sexta-feira, 22 de março de 2013

E a polêmica continua... (tão desnecessária!)

Olá Astroleitores!
Lá vou eu mais uma vez me expôr (espontaneamente) aos bombardeios de fanáticos religiosos. Muitos veriam isso como um autoflagelo, mas meu senso crítico não me deixa outra alternativa.
Depois do post que fiz sobre a polêmica entre ciência e religião, recebi alguns comentários bem... mal-criados. Eu poderia revidar sendo igualmente baixa apelando para aquelas palavrinhas feias, mas meu bom senso não me oferece nem permite essa regalia; logo, decidi criar outro post. A diferença entre ser igualmente baixa e criar outro post em resposta está no fato de que - vejam só - eu apresentarei argumentos!!!
Fiquei horas e horas matutando sobre isso, bem como quando escrevi a tal postagem que se tornou tão polêmica (a ironia é que a escrevi para acabar com a polêmica, mas enfim). Depois de muito pensar e pesquisar e pensar mais, encontrei dois ótimos textos do Dr. Drauzio Varella que simplesmente exprimem toda a minha opinião sobre o assunto. Este homem da ciência é ateu, mas - novamente, vejam só - apresenta argumentos para justificar sua posição. Tanto ele em seus textos quanto eu em minhas postagens permanecemos, de certo modo, "neutros" em relação à famosa pergunta: Religião é melhor ou mais correta que a Ciência, ou vice-versa?
Estou tentando frisar bem a parte de apresentar argumentos porque acredito que quando as pessoas entenderem isso e colocarem em prática esse ato, não teremos mais problemas tão fúteis e desgastantes, desses em que a gente tem de repetir as mesmas coisas trocentas vezes, bater na mesma tecla sempre, pra depois começar tudo de novo e de novo. Isso me chateia muito, mas voltarei a fazer o que estou fazendo quantas vezes for necessário, para que talvez um dia, quem sabe, consiga parar isso.
Depois desse sincero desabafo de quem aqui lhes escreve, seguem os textos do Dr. Drauzio que, como já disse, são basicamente a minha resposta para os que não compreenderam da primeira vez. Considerem isso como uma segunda chance, não para provar que estou certa, e sim para que exercitem seu bom senso e sua capacidade de digerir informações e argumentar caso não concorde com elas.

