ao redor, atingindo as vítimas. Outro caso que merece atenção aconteceu durante um treino do Palmeiras (setembro de 1983), no Parque Antártica. Chovia muito e, de repente, um raio caiu no meio de um grupo de jogadores. Um deles desmaiou, outros três foram derrubados no chão e o técnico da equipe foi atirado a alguns metros de distância. Eventualmente todos se recuperaram. Caso mais triste sucedeu em janeiro de 1997 com dois adolescentes, que rezavam no alto do Morro de Gericinó (Realengo) durante uma tempestade. O lugar, descampado, é conhecido como Pedra do Avião. Um raio atingiu os rapazes; um deles foi jogado para cima e rolou pedra abaixo, escapando vivo, com ligeiras escoriações. O outro, no entanto, teve suas roupas e sua Bíblia reduzidos a frangalhos e morreu, provavelmente de parada cardíaca, já que não havia queimaduras ou traumatismos. Além de vítimas, os raios destroem bens materiais correspondentes a prejuízos de muitos milhões de reais todos os anos com incêndios florestais ou em lavouras; incêndios ou destruição de prédios ou pontes; danos graves em veículos; interrupções da energia elétrica pela destruição de torres e linhas de abastecimento, etc.

Cuidados:

É extremamente perigoso ficar em espaços abertos, praias, botes, topo de elevações e em baixo de árvores;

É também perigoso estar próximo a torres e redes de alta tensão, cercas metálicas, varais de roupas, num carro com a porta ou a janela aberta, sobre um cavalo ou um trator, dentro de casa frente a uma janela aberta;

Posição de segurança durante tempestade
imagem de shingowatanabe.multiply.com
O refúgio mais seguro é uma construção sólida protegida com pára-raios, grandes prédios sem pára-raios, automóveis com janelas fechadas, cavernas, um grupo de árvores (bosque);

Dentro de casa: afaste-se de objetos metálicos, janelas, portas abertas; não fale ao telefone, não tome banho, desligue aparelhos elétricos das tomadas;

Em muitas ocasiões, durante uma tempestade, uma pessoa pode sentir que vai ser atingida por um raio, porque a pele começa a formigar e os pelos do corpo se eriçam. Se isto acontecer, não deite no chão, apenas se agache, assumindo a posição de segurança mostrada na ilustração. Se houver um grupo de pessoas, elas devem se espalhar rapidamente.
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