A visão de que a vida na Terra evoluiu só para originar o homem não resiste à análise detida.
Muitos imaginam que a vida na Terra evoluiu, a partir de seres inferiores, com o único objetivo de dar origem ao homem. Com o aparecimento de nossa espécie, a evolução teria atingido seu momento de glória.
Essa visão antropocêntrica não resiste à análise mais superficial. Há 4 bilhões de anos, assim que a crosta terrestre resfriou, já começaram a surgir as primeiras bactérias, mães das que estão aí até hoje aparentemente felizes com seu destino, sem qualquer intenção de se tornarem mais humanas.
Se os primeiros hominídeos desceram das árvores nas savanas africanas há meros 5 milhões de anos, houve 3,995 bilhões de anos de vida sem nós. Imaginar que um ser superior precisasse de tanto tempo de experimentação para obter indivíduos tão imperfeitos quanto nós é fazer pouco de sua inteligência.
Se a evolução tivesse como finalidade atingir a “perfeição” (com a criação do Homo sapiens), por que razão nossos parentes mais próximos, com quem compartilhamos 98% de nossos genes, os chimpanzés, teriam surgido 2 milhões de anos depois de nós? Seriam eles mais evoluídos do que nós ou a prova viva de uma experiência fracassada de aprimoramento?
A seleção natural não defende hierarquia alguma nem os interesses de qualquer espécie (os dinossauros que o digam…). Apenas privilegia os indivíduos mais aptos, capazes de vencer a competição pela sobrevivência para reproduzir-se e garantir a presença de seus genes no repertório genético das gerações futuras.
Veja o caso do mais forte de nossos parentes: o gorila. No auge da forma física, um macho chega a pesar 200 quilos, mais do que o dobro do peso das fêmeas. A força bruta lhe confere poder para acasalar-se com várias companheiras e condições para defender a prole.
A oferta abundante de vegetação rasteira nas regiões africanas em que vivem os gorilas não cria obstáculos à vida em grupo. Eles vivem em tropas formadas pelo macho protetor, meia dúzia de fêmeas, os filhotes pequenos e os juvenis.
Os biólogos sabem que a existência de machos grandes e fêmeas pequenas (dimorfismo sexual) é indicativa de disputa pela posse das fêmeas naquela espécie. Os gorilas não fogem à regra. Machos solteiros que atingem a plenitude física não aceitam o celibato e passam a fustigar os mais velhos em seus haréns.
Os combates são violentos, como atestam as cicatrizes que os gorilas machos carregam, mas não são mortais: o perdedor simplesmente se retira, submisso. Quando o vencedor é o desafiante, sua primeira providência é matar os filhotes pequenos, defendidos com unhas e dentes pelas mães.
Voltemos à seleção natural. Teoricamente, os machos que assim agem deveriam ser condenados ao ostracismo e ter seus genes eliminados da comunidade. Se o comportamento infanticida contraria os interesses de sobrevivência da espécie dos gorilas, como consegue ser transmitido de geração para geração?
O comportamento se transmite de pai para filho, porque as fêmeas que acabaram de perder suas crias abandonam o macho incapaz de protegê-las para seguir em companhia do intruso. Como param de amamentar, menstruam e engravidam do novo marido, que passa seus genes para frente e, com eles, a probabilidade de que seus filhos sejam brutais como o pai.
Esse tipo de comportamento infanticida não é exclusivo dos gorilas. Os leões machos, por exemplo, agem de forma semelhante e as leoas reagem de maneira semelhante à das fêmeas dos gorilas.
Desprover a evolução de qualquer propósito intencional, apesar de ser a única forma sensata e racional de estudá-la, em hipótese alguma retira a beleza da criação. Ao contrário: pobreza é imaginar que a vida surgiu sob o comando da varinha de condão de um mágico caprichoso.
Entender como as primeiras moléculas se combinaram aleatoriamente no ambiente primordial da Terra que resfriava, até dar origem às moléculas de RNA e DNA – dotadas da incrível propriedade de fazer cópias de si mesmas, que souberam fabricar camadas externas de proteínas e açúcares para protegê-las e, assim, construir os primeiros seres unicelulares, habitantes exclusivos de nosso planeta por três bilhões de anos; que, mais tarde, se organizaram em formas cada vez mais complexas, numa explosão de biodiversidade, que, por uma sucessão infinita de acasos, chegou até você e eu, leitor, neste momento – oferece uma visão muito mais grandiosa da vida e nos ensina a respeitá-la.


Por mais de mil anos, o homem acreditou ser a Terra o centro do Universo. Nosso planeta estaria parado, e todos os corpos celestes girariam ao nosso redor.
Lá pela época em que o Brasil foi descoberto, Copérnico demonstrou que a Terra e os planetas rodavam pelo céu e que o movimento das estrelas na noite era causado pela rotação da Terra. Perdíamos a supremacia do centro de tudo.
Poucos anos depois, novo baque no orgulho humano: Galileu Galilei. Ele e os que vieram depois nos constrangeram a aceitar que nosso pequeno planeta não passava de um dos bilhões de componentes da Via Láctea, uma das bilhões de galáxias do Universo (se é que não existem bilhões de universos).
Como consolação, apegamo-nos ao fato de que a Terra, pelo menos, deveria ser um planeta especial porque nela vivemos nós, criados à imagem e semelhança de Deus. Por isso, não só as pessoas comuns, mas a ciência também acreditou por muito tempo que Deus havia criado todas as plantas e animais num só dia de trabalho.
Há 150 anos, apareceu Charles Darwin para resolver o problema dos fósseis colecionados nos museus britânicos: seres desaparecidos que guardavam semelhanças importantes com os atuais. Seriam eles ancestrais desses? Por que teriam desaparecido alguns e sobrevivido outros?
Darwin deu uma explicação simples: a vida na Terra seria um eterno competir e sobreviveriam apenas os mais aptos. Aqueles fósseis, eliminados por incompetência, teriam deixado descendentes portadores de características que lhes conferiram vantagens na competição.
Foi o golpe de misericórdia nas pretensões humanas: não passávamos de uma entre milhões de espécies que se formaram a partir das bactérias de 3,5 bilhões de anos atrás! O choque foi de tal ordem que 150 anos depois, na era da informática, muitos ainda combatem as idéias do naturalista inglês: como podemos descender de seres inferiores, se somos tão inteligentes?
A única saída que restou para conciliarmos as evidências cristalinas da seleção natural com a vaidade humana foi a de nos voltarmos para um ser transcendental. Afinal, somos ou não a semelhança Dele? Deus tem barba e veste manto, nunca foi representado como um besouro, embora existam trezentas mil, ou talvez um milhão, de espécies de besouros.
Conduzidos pela mão divina fica mais fácil aceitar a evolução: todas as espécies teriam sido criadas com o objetivo de evoluir até chegar ao objetivo final da evolução: o Homem. Afinal, temos o sistema nervoso de mais alta complexidade. Que mais poderiam almejar amebas, ostras, samambaias ou gorilas do que atingir a condição humana, um dia?
Assim, a evolução seria um rio caudaloso, ávido por desembocar na espécie humana. Todos os que ousaram opor-se à fúria de suas águas foram suprimidos pela seleção natural. Não estão aí os fósseis para provar?
Infelizmente, não foi tudo tão simples. Há quinhentos e trinta milhões de anos, houve uma explosão de biodiversidade na Terra. Entre milhões de espécies da época, há fósseis de uma única dotada de um eixo duro nas costas. Se ela não estivesse lá naquele momento, não teriam nascido os vertebrados de hoje.
Mais tarde, se não estivesse presente um pequeno grupo de peixes com os ossos distribuídos em torno de um eixo firme, central, que dificultava a natação, mas permitia a locomoção fora da água, não existiria a vida terrestre.
Os dinossauros dominaram o planeta por quase duzentos milhões de anos. Enquanto andavam por aqui, os mamíferos não passavam de um pequeno grupo de roedores noturnos, assustados com o tamanho da vizinhança.
Então, há sessenta e cinco milhões de anos caiu um corpo celeste no México, que abriu uma cratera de dez quilômetros. O impacto levantou uma nuvem enorme de poeira e muitos vulcões entraram em atividade. A força física de nada valeu aos dinossauros no meio da poluição que se formou.
Azar deles, sorte nossa! Um desvio de milésimo de grau na trajetória do asteróide, e não estaríamos aqui para fazer filmes sobre eles.
Se, há cinco milhões de anos, não tivesse surgido na África um primata de um metro e pouco, franzino, mas capaz de andar ereto sobre duas pernas e viajar pelo planeta, nossa linhagem provavelmente estaria em extinção como a de nossos primos chimpanzés, muito mais fortes fisicamente.
Muitos preferem pensar que está evidente nessas coincidências a intenção divina. Afinal, tudo deu tão certo para nós. Outros acham que não é bem assim: deu certo para milhões de outras espécies também. Que diferença faz para uma formiga da floresta existirem homens e mulheres na face da Terra? E para os dinossauros e tantas espécies extintas a evolução foi justa?
Os que acreditam num gesto divino provocando sucessivas extinções em massa para abrir caminho ao nascimento do homem não admitem o acaso para explicar nossa presença neste momento. Para os outros, negar que o Homo sapiens tenha surgido por mera casualidade destrói a beleza da criação.
Lendo os dois textos, facilmente percebe-se que tudo gira em torno de acasos. Aí sempre aparecem os religiosos dizendo: "Mas e a condição que a Terra possui exclusivamente para abrigar vida, ela surgiu do nada?" e outras coisas do tipo. Eu acho muito mais bonito acreditar que sim, que realmente existimos por acaso. Por acaso a Terra em seus primórdios foi constantemente bombardeada por corpos vindos do espaço; por acaso, depois de se super aquecer, ela resfriou-se; por acaso, esse resfriamento possibilitou o desenvolvimento de moléculas e células e seres e mais adiante suas respectivas evoluções que, muito por acaso, possibilitaram que nós, seres humanos, fizéssemos parte desse grande acaso que é a vida.
Deixando minha opinião pessoal à parte, os fatos expostos são fatos e seja qual for sua crença, continuarão irrefutáveis. Mas se mesmo assim você se nega a acreditar que, por acaso, nós, a Terra, o Universo e tudo o mais surgimos e existimos todos por um acaso, o ditado "o pior cego é aquele que não quer ver" se aplica indubitavelmente à sua pessoa.

6 comentários:

  1. Olá, Thainá!!!!

    Tudo bem???? Assim espero!!!!

    Visitando e comentando, mais uma vez, como sempre faço e com prazer!!!!

    Vou começar com um... achismo!!!! Eu acho muito bom, quando é chegada a hora para se dá um acontecimento (de preferência, aqueles do fim da Terra) profetizado por alguém e, principalmente, se esse alguém ainda for vivo!!!! Por que isso???? Porque, eu já desconfiava que o tal fato preconizado não iria acontecer, pois, o mesmo, seria uma invencionice humana, intencional ou não, embora que, para muito fatos, como por exemplo, o do aparecimento da vida, já demande tanto tempo de questionamento entre teísta e ateístas!!!!
    Na minha modesta opinião, considero que, assim como o ritual é o fator da diferenciação, da disparidade entre as religiões cristãs, então, também... aquilo que diferencia a crença sobre o surgimento da vida entre os criacionistas e os evolucionistas, seja o... conhecimento!!!!
    Independente do tamanho ou rigor ritualístico, fatores de discórdia entre os religiosos (criacionistas) cristãos, buscam explicar a existência e a sustentabilidade da vida através da presença de um Deus. Por sua vez, os ateus (evolucionistas) aumentam as investigações científicas, onde o rigor e a quantidade delas, possam provar que o surgimento e a continuação da vida independem da existência de um Deus!!!!

    Mas, quem tem razão???? Os religiosos (criacionistas) que tem um Deus que presenteou ao ser humano tudo pronto e acabado ou... os ateístas (evolucionistas) que te em na causa e efeito... a explicação científica para justificar, tão somente, as criações da natureza????

    Dê tempo ao tempo, que ele mostrará a realidade!!!! Então, desde que documentalmente se prova o início dessa peleja, observando o andamento das ações segundo a realidade do ser humano, onde eu percebo que os religiosos (aqueles que são sabidos, espertos) recorrem aos cientistas (criativos e persistentes) para usarem os seus aparelhos e conhecimentos para tocarem a sobrevivência e a sustentabilidade das suas vidas, pelo andar da carruagem, já desconfiam que, mais cedo ou mais tarde, teremos um grupo vencedor dessa peleja milenar e, a minha aposta???? Claro, que os evolucionistas serão os vencedores!!!!

    Bom, falando assim, claro que não preciso dizer qual lado defendo e qual é a minha crença, não é???? Quanto ao apoio pelo tema das postagens, eu sou franco em dizer que, me sentiria mais à vontade em apreciar e/ou questionar assuntos palpáveis da ciência ou astronomia, mas enfim, não desejo ver o ser humano, varar os mares nunca dantes navegados do universo, tendo ainda que conviver com esse duelo e é bem possível que, desse modo, essa polêmica termine por aqui mesmo na própria mãe Terra!!!!

    Um abraço!!!!!

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  2. Olá, Thainá, acabei de dar uma olhada em algumas de suas postagens.

    Queria primeiramente dizer que sou cristão.
    Espero que não faça assimilações como muitos o fazem, comparando-me com um Macedão, um Marco Feliciano, um Silas Malafaia ou mesmo o Papa (ou os seguidores destes)! Que tome-se o termo em seu sentido bíblico, creio em Jesus, creio no que foi registrado nas Escrituras, e tento ser alguém cujo o caráter seja perfeito (refiro-me a Jesus), apesar de ser tremendamente frustrado nisso!

    Não queria discutir com você acerca da lógica que jaz no campo das teorias -como o "evolucionismo que está sempre em 'evolução'", quase como um marxismo, se projetado a esfera política-, não somente por não ser um estudioso do tema, mas também porque creio não ser esclarecedora uma discussão no campo hipotético; gostaria sim de aprofundar-me mais ao campo filosófico, fazendo uma simples pergunta: como é possível o acaso fazer-se ser?

    Acho intrigante como a discussão de hoje faz lembrar-nos do homem grego, que é caracterizado pela devoção ao físico, a natureza, e do judeu, já caracterizado pela sua consciência histórica e transcendental.

    Para fazer-me entender, cito aqui René Guénon:

    "O que os homens chamam “acaso” é simplesmente a sua ignorância das causas; se o que se pretende, ao dizer que uma coisa acontece por acaso, é afirmar que não existe causa, então a suposição é contraditória em si mesma"

    De fato, seria como fazer o que Leminski um dia falou:
    "Aboli este mundo num dia de pensamento" (o que, obviamente, só pode ser uma brincadeira, ou então, uma expressão figurativa)

    Agora, deixe-me citar você e fazer um paralelo com algumas questões e afirmações:

    "Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável por isso"
    - Como podemos fazer-nos responsáveis por algo, se é por acaso que tudo se faz ser (sendo isso já, por definição, impossível!)?

    "Não suporto falsidade e mentira; A verdade pode machucar, mas é sempre mais digna."
    - Ora, que é "falsidade" e "mentira", ainda mais
    "verdade" e "dignidade" num mundo de absurdidades subjetivas onde o acaso impera sobre tudo?

    "Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão;"
    - Se é por acaso que estou aqui, também é o acaso que me guia (estou a falar absurdidades porque a lógica do acaso me impõe, sendo isto uma absurdidade por si só), então que vêm a ser "determinação", e "paixão"?

    "Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence à quem se atreve,"
    - "Perder" e "ganhar", por acaso diferem no acaso?

    "e a vida é muito para ser insignificante."
    - Concordo, mas quando trata-se do acaso, tudo assim o é.

    (...)

    "Por simples bom senso, não acredito em Deus - em nenhum."
    - No acaso Deus seria deus, ou seja, não seria. Já não seria o "Eu Sou" relatado na Bíblia, mas o " ". No acaso, acreditar ou não acreditar em Deus, não faria diferença, nem mesmo seria possível; pois que nada seria.
    Os ateus demasiam em ignorância quando falam de Deus, pois nem mesmo apreendem o significado de Deus (e dizem ser isto irrelevante caso sendo advertidos).
    A Bíblia diz: "Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem"

    "Aprendi à ser forte, lutar contra as injustiças, falar o que penso, não temer o futuro e aproveitar o presente."
    - Que é a injustiça se moralidade não está no campo do absoluto? Que é o mundo do acaso senão o mundo da fantasia?

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    Respostas
    1. Olá!

      Você escreveu-me muito e, pra falar a verdade, dispensei a leitura de algumas partes, mas no geral, vou tentar ser breve em minha resposta.

      O acaso é simplesmente um acaso, bem como quando pergunto à um cristão porque pessoas morrem de fome todos os dias em diversos lugares do planeta, porque coisas ruins acontecem com pessoas boas, porque Deus não cura os amputados, etc, e a resposta sempre é "porque Ele quis assim" ou "porque Ele tem um propósito maior para as criancinhas famintas da África e para os que não têm braços". Eu, como já comentei, acho muito mais bonito e sensato acreditar que viemos de um acaso do que acreditar que um cara poderosíssimo assoprou um punhado de barro e... puff.

      Tentei responder também às suas questões, as que você fez baseado no texto em que coloquei na descrição de minha pessoa, e sinceramente não acho importante responder, simplesmente porque elas não têm nada a ver com o tema da minha postagem e, desculpe falar, são extremamente desconexas. Eu não afirmei que TUDO acontece por acaso. A maioria das coisas possui explicação (científica, aliás!). No exemplo "Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável por isso", o que alguém cativou de mim é de total responsabilidade desse alguém, não foi por acaso, bem como na frase "Por simples bom senso, não acredito em Deus - em nenhum"; eu não acredito porque estudei muito e tomei minha decisão, não foi por acaso que escolhi não acreditar. Assim creio que respondo todas as suas questões, seguindo os mesmos exemplos.

      Não sou dona da verdade, pelo contrário, busco a verdade como muitos buscam; apenas expus fatos para esclarecer minha "posição" no assunto e me defender dos muitos religiosos que me atacaram.
      De qualquer forma, vou procurar estudar alguns desses assuntos que você comentou. Desculpe se eu não sei muito sobre tais assuntos, mas é que (acho importante falar) tenho 16 anos - logo não tenho um conhecimento tão abrangente - e por esse mesmo motivo procuro falar apenas do que sei.

      Creio que a minha resposta não será tão satisfatória a você (e peço desculpas) mas basicamente... é isso.

      Abraço!

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    2. Reconheço que escrevi de forma apressada (pois estou sempre correndo) e há alguns errinhos aqui e ali (na verdade, há erros horríveis, não sei se neste comentário ou no outro, mas há! rs), de vários tipos.
      A própria indiferença para com o que eu estou colocando aqui que te faz errar novamente.
      O acaso e nada são a mesma coisa, isto é, não são.
      Não pode servir como uma explicação desde que nada explica.
      Exatamente por algo poder ser explicado é que o acaso torna-se pura estupidez. As coisas são ordenadas naturalmente, e se há ordem há hierarquia, há causa, se há causa de algo, logo há causa para tudo. Se um acaso existe, logo, tudo se faz nada, o que é, evidentemente bobeira.
      Você não pode viver num mundo de acaso e verdade, um mundo de certo e errado objetivos e de acaso. Simplesmente não dá. Não dá nem mesmo para julgar um "deus mau" objetivamente, pois seria incoerente desde que não há valores morais objetivos.

      Você não pegou o contexto bíblico que afirma bem OUTRA COISA, se você julga o que está escrito na Bíblia sem estudá-la, já se dá aí sua falibilidade. Muito pior se julga embasada nos testemunhos de pessoas que também não se dedicam sinceramente ao estudo bíblico, o que é a maioria, a Bíblia relata sobre os falsos judeus, cristãos.
      Deus nunca foi um cara. Isto é esvaziar o significado das coisas e preenche-lo com a nossa subjetividade baseada na subjetividade de terceiros. Necessário é apreender o significado de Deus. Já expliquei o surgimento de tal ideia (não sei se nesta ou em outra postagem).

      Eu também não sou o dono da verdade, obviamente, mas cristãos (lembre-se, há muitas pessoas ditas crentes, mas em verdade não o são) creem que a própria verdade personificada veio ao mundo e permitiu-nos dar testemunho acerca dela. Isto não me faz ser um dono da verdade, de maneira alguma.

      "Eu, como já comentei, acho muito mais bonito e sensato acreditar que viemos de um acaso"

      Meu caso não é por achar bonito ou não, é por evidenciar coisas de profunda ordem.

      Não quero fazer de ti minha "inimiga-ateia".
      Quero, se possível, fazer alguma diferença construtiva na sua vida por causa da nossa Causa.

      De qualquer maneira, agradeço a atenção e postarei mais objeções futuramente, se me for possível.

      Não se preocupe se há ataques de religiosos ou seja lá de quem, preocupe-se para com a verdade.
      A Bíblia mesmo diz aos falsos crentes: "o nome de Deus é blasfemado por causa de vós".

      Obrigado.

      Abraço, Thainá!

      Excluir
  3. Por favor, Thainá, certamente você é uma moça de grande potencial (e não uso de hipocrisia no meu falar), por que não procura informar-se mais em outros campos da ciência (no sentido pleno do termo) para uma dedução cosmológica verdadeira? Pois hoje, necessário é saber que a ciência é toda politizada; espero que saiba o que é algo como "engenharia social"... o que está a passar-se no campo político, econômico e religioso.

    Espero que saiba o porque de haver uma força "cronoscêntrica" para destruir toda a crença monoteísta judaica-cristã.

    São grandes as questões que deixo aqui.

    Não se pode deduzir uma cosmovisão de uma ciência (no sentido restrito do termo), muito menos de uma teoria ou de um corpo lógico infundado. Bom seria um banho de epistemologia nisso tudo para que vejas tu a micro-ciência que é tratada no campo tido como científico.

    Por final, e creio que não irá agradar-lhe, tenho que falar de Jesus Cristo, pois esta é a Verdade encarnada, esta é a Expressão de Deus, o Verbo, o Logos Divino.
    Torna-se tudo a fazer sentido, quando a vida tem por fundamento o Absoluto; logo temos uma moral absoluta, um sentido existencial, e um papel a desempenhar, primeiramente aqui.
    A Bíblia diz o dever de sermos a luz do mundo, isto é, espalhar a Verdade e o Evangelho de Deus. Não trata-se de, como muitos católicos e protestantes tentam fazer, tornar-nos seres moralmente perfeitos; isto é algo bom, ainda sim, não é o objetivo final. Há algo mais importante: dar testemunho da Verdade.
    O problema é, hoje em dia ninguém quer colocar o que é dito na Bíblia numa categoria do provável.
    Reconheço o problema dos cristãos serem em muito os "cristãos do acaso", se é que faço-me entender; sendo assim, a assimilação, que nos é natural, trabalha por si só, procurando anular o sentido da crença do indivíduo, e não o indivíduo da crença, como assim o é em Verdade, e logo a Bíblia torna-se desacreditada.

    Tome-se estudos como o de Douglas Hamp em seu "Corrupting the Image", procure por Northrop Frye e seu "The Great Code", temos o brilhante filósofo William Lane Craig -de quem Dawkins fugiu-, o nosso querido Olavo de Carvalho, que em filosofia e política não deixa a desejar. Temos Michael S. Heiser quebrando muitos mitos por aí...
    Enfim, há muito estudo sério.
    Não deixe que estes seres autointitulados "cristãos" lhe tapem os olhos.

    Jesus disse:
    "Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando."

    Pedro disse:
    "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
    E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
    E por avareza farão de vós negócio (COMÉRCIO) com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita"

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  4. - O pecado trata-se de genética, e com Douglas Hamp entende-se isto muito bem.
    - Northrop Frye mostra a abrangência do significado bíblico na literatura ocidental. Nietzsche mesmo já via isso politicamente (lembre-se que quem faz política é o homem mesmo, e não o contrário): "as ideologias laicas, em nome da humanidade, supercristianizaram o cristianismo e reforçaram sua mensagem."
    - Com William Lane Craig faz-se claro não ser loucura acreditar em Deus e na ressurreição de Jesus Cristo (principalmente quando vê-se "Corrupting the Image").
    De pessoas ligadas a igrejas mesmo, há muito pouco a recomendar-se; isto, até onde eu sei (loucura, não?!).
    Um grupo missionário que gosto é o "chamada da meia noite".
    Por último, cito Gary Kah.
    Mas há alguns tantos outros; homens dispersos, comprometidos para com a Verdade...

    Um abraço de alguém que não crê no Papa, nem em Lutero, não em Calvino nem em políticos ou cientistas, mas alguém que crê na existência de uma Verdade (não como a verdade de Nietzsche, a "verdade inventada"), e que ela concederá seu código para redimir a nós, seres corrompidos geneticamente, ou seja, pecadores. Basta crer verdadeiramente.

    "E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
    Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis,
    Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
    Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
    Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?
    Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento"

    - Relacionado a isto, que faz o catolicismo imperialista e o protestantismo proselitista?

    Faço um apelo para que pesquise um pouquinho mais sobre estas coisas.
    Se a achar que tudo o que escrevi é um mega nonsense, apenas ignore a mensagem!
    Desculpe pelo meu muito escrever e minhas redundâncias.

    K. Yogi

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